Lívia Lafaiete Com os pensamentos voltados para o meu filho, só consigo pensar na consulta ao sair do quarto. Sinceramente, nem tenho cabeça para reparar no apartamento, apenas decorei o caminho de volta a sala. Encontrando uma mulher com os fios curtos em um preto bem escuro, talvez ela pinte com naquele tom de preto/azulado, a saia perfeitamente colada até as coxas longas, um escarpim e a camisa social vermelha dando destaque ao colo e aos botões abertos até exibir uma grande parte dos seios. Quando se vira na minha direção, noto o lampejo de curiosidade e nojo ao fazer uma revisão dos meus pés a cabeça. Os olhos verdes e as lashes de cílios batendo rapidamente, a boca pintada com um tom de café destacando todo o restante do rosto oval de maçãs altas, os diamantes nas orelhas e uma corrente fina com um ponto de diamante no pescoço. "Patrícia, essa é a minha esposa, Lívia Lafaiete." Bruno fala com um sorriso no canto dos lábios, seus olhos se grudam em mim como um carrapato. Mesmo
Livia Passo o punho em cima da testa mais uma vez limpando a gota de suor que escorre sorrateiramente, enfio a mão dentro do balde esfregando as cerdas grossas contra o sabão sacudindo um pouco antes de voltar a esfregar com força contra o chão de madeira, o liquido grosso parece nascer borbulhante entre as aberturas da madeira. O gosto amargo da ansiedade cresce com força, mordo os lábios com força ao me empenhar mais para retirar a mancha redonda de marcas achatadas, nem mesmo consigo erguer o olhar para a lâmina que mais se parece com um monstro espinhento. Inspiro o cheiro da agua sanitaria como se fosse possivel amenizar a loucura que sinto corrompendo cada traço meu. "Livia." Escuto a voz baixa ao lado, não consigo desviar o olhar do sangue, da cena se repetindo dentro da minha mente. "Estou ocupada." Consigo responder mesmo que de maneira grosseira. "A mancha já saiu" Arregalo os olhos com raiva esfregando mais forte, mesmo que as minhas mãos estejam em carne viva depois
LíviaCom as mãos apoiadas contra a grade da pequena varanda observo as luzes do centro da cidade, o vento frio arrepia cada um dos meus pelos, a luz da lua ilumina um pouco a escuridão na qual estou envolvida. Cada vez que engulo a saliva sinto como um pedaço de vidro rasgando a garganta e o amargor do desgosto vem com tudo, abaixo a cabeça olhando para os meus pés descalços. Em um dia estava preocupada com as contas do orfanato desejando encontrar uma maneira milagrosa para resolver os problemas e então os meus pedidos foram atendidos na forma de um par de olhos azuis intensos roubando o meu fôlego. Sua fala mansa e palavras certas conquistando todos ao redor com tanto magnetismo, deveria ter percebido naquele instante que as suas mentiras iriam além. Passo a mão sob o meu ventre questionando como pude colocar em jogo uma nova vida em meio a tanta podridão. Seu olhar vazio é como um filme de terror se repetindo dentro da minha mente, o brilho ao admirar o sangue escorrendo da mul
Lívia LafaieteMordo os lábios pela milésima vez conferindo o vestido floral rosa deixando em destaque a minha pele negra, os seios fartos sendo sustentados pelo tecido resolvi calçar uma chinela básica para andar pela casa enquanto preparo o jantar. Estou em uma crise de nervos desde a discussão com Bruno, ele saiu de casa e não posso nem dizer que foi sem motivos. Lia a todo momento tenta tocar no assunto comigo, mas só falei o nome dele hoje, por ser seu aniversário, Miguel disse que aproveitaria para chamá-lo de maneira casual. Suspiro meio irritada por não ter conseguido tirar da cabeça dele essa ideia estúpida de fazer parte da máfia. Vou direto para a cozinha encontrando Lia finalizando a salada que só ela sabe fazer. "Muito obrigada pela ajuda." lhe dou um abraço apertado. "Ele é o pai do seu filho Lívia." Resmunga. "Sabe que hoje em dia crianças não são um motivo para manter os pais unidos, é apenas uma celebração do aniversário dele." Viro de costas pegando um prato ita
