Uma esposa virgem para o CEO pai
Uma esposa virgem para o CEO pai
Por: Danny Veloso
capítulo 1

Mia

Mia chegou àquela cidade desejando mudar a sua vida. Era a segunda filha de uma família de três irmãos, a única que nunca teve a oportunidade de se destacar. Não é que ela quisesse, só odiava não ter um talento excepcional como eles.

Quando seu pai faleceu, ela tinha cinco anos e sua irmã mais nova acabara de nascer. A mãe teve que se virar, sendo mãe solteira, trabalhando para cuidar dos filhos sem assistência, sem seguro e sem ter a quem recorrer. Mia reconhecia seus esforços para torná-los pessoas corretas, por isso sentia-se mal quando se pegava sentindo remorso ou raiva dela.

No fundo, ela achava que a mãe não a amava como parecia amar seus irmãos. Quando o irmão mais velho, Adam, começou a mostrar suas extraordinárias capacidades, destacando-se como um garoto à frente do seu tempo, inteligente o suficiente para atrair a atenção de todos, Mia sentia orgulho dele. Eram próximos e se amavam. Como irmão mais velho, ele sempre quis proteger as mulheres de sua casa, o que deixava Mia com um sorriso no rosto sempre que ele a defendia na escola.

Bem, Adam não era o problema dela. Ele era quase um cúmplice de Mia. No entanto, Emília sim. A garota, desde bebê, chamava toda a atenção para si. Mia não queria ter ciúmes ou inveja de uma criança mais nova, que mal sabia onde estava no mundo, mas que todos amavam por ser graciosa e bonita.

Então, aquele bebê cresceu e se tornou seu pior pesadelo. Emy, como todos gostavam de chamá-la, tornou-se uma garota egocêntrica, irritante e invejosa. Apesar de sua irmã mais nova não ter a superinteligência de Adam, ela tinha a habilidade de ser uma patinadora incrível no gelo.

Todos os dias, as duas brigavam, seja pelo quarto que dividiam, pelas roupas que eram de Mia antes de Emy, pelo belo cabelo ou pelas bonecas. Tudo era motivo para brigas, e quem levava a culpa no final das contas? Mia. Por ser a mais velha, era considerada a responsável e quem deveria dar exemplo.

Por isso, o sentimento de ser rejeitada pela mãe, pois nunca foi defendida ou vista, exceto por Adam. Ela admitia que sua irmã era boa, a melhor da atualidade em sua modalidade. No entanto, no início, foi difícil para a família. E, novamente, ela se sentia invisível. Sentia ciúme e inveja. Para uma criança que só queria ser normal, ter dois irmãos incríveis era uma tortura.

Pensar assim até a fazia parecer ingrata ou realmente invejosa, mas ela não queria ser. Ou ainda ser, no entanto, todos a colocavam sob pressão para ser tão boa quanto eles. Algo inalcançável para a pequena Mia. Ela se saía bem na escola e jogava vôlei muito bem, mas nunca era suficiente. E as pessoas sempre diziam:

"Sendo irmã de quem é, você deveria ser melhor que isso. Como pode ser tão comum?"

Comum era tudo que ela queria ser, só que ninguém deixava, então foi se enfiando em seu quarto, parando de ir às apresentações e tapando os ouvidos quando algo assim acontecia.

Em um momento da sua vida, ela se levantou da cama e disse a si mesma que não precisava ser excelente e que conseguiria conquistar os seus objetivos, sozinha, sem ter que dizer o seu sobrenome.

Ela amava a sua família, até mesmo Emília, que se tornou uma pessoa mimada e egocêntrica, no entanto, preferia ficar distante deles, usando a invisibilidade que tanto lhe davam.

Ir para Nova York era essa porta a ser aberta. Conquistar aquilo que tanto queria, com seu suor e sem ser comparada com seus irmãos.

A cidade era famosa pelos seus arranha-céus, bolsas de valores e empresas comuns e multinacionais.

Conseguir um trabalho como esse, ser secretária de uma das grandes empresas da cidade, foi como finalmente poder respirar fundo, por saber que tudo finalmente estava dando certo para ela.

Embora a sua chefe fosse uma pessoa difícil que a torturava em alguns momentos, como agora, a deixando até mais tarde numa sexta-feira à noite, onde praticamente todos já haviam saído.

Mia foi até a copa pegar um café, ou dormiria em cima da mesa. Não passou mais do que cinco minutos. Ela achava que sua chefe não perceberia, mas só para irritar, a puniria com mais dois minutos, prolongando a tortura.

Ao retornar à sua mesa, que ficava a um metro e meio da sala da sua chefe, ouviu um gemido estranho. Mia parou, pensou que estava sonhando e sentou-se na cadeira onde trabalhava. Depois, outro gemido, e outro, sempre mais alto.

Isso não é coisa da minha cabeça, é?

Uma das coisas que mais incomodava a sua chefe era que a menina tinha uma curiosidade que poucos ali tinham. Era para ela ignorar, deixar aquilo acontecer, porém, movida pela curiosidade e sentindo um pouco de desejo, aproximou-se da porta entreaberta e espiou.

Mia não podia fazer barulho, ela andou na ponta dos dedos, forçou os olhos e viu o que não deveria. Sua chefe se encontrava em cima da mesa, com as pernas abertas, enquanto um homem alto, de cabelos escuros e rosto barbado, estava entre elas.

Mia abriu a boca, arregalou os olhos, mas não saiu. Ficou abismada, arrepiada e... excitada. A mulher foi percebida. O homem em questão era nada menos do que Taylor Jackson, o dono de tudo aquilo.

Taylor nunca viu Mia, pelo menos não olhou em seu rosto ou parou para falar nada, contudo, ali estava a menina de olhos claros, vidrada, os olhando com desejo e espanto, enquanto ele fazia sexo com a morena, que era uma das suas amantes de longa data.

Aquilo o deixou ainda mais excitado, encarando a garota, sem parar por um segundo, de socar na vagina de Vivian, sorrindo, orgulhoso e interessado em mostrar tudo o que podia fazer. Não para sua amante, ela já sabia bem como era, mas sim para a jovem de olhos claros e pele pálida.

Mia deveria sair dali o mais rápido possível, mas o desejo falou mais alto. Ela queria assistir até o fim, mesmo que nunca tivesse chegado perto de um homem como aquele, naquela situação e nem naquele estado.

Então, seu celular vibrou, despertando-a e fazendo-a perceber o erro que estava cometendo. Era óbvio que o senhor Jackson a viu espiando. Ela entrou em pânico. Saiu dali o mais rápido possível, pegou sua bolsa e correu para o elevador.

Mia sentiu seu coração na boca. Seu corpo estava frágil, sentindo até que estava molhada. As portas do elevador se fecharam. Ela ainda pensava no que havia presenciado. Apertou a bolsa contra seu corpo e só pôde respirar fundo depois que saiu do hall de entrada.

Ela tentaria esquecer aquela situação. Eles eram os chefes, ela a secretária. Nunca contaria isso para ninguém. No entanto, nunca esqueceria o que viu e o que sentiu.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo