Não quero caridade (II)

- Não acho que seja o momento de falarmos sobre isto.

- Eu sei – retirei as mãos dele das minhas – E por isto mesmo peço que não me toque. Não quero caridade... Tampouco gesto de carinho por pena.

- Eu... Não estou fazendo isto por pena.

- Sim... Você está. Porque não foi capaz de me perdoar, mas seu coração está aflito por saber que eu poderia ter morrido... E sabe o quanto estou sofrendo com a revelação de minha mãe. E não sabe nem metade de tudo que eu descobri nestas últimas 24 horas. Não podemos ser amigos, David... Porque o que sentimos um pelo outro não é amizade.

- Eu amo tanto você, Maria Eduarda... Mas traiu minha confiança.

- Entendo você, David... Juro que entendo. E não se sinta na obrigação de ficar comigo por conta do que houve... Eu poderia ter

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