Cristine— Falou com sua prima? — Dylan perguntou entrando no quarto.Eu estava me vestindo para voltar a minha casa. Tinha passado o dia e a noite com o Dylan.— Sim, falei por mensagem com ela ontem. — ele me ajudou a fechar o vestido e deixou um beijo molhado nas minhas costas.— Ela voltou para casa ou dormiu nos meus pais?— Voltou para casa. A festa terminou bem tarde e ela tinha bebido um pouco.— As festas que minha família oferece sempre duram até a madrugada.— E você não gosta de festas assim? — perguntei abraçando-o.— Já gostei, não vou mentir, mas hoje prefiro algo mais calmo. Talvez seja a idade.— Você não é tão velho. — ele me olhou chocado.— Pensei que diria que sou jovem ainda.— Não vamos exagerar. — disse controlando o riso.— Olha quem quer levar umas palmadas nessa bunda gostosa. — gargalhei quando ele me fez cócegas.Ele me deu um beijo rápido e se afastou para pegar a carteira, celular e as chaves do carro. Estendeu-me a mão e saímos do seu quarto.Ele tranco
CristineAlguns dias haviam se passado desde o ataque de Carlos à minha casa, e Dylan o procurava feito louco. Ele acionou todos os seus contatos, e eu mal podia esperar para que ele finalmente fosse preso. O delegado Gustavo me procurou para que eu desse queixa da destruição da minha casa, o que acrescentaria mais uma acusação contra Carlos, garantindo mais anos de prisão para ele quando fosse capturado.Carlos havia deixado um bilhete com ameaças, mas Dylan não me permitiu lê-lo, entregando-o diretamente ao Gustavo para ser anexado aos autos do processo contra meu ex-namorado. O cerco estava se fechando, e era questão de tempo até ele ser preso e condenado.Hoje, resolvi visitar dona Inês, pois já fazia dias que não a via e estava com saudades. Ela já era uma senhora de idade, e eu me preocupava com sua saúde.— Dona Inês? Sou eu, Cristine. Vim visitá-la — anunciei, entrando em sua casa. Eu tinha uma chave reserva da época em que fazia faxina para ela.A casa estava silenciosa, entã
DylanDia do DesfileOlhei em volta, verificando se tudo estava em ordem para o desfile que aconteceria em algumas horas. Alguns funcionários finalizavam a decoração, enquanto outros posicionavam as cadeiras ao lado da passarela.— Senhor Dylan, sua irmã pediu para chamá-lo — Rosa, uma das cabeleireiras, disse, parando ao meu lado.— Aconteceu algo? Ela disse que já estava tudo certo com as roupas e as modelos.— Está, mas Antônia se recusa a vestir o vestido desenhado pelo senhor Hugo. Ela alega que a peça não combina com ela.— Antônia já está passando dos limites — disse, sentindo a raiva me invadir.Deixei os funcionários terminando de arrumar as cadeiras e segui Rosa até o camarim.— Antônia, a peça é linda e vai ficar perfeita em seu corpo — ouvi a voz calma de Cristine.— Você não entende nada de moda — ela gritou. — Não passa de uma pobretona que está dando o golpe no dono da empresa.— Já chega, Antônia — gritei, fazendo-me ser visto por ela. — Pegue suas coisas e saia daqui.
