CristineChegamos próximo a um casal e percebi ser a eles quem Dylan queria me apresentar.O homem era negro e bem alto, com músculos bem marcados e a cabeça quase raspada. Ele era bonito.Já a mulher ao lado dele era branca, magra com o cabelo tão negro quanto à noite, sua expressão era de puro deboche e superioridade. Ela me olhou com nojo quando nos aproximamos e eu quis dá na cara dela na mesma hora.— Marcos. Quero te apresentar minha namorada.— Olá, muito prazer. — ele pegou minha mão e a beijou. — Essa é minha namorada, Safira.— Prazer. — disse gentil, mas ela me ignorou.Dylan apertou os punhos e Marcos a olhou com raiva.— Não seja mal educada Safira. — reclamou Marcos.— Não se preocupe, Marcos. Não podemos exigir educação de quem não tem. — falei olhando para ela.— Quem pensa que é para falar comigo assim? Não passa de uma garota pobre que está tentando dar o golpe no amigo do meu namorado.— Safira! — exclamou marcos.— Assim como você? Ou acha que não percebo uma golpi
Cristine Despertei com o sol alto, a claridade entrando pelas cortinas e tocando minha pele desnuda. Já devia passar das 8 horas da manhã pela forma como os raios de sol entravam pela janela do quarto do Dylan. — Bom dia! — Exclamou, me olhando com carinho. — Bom dia! Há quando tempo está acordado? — Alguns minutos. Mas você estava dormindo tão lindamente que não quis acordá-la. — Não estou nada linda. — Resmunguei. — Mulher nunca acorda bonita. — Você acorda. Ou eu só seja um bobo apaixonado que vê beleza até na sua cara amassada. — Dylan! — Bati em seu peito e ele gargalhou. Ele se inclinou e tentou me beijar. Virei o rosto e ele fez uma careta engraçada. — Bafo matinal nem pensar. — disse tampando a boca. — Não ligo. — deu de ombros sorrindo. — Mas eu ligo. — disse e me enrolei no lençol saindo da cama. — Tem escova nova no armário perto da pia e pasta também. — Gritou, rindo. — Certo. Obrigada! Olhei-me no espelho e fiz uma careta ao ver meu cabelo bagunçado. Nós do
Cristine— Falou com sua prima? — Dylan perguntou entrando no quarto.Eu estava me vestindo para voltar a minha casa. Tinha passado o dia e a noite com o Dylan.— Sim, falei por mensagem com ela ontem. — ele me ajudou a fechar o vestido e deixou um beijo molhado nas minhas costas.— Ela voltou para casa ou dormiu nos meus pais?— Voltou para casa. A festa terminou bem tarde e ela tinha bebido um pouco.— As festas que minha família oferece sempre duram até a madrugada.— E você não gosta de festas assim? — perguntei abraçando-o.— Já gostei, não vou mentir, mas hoje prefiro algo mais calmo. Talvez seja a idade.— Você não é tão velho. — ele me olhou chocado.— Pensei que diria que sou jovem ainda.— Não vamos exagerar. — disse controlando o riso.— Olha quem quer levar umas palmadas nessa bunda gostosa. — gargalhei quando ele me fez cócegas.Ele me deu um beijo rápido e se afastou para pegar a carteira, celular e as chaves do carro. Estendeu-me a mão e saímos do seu quarto.Ele tranco
CristineAlguns dias haviam se passado desde o ataque de Carlos à minha casa, e Dylan o procurava feito louco. Ele acionou todos os seus contatos, e eu mal podia esperar para que ele finalmente fosse preso. O delegado Gustavo me procurou para que eu desse queixa da destruição da minha casa, o que acrescentaria mais uma acusação contra Carlos, garantindo mais anos de prisão para ele quando fosse capturado.Carlos havia deixado um bilhete com ameaças, mas Dylan não me permitiu lê-lo, entregando-o diretamente ao Gustavo para ser anexado aos autos do processo contra meu ex-namorado. O cerco estava se fechando, e era questão de tempo até ele ser preso e condenado.Hoje, resolvi visitar dona Inês, pois já fazia dias que não a via e estava com saudades. Ela já era uma senhora de idade, e eu me preocupava com sua saúde.— Dona Inês? Sou eu, Cristine. Vim visitá-la — anunciei, entrando em sua casa. Eu tinha uma chave reserva da época em que fazia faxina para ela.A casa estava silenciosa, entã
DylanDia do DesfileOlhei em volta, verificando se tudo estava em ordem para o desfile que aconteceria em algumas horas. Alguns funcionários finalizavam a decoração, enquanto outros posicionavam as cadeiras ao lado da passarela.— Senhor Dylan, sua irmã pediu para chamá-lo — Rosa, uma das cabeleireiras, disse, parando ao meu lado.— Aconteceu algo? Ela disse que já estava tudo certo com as roupas e as modelos.— Está, mas Antônia se recusa a vestir o vestido desenhado pelo senhor Hugo. Ela alega que a peça não combina com ela.— Antônia já está passando dos limites — disse, sentindo a raiva me invadir.Deixei os funcionários terminando de arrumar as cadeiras e segui Rosa até o camarim.— Antônia, a peça é linda e vai ficar perfeita em seu corpo — ouvi a voz calma de Cristine.— Você não entende nada de moda — ela gritou. — Não passa de uma pobretona que está dando o golpe no dono da empresa.— Já chega, Antônia — gritei, fazendo-me ser visto por ela. — Pegue suas coisas e saia daqui.
