Michel— Não ouse ser desrespeitoso com ela, Guilherme. — A voz fria de Dylan se fez ouvir e Guilherme levou sua atenção a ele.— Dylan Castro. O grande Dylan Castro, um dos empresários mais bem conceituados e bem-sucedidos do país. — Havia deboche na voz dele. — O que as pessoas que tanto o admiram falariam se soubessem quem realmente você é? O que elas achariam se descobrissem a verdade?— Que verdade, seu canalha infeliz? — questionou Dylan.Guilherme deu uma gargalhada e falou:— Que, na verdade, você não é o bonzinho que todos creem. Que é um mercenário, assassino com conexões com pessoas da pior espécie e até mafiosos. Acha que não sei que foi você quem torturou e matou o ex-namorado de sua esposa? Que espancou quase até a morte o ex-namorado de sua irmã? Quem mandou matar o homem que sequestrou Amely a pedido do seu amigo Marcos Ferreira? — Ele tornou a rir das expressões chocadas que fizemos. — Sei dos podres de todos vocês.— Você não tem prova de nada. Está apenas blefando. —
Michel Agatha se agarrou a mim e chorou compulsivamente. Apertei-a em meus braços e falei palavras de conforto. Amely veio me auxiliar a acalmá-la e Duda foi até Sarah, que chorava ao ver a amiga sofrer.— Já acabou com seu showzinho? — Cristine se levantou em sua pose de advogada. — Acabou com as ameaças? Já se vangloriou sobre nós? Então, pode ir embora. Hoje você não levará o Danilo, amanhã, depois do almoço, Agatha o levará até sua casa.— Você não pode decidir nada.— Mesmo? Pois sinto informá-lo que entrei em contato com um juiz amigo meu e relatei toda a situação. Ele expediu um documento dando a Agatha mais um dia de convivência com seu filho antes de o menino ter sua rotina alterada bruscamente. Hoje você não levará o Danilo, então pegue esse capacho que chama de advogado e caia fora daqui.Nunca a vi tão fria como vi agora. Os olhos de Dylan brilham de orgulho por sua esposa, mas também há algo, é ódio, e se eu fosse Guilherme, tomaria cuidado daqui para frente.— Não se ach
AgathaAcordei sentindo meu corpo doer pela má posição em que dormi na noite passada. Olho para o rosto sereno do meu filho e meu peito se enche de tristeza. Não sei como suportarei passar um mês longe dele.— Bom dia, mamãe. — Ele abre os olhos e sorri.— Bom dia, meu amor. Dormiu bem?— Sim. — Ele me aperta com seus bracinhos. — Gosto de dormir com a senhora. Terei mesmo de ir morar com meu papai mal? — pergunta triste.— Infelizmente, sim, meu amor. — Beijo sua testa. — Mas no final de semana você vem ficar comigo, tudo bem?— Está certo, mamãe. Mas agora vamos comer, que minha barriga está pedindo chocolatinho, olha. — Ele toca a barriga que solta um ronco baixo.— Nossa! É mesmo. — Faço cócegas nele. — Essa barriguinha está faminta. Vamos escovar os dentes e ir comer.— Vou para a escola hoje, mamãe?Nós nos levantamos e eu o levo para o banheiro.— Não. — Pego sua escova de dente. — Hoje você vai passar a manhã com a mamãe e depois vai para a casa do seu papai Guilherme.— Está b
MichelHavia chegado a hora de levar Danilo à casa do pai biológico dele e meu coração estava apertado por isso. Agatha estava desolada e eu não sabia o que fazer para ajudá-la. Eu também estava sofrendo por ter que ficar um mês longe dele. Aquele menino inteligente e esperto conquistara meu coração e ponderar ficar longe dele me fazia mal.Segurei a mão de Agatha ao parar meu carro na porta da casa do Guilherme.— Você é forte, ele vai ficar bem e logo estará conosco.Ela me olhou e vi seus olhos marejados, esforçara-se para não desmoronar na frente do filho.— Não quero ficar longe dele.— Não será por muito tempo, eu prometo. Entrarei em contato com meus advogados e Cristine, junto à sua advogada, está buscando provas dos crimes cometidos por ele. Já entramos com processos por calúnia, injúria, difamação e ameaças contra Guilherme. Danilo não ficará com ele.— Sei disso, mas meu coração está sofrendo. Tenho medo do que ele pode fazer com meu filho.— Ele não fará nada, sabe que esta