CristineAtualmenteFecho a porta do carro e confiro se trouxe tudo em minha bolsa. Sair de casa com duas crianças sempre me faz esquecer algo.— Miguel! Não corra assim com sua irmã! — grito para meus gêmeos que entram na casa dos meus sogros como se estivessem sendo perseguidos.— Céus! Essas crianças — resmungo, começando a andar.— Oi, meu raio de sol — meu marido vem me abraçar.— Seus filhos entraram feito furacões — digo, enquanto entramos na casa dos meus sogros.— Eu os vi. Jurema fez pudim para eles, e Igor mandou uma mensagem para eles antes de vocês saírem de casa.— Agora está explicado o porquê da animação deles — sorri e o beijei.Nossos filhos eram formigas quando se tratava de doce. E Jurema, a cozinheira dos meus sogros, sempre os enchia dele.Já estávamos casados há quase sete anos. Dylan me pediu em casamento uma semana após o desfile. Dois meses depois, descobrimos a gravidez e, quando os gêmeos fizeram um ano, nós nos casamos.Hoje, podíamos viver tranquilos apes
CristineMeses Depois...Estávamos no jardim da nossa casa, observando as crianças brincarem. Era aniversário dos gêmeos, e nossos amigos estavam aqui com seus filhos para comemorarmos juntos. Conheci esses amigos através de Dylan, que era amigo de Marcos, que se casou com Amely há dois anos. Henrique, irmão de Marcos, também estava presente com sua esposa, Sara, assim como Maria Eduarda, amiga de Amely, e seu marido, Alan. Nos tornamos bem próximos, quase como uma família.Sara sentou-se ao meu lado, rindo das palhaçadas que Henrique fazia com os meninos.— Meu marido é um palhaço — disse ela, sorrindo.— Ele gosta muito das crianças.— Sim, só o ciúme dele com nossas filhas que me dá nos nervos — comentei, sorrindo para ela. Dylan não era diferente quando o assunto era Milena.— Raquel está cada dia mais esperta — observei, vendo-a engatinhar no cercadinho com os filhos da Duda e do Alan.— Sim — ela olhou para a filha batendo palmas ao conseguir pegar o brinquedo e sorriu.Voltei m
CristineTrês Meses Depois...Olho pela janela de uma das salas do fórum e suspiro. Estou bem próxima de condenar Anderson e sua esposa. Consegui reunir muitas provas contra ele e convenci diversas mulheres que ele abusou a depor contra ele. Ele vai a júri popular e sua condenação é certa.Sara é uma dessas mulheres que aceitaram prestar queixa contra ele. Foram meses de noites em claro estudando, investigando e reunindo provas para chegar onde estamos hoje. A revelação sobre o estupro que Sara sofreu caiu como uma bomba, abalando a todos. Henrique se culpou ainda mais por tudo que fez a ela depois que soube pelo que ela passou nas mãos de Anderson. Seus irmãos se culparam como já era esperado e quiseram fazer justiça com as próprias mãos. Foi tenso controlar todos os ânimos naquele dia.A história foi revelada no final da festa. Sara me deixou encarregada de contar todos os detalhes do caso e depois revelou que fora uma das vítimas dele. No dia da festa, estavam presentes: Henrique,
CristineMeses Depois...Abaixo-me para dar um beijo na cabeça de cada um dos meus filhos, e Dylan faz o mesmo. Hoje estamos completando sete anos de casados e sairemos em uma viagem para a Espanha. Jessica me falou tão bem do país e suas belezas que não pensei duas vezes antes de pedir a Dylan que fôssemos para lá. A cidade que escolhemos foi Málaga.Málaga é uma cidade litorânea, localizada no sul da Espanha e banhada pelo Mar Mediterrâneo. É uma cidade quente e ensolarada, com um clima muito parecido com o do Brasil. Para quem curte praia e sol como eu, é um dos destinos mais encantadores para se relaxar e aproveitar um bom dia de sol.Málaga também é considerada o berço de Pablo Picasso, pois foi onde o artista nasceu. Há um museu com seu nome onde estão expostas suas mais famosas obras: o Museo Picasso Málaga.Estamos organizando essa viagem há uns seis meses, mas só agora, depois que encerrei o caso que eu tinha em mãos e condenei os envolvidos, pudemos realizá-la. Esta viagem s
CristineDias Depois...Entramos pelos portões da casa dos meus sogros e fui recebida com o abraço apertado de dois anjos que tive o prazer de ser presenteada como meus filhos. Miguel e Milena estavam eufóricos com nossa chegada, relatando tudo o que havia acontecido com eles nos dias que passamos fora. Nossa viagem durou quatro dias e foram os quatro dias mais maravilhosos da minha vida.Visitamos todos os pontos turísticos de Málaga, jantamos em restaurantes diferentes, tiramos muitas fotos e nos amamos loucamente todos os dias. Dylan me amou de todas as formas e posições possíveis. Vimos o pôr e o nascer do sol entre beijos e juras de amor.Eu estava mais que feliz de ter aceitado seu amor e me casado com um homem tão maravilhoso como ele. Dylan é mais do que pedi ou podia imaginar ter um dia quando o assunto era homem e casamento. Somos perfeitos juntos e nosso encaixe é surreal. Seu beijo, seu toque, seu cheiro, tudo nele me enlouquece e me faz amá-lo mais e mais. Nosso amor é de