Jane queria, como ela queria! No entanto, ela não se deixaria ser enganada de novo. Não que ela acreditasse que Wayne fosse um canalha, no entanto, ele podia estar enganado. E ela sairia machucada de todo jeito. — Se eu disser que prefiro melhorar, ao menos da perna, antes de fazermos qualquer coisa, você se importa? — Não vou dizer que não vou ficar frustrado porque porra, você é deliciosa e eu não vou ser rogado: eu quero devorar você inteirinha. Porém, eu quero que seja tão bom pra mim quanto pra você e, se tem algo te segurando, eu vou esperar. — Wayne disse, com sinceridade, e beijou Jane com delicadeza, mudando de posição e ficando ao lado dela. — Vou tomar um banho gelado. Depois podemos assistir um filme, se você não estiver muito cansada. Eu tô de folga, amanhã. Jane ficou satisfeita com a resposta. Wayne não mentiu, não escondeu. Ele foi completamente sincero e isso era o que ela esperava de um companheiro, mesmo se fosse um de uma noite apenas. “Ele me trouxe para o qua
Os olhos de Jane se arregalaram. — A-apaixonar? — ela perguntou e deu uma tossida. — Wayne, não acha que isso é demais? Quer dizer, a gente tá se conhecendo. Não tivemos nem mesmo um primeiro encontro e você já está falando em apaixonar? Wayne sabia que parecia estar indo muito rápido, só que ele não era o tipo que fica remoendo e pensando demais. Ele sentia o que sentia. E Jane… ela o fazia sentir mais do que nunca! — Íamos ao cinema, não se esqueça. — Ele apontou para a TV. — Posso considerar isso o primeiro encontro? Quer pipoca? Você não jantou… eu vou preparar algo. Jane segurou o braço de Wayne. Ele era fofo e ela sentia-se bem com ele. — Pode ser pipoca. — Não. Você tem que comer. Isso foi muito descuido da minha parte! — ele se culpou e levantou-se. — Eu não lembro de ter visto nenhuma alergia grave… mas tem algo que você não goste? — Quais as opções? Wayne estreitou os olhos, como se pensasse. — Cordeiro, frutos do mar… acho que tem Kobe Beef. Jane fez uma careta, c
Quando Wayne retornou, Jane estava terminando a sopa e Adrienne saiu para levar o prato para a cozinha. Ela deu boa-noite ao casal e se foi. Wayne entrou no quarto e fechou a porta assim que Adrienne se foi. Ele foi até Jane e a beijou, antes de qualquer coisa. — Gostou da canja? — ele enfim perguntou. — Estava deliciosa. Você foi muito rápido! — Jane sorriu. — Você é incrível, Wayne. O médico riu.— Eu sou incrível? — ele aproximou-se mais de Jane. — Se já me acha incrível agora, imagine depois que fizermos mais do que trocar uns beijos castos. Jane estreitou os olhos para ele. — Primeiro que os nossos beijos estão longe de serem castos. Segundo… você confia muito nas suas capacidades, não é mesmo? Wayne passou a língua pelos lábios de Jane, segurando o queixo dela entre os dedos. Ela gemeu. — Você me dá a confiança, Jane. — Ele a beijou, saboreando cada pedaço da boca dela. Ele parou, dando uns beijos mais calmos e rápidos, antes de pegar o controle remoto e os dois escolhe
— Wayne, você não sente vergonha de falar essas coisas? Ele deu de ombros e colocou uma uva na boca. — Nem um pouco. — Ele pegou um morango e o aproximou da boca de Jane. — Abre a boquinha. Jane podia ver a expressão cínica no rosto dele, mas ela não quebrou o contato visual e abriu a boca. Ele a beijou assim que ela engoliu o pedaço da fruta. — Agora, sem brincadeiras. Vamos comer. Você tem mesmo que ficar bem. E na segunda-feira vamos para o hospital, para a sua sessão. A espinha de Jane gelou. Ela sabia que Wayne era médico, mas ela não queria que ele a visse depois da sessão. Era feio, ela ficava péssima! Além disso, ela tinha visto cabelo dela no travesseiro quando acordou. Wayne a veria ficando careca. Ela comeu em silêncio e Wayne podia dizer que ela estava muito pensativa. Ele não a interrompeu e esperou que ela terminasse de comer. Ele então tirou a bandeja de cima da cama — onde colocou para que ficasse ao alcance dos dois — e voltou a sentar-se ao lado de Jane. — O q
