AgathaSaímos do carro e Michel logo segurou minha mão.Várias emoções nos tomavam por completo e tudo que eu queria era estar em seus braços.Vê-lo desestabilizado e sofrendo pelas palavras ditas por Havana mexeram comigo de tal forma que eu não podia pensar direito.As coisas que ela falava, as mãos dele no pescoço dela. A dor em seu olhar. Tudo foi demais para mim.Eu só queria abraçá-lo e mantê-lo nos meus braços para sempre.Eu o amava demais e só queria que ele sentisse pelo menos um terço do que eu sentia por ele.Andamos a passos largos para dentro de casa e subimos direto para nosso quarto. Assim que entramos, Michel trancou a porta.Virou-se ficando de frente para mim e tocou meu rosto com carinho.— Obrigado por ir até lá. Eu não sei o que faria se não fosse sua voz a me chamar.Havia tormento, em seus lindos olhos azuis.Foi errado segui-lo, sei disso, mas não podia deixar que enfrentasse o passado sozinho. Sabia o quanto seria doloroso para ele.O quanto ele sofreria e ti
Capítulo 114 Guilherme Desligo o celular praguejando vários palavrões. Aírton, meu amigo e advogado, acaba de me ligar para dizer que a polícia descobriu nosso esquema com os grandes empresários e alguns políticos para encobrir crimes como: sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e uso de recursos públicos para compra de imóveis. Esquema esse que já tenho há anos, mas que agora foi descoberto por culpa daquela puta da Agatha e dos infelizes de seus amigos. Mas se eles pensam que me venceram, estão muito enganados, eles não conseguirão me pegar. Usarei aquele fedelho que a Agatha pariu como a porta para a minha liberdade. Subo para meu quarto, pego uma mala pequena e começo a colocar algumas mudas de roupas dentro dela. Depois que eu me fixar em um lugar novo compro peças novas. Jogo tudo o que precisarei e a fecho. Caminho até o cofre e o abro, pego minha arma e os documentos que me comprometem e coloco tudo dentro da minha bolsa de trabalho. Pego o celular e ligo para a Sofi
DylanNicolas bateu com a arma na cabeça de Guilherme e ele apagou.Olhei para os lados me certificando de que não havia testemunhas do que estávamos fazendo e dei um sinal para um dos meus seguranças para trazer algo que nos ajudasse a retirar o verme do carro.— Para onde irá levá-lo? — Nicolas questionou.— Tenho um galpão aqui perto, ele é bem escondido e servirá para o que tenho em mente.Nós nos afastamos e deixamos que meus seguranças retirassem Guilherme das ferragens. Ele estava com umas das pernas presas, mas nada que não conseguíssemos retirar.— Certo. Creio que irá ligar para Michel e dizer a ele que conseguiu pegar o infeliz.— Não, só direi que peguei Guilherme depois que fizer o que quero com ele. Não quero preocupá-lo.— Entendi.Ficamos olhando meus seguranças fazerem o serviço e depois o colocar na mala do carro que eu dirigia. A mala do carro era revestida para que nada de sangue a manchasse e vestígios de algum crime ficasse nele. A placa também era fria e o veícu
MichelDois Meses depois…Estava ansioso. Meu coração batia forte e nada o faria amenizar até que Agatha entre pelas portas do salão onde estamos nos casando.Dei mais um passo e meu braço foi segurado por meu pai.— Acalme-se, ela já está vindo.— Está demorando muito. — olhei no relógio.— Noivas atrasam, não precisa ficar uma pilha de nervos.— Tenho medo de ela desistir. — confessei.— Ela o ama, não fará isso.A marcha nupcial começou a tocar e meu peito se agitou ainda mais. As portas da igreja se abriram e Helena, uma de nossas daminhas de honra, entrou de mãos dadas a Cristal, logo atrás dela vinha Milena.Elas entraram jogando pétalas de rosas.Logo após elas entraram os pajens.Danilo, com as alianças, Miguel, com um cesto onde estavam nossos votos e Lucas por último com a frase: lá vem a noiva.Eles terminaram o percurso até o altar e se direcionaram para junto de seus pais que eram nossos padrinhos. O carrinho com os gêmeos estava próximo a nós também.Meu coração saltou n
