Dez meses de contrato

Lívia

Com as mãos apoiadas contra a grade da pequena varanda observo as luzes do centro da cidade, o vento frio arrepia cada um dos meus pelos, a luz da lua ilumina um pouco a escuridão na qual estou envolvida.

Cada vez que engulo a saliva sinto como um pedaço de vidro rasgando a garganta e o amargor do desgosto vem com tudo, abaixo a cabeça olhando para os meus pés descalços.

Em um dia estava preocupada com as contas do orfanato desejando encontrar uma maneira milagrosa para resolver os problemas e então os meus pedidos foram atendidos na forma de um par de olhos azuis intensos roubando o meu fôlego. Sua fala mansa e palavras certas conquistando todos ao redor com tanto magnetismo, deveria ter percebido naquele instante que as suas mentiras iriam além. Passo a mão sob o meu ventre questionando como pude colocar em jogo uma nova vida em meio a tanta podridão.

Seu olhar vazio é como um filme de terror se repetindo dentro da minha mente, o brilho ao admirar o sangue escorrendo da mul
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