Lívia LafaieteA sensação eletrizante do seu corpo tão próximo arranca vibrações da minha intimidade, a ponta da língua passando nos lábios finos e a barba bagunçada dando uma aparência de homem das cavernas a ele. "Nervosa principessa?" Questiona usando o cinto de couro para acariciar a minha mandíbula. Fecho os olhos sentindo o toque áspero descendo pelo pescoço até alcançar o decote entre os seios. "Valeu a pena passar esses dias longe mim?" A respiração forte reverbera contra a orelha. "Não" confesso baixinho. "Parece insegura." "Não valeu a pena." Respondo com mais firmeza e mais alto. A falta de ar deixa os meus lábios ressecados e com o coração acelerado espero o próximo passo dele, com as pontas dos dedos colocando alguns cachos atrás da orelha arqueio para frente deixando os seios mais expostos. mesmo entre os cílios pesando noto o olhar de desejo que admira o espaço do decote. Sinto a mão quente subindo da bochecha para a nuca se enroscando entre os meus fios enquant
Lívia Fecho os olhos com força sem entender como estou nessa situação, uma na qual sinto-me indefesa mas desesperada pelo toque dele.Arqueio a coluna empinando a bunda, escuto a risadinha baixa. "Ansiosa principessa?""Necessitada, Bruno." Confesso a contragosto."ahhhhhhh." Responde e o estalo do cinto me assusta.Olho por cima do ombro vendo a maneira como segura as duas pontas, fazendo o couro estalar outra vez e repercutir por todo corpo. "É assim que estou todos esses dias." desço o olhar pelo corpo enorme alcançando suas calças ficando com a boca cheia de água notando o membro longo e grosso saliente."Estou pingando, amor." Confesso baixinho sem desviar os olhos. Seu sorriso safado contagia."Apoie a testa na parede." Mordo o lábio com força apoiando a testa."Abra as pernas." Obedeço cada vez mais desesperada, suspiro fechando os olhos. O toque do couro acariciando por dentro das coxas me faz gemer alto."Empina mais a bunda." Faço como ordena sentindo a maneira leve
Livia lafaieteApoio a cabeça contra o antebraço na porcelana fria da banheira sentindo o toque da bucha com sabonete liquido enquanto ele faz circulos suaves nas minhas costas, suspiro sentindo a tensão dos ombros saindo aos poucos pisco observando a fumaça da água morna subindo relaxando todo o corpo."Não durma." ordena."Estou com tanto sono." confesso querendo quebrar a sua ordem.Escuto a sua respiração pesada contra a minha pele quando ergo o corpo, olhando sob o ombro a maneira como se concentra na tarefa de dar-me banho."Precisa jantar, comer por dois." Resmunga deixando claro que não vai mudar de ideia até me ver comendo alguma coisa.Ergo a cabeça ajeitando as costas, com o corpo entre as suas pernas, Bruno mantém os toques firmes acariciando enquanto limpa."Você não veio para a consulta." Mordo os lábios o olhando por sob o ombro.Seu olhar firme na minha pele, a mandíbula travada e o olhar azul frio. Nossos olhares se cruzam fazendo minha pele estremecer com os pêlos se
Lívia LafaieteBato os pés inquieta sentada no sofá, aproveitando que Lia está na cozinha fazendo algum bolo para recebermos a visita. A campainha não toca, mas as portas se abrem fazendo o meu coração bater forte como um pandeiro, solto um suspiro aliviado ao encontrar o rosto conhecido de Miguel e pulo como uma criança correndo de volta para os braços da mãe ao encontrar Magnólia.Sem a habitual roupa preta com detalhes brancos fico analisando seu corpo jovial no vestido verde, salientando os olhos castanhos claros.Franzo o cenho observando seus fios escuros caindo em uma trança lateral exibindo o pescoço fino, com uma singela corrente de ouro e um crucifixo. O vestido tem mangas curtas, com um decote recatado em formato de u, abraçando os seios médios e a cintura fina, enquanto recai solto nos quadris até os joelhos exibindo as longas panturrilhas.Recebo um tapinha no ombro atraindo a minha atenção para as bochechas avermelhadas que de tão perto vejo algumas marquinhas do sol nos