CristineAtualmenteFecho a porta do carro e confiro se trouxe tudo em minha bolsa. Sair de casa com duas crianças sempre me faz esquecer algo.— Miguel! Não corra assim com sua irmã! — grito para meus gêmeos que entram na casa dos meus sogros como se estivessem sendo perseguidos.— Céus! Essas crianças — resmungo, começando a andar.— Oi, meu raio de sol — meu marido vem me abraçar.— Seus filhos entraram feito furacões — digo, enquanto entramos na casa dos meus sogros.— Eu os vi. Jurema fez pudim para eles, e Igor mandou uma mensagem para eles antes de vocês saírem de casa.— Agora está explicado o porquê da animação deles — sorri e o beijei.Nossos filhos eram formigas quando se tratava de doce. E Jurema, a cozinheira dos meus sogros, sempre os enchia dele.Já estávamos casados há quase sete anos. Dylan me pediu em casamento uma semana após o desfile. Dois meses depois, descobrimos a gravidez e, quando os gêmeos fizeram um ano, nós nos casamos.Hoje, podíamos viver tranquilos apes
CristineMeses Depois...Estávamos no jardim da nossa casa, observando as crianças brincarem. Era aniversário dos gêmeos, e nossos amigos estavam aqui com seus filhos para comemorarmos juntos. Conheci esses amigos através de Dylan, que era amigo de Marcos, que se casou com Amely há dois anos. Henrique, irmão de Marcos, também estava presente com sua esposa, Sara, assim como Maria Eduarda, amiga de Amely, e seu marido, Alan. Nos tornamos bem próximos, quase como uma família.Sara sentou-se ao meu lado, rindo das palhaçadas que Henrique fazia com os meninos.— Meu marido é um palhaço — disse ela, sorrindo.— Ele gosta muito das crianças.— Sim, só o ciúme dele com nossas filhas que me dá nos nervos — comentei, sorrindo para ela. Dylan não era diferente quando o assunto era Milena.— Raquel está cada dia mais esperta — observei, vendo-a engatinhar no cercadinho com os filhos da Duda e do Alan.— Sim — ela olhou para a filha batendo palmas ao conseguir pegar o brinquedo e sorriu.Voltei m
CristineTrês Meses Depois...Olho pela janela de uma das salas do fórum e suspiro. Estou bem próxima de condenar Anderson e sua esposa. Consegui reunir muitas provas contra ele e convenci diversas mulheres que ele abusou a depor contra ele. Ele vai a júri popular e sua condenação é certa.Sara é uma dessas mulheres que aceitaram prestar queixa contra ele. Foram meses de noites em claro estudando, investigando e reunindo provas para chegar onde estamos hoje. A revelação sobre o estupro que Sara sofreu caiu como uma bomba, abalando a todos. Henrique se culpou ainda mais por tudo que fez a ela depois que soube pelo que ela passou nas mãos de Anderson. Seus irmãos se culparam como já era esperado e quiseram fazer justiça com as próprias mãos. Foi tenso controlar todos os ânimos naquele dia.A história foi revelada no final da festa. Sara me deixou encarregada de contar todos os detalhes do caso e depois revelou que fora uma das vítimas dele. No dia da festa, estavam presentes: Henrique,