— Hey! — Eve reclamou ao ver um homem entrando na frente dela, na fila. Ele não se moveu e ela o cutucou nas costas, chamando-lhe a atenção. — Não pode fazer isso. Com licença! O homem se virou e, para Eve, parecia que o tempo se movia em câmera lenta. Por um segundo, ela ficou embasbacada com a visão: alto, olhos verdes, cabelos escuros perfeitamente penteados, traços que ela considerou muito harmoniosos, como uma estrela de Hollywood. Mas o encanto durou apenas até que ele abrisse a boca. — Por que está me cutucando? Qual o seu problema? — A frieza não só na voz, como no olhar, deixaram Eve com ainda mais raiva. O homem claramente era rico, pelo terno feito sob-medida, mas sem um pingo de educação!— Eu quem pergunto! O senhor furou a fila! — Ela olhou para trás, com uma das mãos na cintura, e viu que não tinha mais ninguém além dela. Ao se voltar para a frente, o homem já estava com as costas para ela. Eve ajeitou os óculos no rosto e o cutucou novamente. — O senhor ouviu? Ele
"Ele deve ser o pai da Rose, Archer Galloway!", ela pensou, já que aquele homem tinha os mesmos olhos do bebê que ela cuidaria de agora em diante. "Como eu não me dei conta disso antes?" Eve queria muito dizer uns bons desaforos para aquele homem, porém, se ele era mesmo o pai da criança, poderia demiti-la. E, naquele momento, Eve precisa muito de um emprego. Ela respirou fundo. — Eu sou Everleigh Johnson, senhor. — Ela lançou um sorriso caloroso para ele e ofereceu a mão, mas a carranca dele aumentou.— Está me seguindo, é isso? Como entrou aqui?! — Ele praticamente rosnou. — Quer saber? Eu vou chamar a polícia, agora mesmo! O sangue de Eve congelou nas veias. Polícia? Ela não podia ter problemas com a polícia! — Senhor, eu… Eu sou apenas a…Archer segurou ferozmente o braço de Eve, que choramingou. Ele afrouxou um pouco o aperto, mas não a soltou, arrastando-a para fora do quarto. Eles desceram as escadas e Shannon, que estava antes saltitando de felicidade, murchou assim que v
Eve deu um passo para trás e colocou a mão na cabeça da criança, como se a consolasse após ouvir aquelas palavras horríveis. “Esse homem não merece esse neném lindo!”, Eve ficou chorosa. Ela não compreendia como um pai podia falar daquele jeito. — O que você quer dizer com isso? — Shannon questionou. — Tem um apartamento. Roselyn vai ficar lá com a babá, eu as manterei com tudo o que for necessário. — Menos a sua presença. — Shannon parecia chorar. — Eu não posso, ok? Ainda não consigo digerir isso.— Se não saísse por aí com mulheres aleatórias, em vez de se casar de uma vez, isso não teria acontecido!”— Não vou discutir! — Archer falou e o som dele se afastando foi ouvido por Eve.Eve retornou para dentro do quarto e fez a criança dormir. Quando já estava para sair, Shannon estava na sala, esperando por ela. — Você nem jantou! — Ela disse. — Não tem problema. Vou comer em casa. — Eve respondeu e sorriu fraco. — Até amanhã, sra. Ballilis.— Eve… Eu tenho que te dizer uma cois
Archer se virou com calma. Ele não queria ter parado em loja nenhuma porque se alguém o reconhecesse… — Quem é você? — Ele perguntou, franzindo a testa. Aquela pessoa não lhe era estranha. O homem, de cabelos curtos e óculos, com uma barba cheia, sorriu, estendendo a mão. — Eu sou David Thomas! — Ele se apresentou e Archer inspirou fundo. Aquele era o "repórter perigo". O homem que sempre entregava os maiores furos das celebridades. "Mas que inferno!", Archer praguejou mentalmente. Ninguém sabia da existência de Rose. Ele não havia informado ao público, ainda mais que a mãe da criança havia simplesmente a abandonado na porta da casa dele e sumido! Eve se aproximou, Rose no colo e o bebê-conforto na outra mão. — Prontinho — Ela falou, esticando o cartão Black para Archer. — Quem é essa? — David perguntou, sorridente. — E que criança mais linda! — Não vê que é a filha deles? — A senhora idosa, que não havia se afastado, respondeu. Archer apertou os lábios, pensando que