Henry Levo o copo de uísque à boca enquanto olho a foto do meu casamento mais uma vez.O sorriso de minha falecida esposa eternizado em nossa foto me faz sorrir também. Há pouco mais de um ano eu estava nessa mesma posição, lutando com o medo do que o meu desejo faria com a relação que meu filho tinha comigo. Obrigá-lo a se casar para permanecer à frente de uma empresa que era dele por direito foi a maior loucura da minha vida e também a mais certa das decisões. Eu poderia estar dando um tiro no meu pé e meu filho ter ficado com raiva de mim para sempre, ele poderia entrar com uma ação me acusando de estar louco, mas Michel não fez nada disso. Embora ele indo contra sua vontade, aceitou cumprir todas as cláusulas do documento que mandei Ian redigir e se casou com Agatha, a menina que me ajudou quando eu quase fui atropelado. Encantei-me pela menina gentil e prestativa e imaginei meu filho casado com alguém assim. Foi aí que tive a ideia de criar um documento exigindo que Michel se
Cristine Cinco anos antes… Fecho a porta atrás de mim e dou poucos passos até chegar a minha cama. Engatinho sobre ela e me sento ao chegar na cabeceira e ficar de costas para ela, apoio-me nela e puxo minhas pernas para próximo de meu peito e as abraço colocando minha cabeça entre elas e deixando minhas lágrimas finalmente caírem. Agora eu me permito chorar, me permito sentir, deixo a dor tomar conta do meu corpo. Agora não sou mais a jovem forte que luta e batalha todos os dias para ter o que comer. Sou apenas uma menina que teve de amadurecer rápido e trabalhar bem cedo para auxiliar a mãe com as contas de casa. Sou a menina que precisa ser cuidada que está vendo sua vida ruir e não pode fazer nada. Em breve perderei minha mãe e não há mais nada que eu possa fazer para impedir que isso aconteça. Minha mãe, a pessoa que sempre fez tudo por e para mim, a pessoa que é meu tudo e a que eu mais amo nesse mundo, tem câncer de útero. Descobrimos sua doença há 3 anos, depois dela p
Dylan Giro na cadeira da minha sala na empresa da minha família e observo a paisagem através do vidro que tomava conta de toda a parede. Era possível ver a movimentação da cidade se eu olhasse para baixo, já que minha empresa ficava no centro da capital do Rio de Janeiro, e o morro do Corcovado se eu olhasse o horizonte. Amava ver o sol se pôr através da minha sala. Sou um homem rico, quer dizer, milionário. Assumi o cargo de presidente da empresa no lugar do meu pai há anos e amava comandar tudo isso. Sou o mais velho de quatro irmãos: eu, Adrian, Igor e Vanessa. Bernardo Castro, meu pai, e Caroline Castro, minha mãe, são casados há mais de 40 anos e fundaram a empresa juntos. Nossa empresa é do ramo da moda, mas fazemos eventos também. Todo ano temos um evento com celebridades, digital influencer e os empresários de destaques no país, sejam eles da tecnologia, alimentício, moda ou qualquer outro ramo que cresça e se destaque gerando lucros e empregos. Minha vida é bem agitada,
Cristine Respiro fundo e tento não desmoronar ao tocar na maçaneta da porta do quarto da minha mãe. Preciso dar comida a ela, mas toda vez que entro em seu quarto e a vejo desse jeito meu coração aperta e só quero chorar. Ela está a cada dia mais debilitada e os médicos já disseram que é questão de tempo para que ela se vá, mas não aceito essa realidade e tenho feito de tudo para que sua permanência aqui, dure o máximo possível. — Oi, mãe — entro em seu quarto com um sorriso estampado no rosto para que ela não fique ainda mais triste. — Oi, meu amor. Como você está? Coloco a bandeja de comida na cômoda e caminho até sua cama. — Estou bem, mãe, mas eu é que devo perguntar como à senhora está. — Está tudo na mesma, minha filha. Já aceitei meu destino. — Não diz isso, mamãe. Como vou viver sem a senhora? — me sentei na cama e segurei suas mãos. — Você vai encontrar um homem bom que cuidará de você, meu amor. — Não sei se acredito nisso, mãe. Quero apenas me tornar uma advogada