Michel — Ela continua dormindo? — Meu pai me perguntou assim que entrei no escritório.— Sim, a deixei bem acomodada na minha cama. Ela merece esse descanso. O que tem para mim, Ian?— Bom. Primeiro de tudo, quero avisá-lo que o juiz já expediu o mandato para investigar Guilherme. Os processos que você e seus amigos entraram contra ele foram combustível suficiente para uma operação ser deflagrada contra o escritório de advocacia comandado por ele. As acusações que Guilherme fez foram graves, e o fato de a senhora Cristine ter gravado as injúrias e as ameaças que ele fez nos dá a certeza de que ele não poderá levar essa Guarda Alternada. Guilherme se mostrou uma pessoa rancorosa e vingativa, na gravação feita por Cristine focou claro que o bem-estar do filho não importa para ele e sim fazer sua ex-amante sofrer. Hoje mesmo ele será intimado para depor.— Espero que as provas que Cristine disse ter contra ele sejam o suficiente para dar a guarda total a Agatha e impedir que Guilherme se
Michel— Ela vai ficar bem, filho. Ela é forte. — Meu pai tentou me consolar. O ter ao meu lado me ajudava a não desmoronar. Era bom ter o apoio de alguém nesse momento. — Ela estava chamando pelo filho, pai. Guilherme conseguiu destroçar o coração dela.Meus ombros caíram em derrota. Eu deveria ter feito mais, deveria ter feito tudo por ela e por Danilo.— Falhei com eles, pai. Falhei.Ele me puxou para seus braços e me apertou dentro deles. Não contive as lágrimas e chorei amparado por meu pai mais uma vez.Ele me levou até a cadeira na sala de espera e longos minutos se passaram até que alguma notícia de Agatha chegasse.Já estava prestes a surtar quando o médico veio falar sobre o estado dela.— Parentes de Agatha Souza Michel? — gritou o médico.— Sou esposo dela. Como ela está?— Agora, bem, conseguimos baixar a febre e ela esteve no soro até momentos atrás. Ela teve uma crise emocional, a febre emocional, também chamada de febre psicogênica, é uma condição em que a temperatura
AgathaMinha cabeça estava pesada. Ela doía sem parar e tudo o que eu queria era um remédio para a dor. Gemi ao me virar na cama e abri os olhos, rápido ao sentir que a cama era estreita. Olhei ao redor e vi que estava em um quarto de hospital.— Que bom que você acordou. — Uma enfermeira gentil falou, sorrindo.— Quem me trouxe para cá e por quê?— Foi seu marido que a trouxe. Você estava com febre alta. Está anêmica também e seu corpo precisa de vitaminas.— Nos últimos dias, eu não tenho conseguido comer direito. Creio que o estresse tenha tirado meu apetite.Ela sorriu e fiquei sem entender o porquê de seu sorriso.— Não foi questão de estresse. Você está grávida. A perda de apetite e enjoos são alguns dos sintomas.— O quê? Não posso estar grávida. Isso deve ser um engano.— Não é. O médico que lhe atendeu a examinou e desconfiou da gravidez, ele pediu os exames e a comprovou. Você está grávida de 8 semanas.— Meu Deus. Isso não é possível. Só pode ser um engano. Meu marido não po
Agatha— Deixa de besteira. — retrucou Duda. — Aposto que será outra menina e se o filho da Agatha for menina, um dos meus filhos irá namorar a sua filha e o outro com a filha dela.— Não sabia que tinha se tornado uma casamenteira. Nem sabemos os sexos dos novos integrantes do grupo e você já quer os casar. — Henrique resmungou.— Vivemos em uma nova era, nossos filhos podem se apaixonar pela mesma mulher e viver um casamento poliamoroso. — disse Alan, chocando a todos.— Minha filha nunca viverá com dois homens. — Os olhos do Henrique pareciam que iriam sair do rosto de tanto que estavam arregalados.— Nunca diga nunca. — provocou Marcos.Eles pareciam crianças de tanto que implicavam um com o outro.— Helena diz que irá se casar com Lucas e você só falta matar o menino.— Minha princesinha não vai se casar. Talvez ela aceite meu conselho de se tornar freira.Amely teve uma crise de riso com as palavras do marido e chegou até a chorar.— Meu Deus! Você é tão engraçado, amor. Helena,