Gianni LafaieteCaminho pela larga varanda, observando as mãos machucadas contra o metal frio da barra de proteção o peso do anel tão grande quanto a aliança acompanhando. Balanço a cabeça mais uma vez tentando esquecer, as mãos pequenas envolvendo a minha cintura ajudam um pouco, pelo menos é o que digo toda vez que sinto a mente vagando para outra pessoa."Achava que tinha resolvido tudo com Bruno." Murmura sonolenta.O pequeno corpo sem roupa colocado contra o meu é mais um motivo para esquecer, mas é como se invocasse outra pessoa para a minha mente o tempo todo."Talvez seja melhor ir para a Italia."Acabo soltando um pouco dos meus pensamentos para ela, viver dentro dessa miséria em estar tão próximo e tão distante vai acabar me fazendo cometer a porra de uma loucura e não posso colocar minha esposa e filho nessa situação, não posso arriscar com suas seguranças, principalmente quando traidores estão prontos para tentar derrubar o meu trono e matar o meu sobrinho por ser o herdei
Livia Lafaiete São alguns dias irritantes sem encontrar com Bruno ao acordar ou antes de dormir, tenho a certeza de que está ao meu lado apenas por ter os seus lábios tocando cada parte do meu corpo durante a madrugada, roubando gemidos e contendo os meus suspiros. A maneira como venera as minhas curvas só não é mais apaixonante do que o jeito bruto e selvagem no qual começa a me foder terminando em beijos suaves contra os meus ombros, fazendo com que caia de volta no sono.Suspiro pegando o controle remoto da cabeceira e ligando o botão de comando para abrir as cortinas. A proteção nos vidros não deixa que o sol possa refletir diretamente na pele, mas causa uma sensação vibrante de bem estar. Passo a mão na barriga ainda plana, enrolada no lençol, crio coragem para sentar na cama. Hoje é a primeira ultrassom e quero muito ter Bruno ao meu lado, sei o quanto isso parece ser antiquado. Mas para uma pessoa que sonha em formar uma família, estar ao lado de um companheiro nesse momento
Livia Lafaiete. O único momento no qual Bruno realmente relaxou foi ao escutar as batidas do coração do nosso filho, depois disso preciso confessar a frustração de o ter agindo como um segurança irritado andando ao meu lado.Seguro firme em sua mão até estarmos no estacionamento. "Não precisa de tudo isso, amor." Tento mais uma vez barganhar o pouco de liberdade que tenho."Não é uma pergunta Lívia." Ele abre a porta do passageiro fazendo a minha cabeça fervilhar por culpa de uma única frase, deixo que entre e ligue o carro antes de retrucar. "Podemos estar casados e você pode ser um mafioso, mas não vou aceitar ordens suas Bruno, eu não sou um dos seus homens." Sinto os meus dedos doendo pela força na qual aperto um ao outro irritada. "É o caralho da sua segurança Lívia, isso não tem acordo, você só obedece porra." Antes de sairmos do estacionamento avanço contra ele furiosa fazendo com que gire o volante, tão rápido quanto a minha raiva ele puxa o freio de mão fazendo o carro
Bruno LafaieteDirigindo por entre as ruas de Denver, controlo a vontade de colocar a mão em cima da dela e pedir desculpas. Aperto os dedos ao redor do volante para controlar a necessidade de vê-la bem. É como uma fodida maldição, por isso decido piorar as coisas desviando do caminho que havia traçado no momento em que estava enlouquecendo com o sangue dela marcando a pele. Pelo retrovisor observo os homens acompanhando em outros carros, o prédio que visitei a alguns dias atrás em uma área rica, mas afastada do centro. Estaciono no subsolo sem trocar nenhuma palavra com Lívia, abro a porta do passageiro e aceno para Miguel. Seus olhos por um momento finalmente encontram os meus, o brilho apagado é como uma faca cortando meu peito. Travo a mandíbula antes de voltar atrás, encosto as costas contra o carro, observando enquanto Miguel a guia até os elevadores para o apartamento novo. "Tem certeza de que quer fazer isso?" A voz de Marcos atrai minha atenção. Bato o sapato social contr
Miguel Observo a maneira triste da qual ela caminha com os braços ao redor do corpo, gostaria de poder lhe abraçar como dias em que eramos apenas dois jovens com problemas familiares em um colegio tradicional da elite de Denver. Observar os olhos de Livia brilhando mesmo que estivesse em meio a pensamentos conturbados devido as contas do orfanato, costumava se manter firme em busca das notas altas e o orgulho depois de algum ataque da Barbara colocava um sorriso e seguia em frente. Cansei de sonhar com dias melhores nos quais ficava livre daquele peso, doador de esperma, poderia alcançar uma vaga na faculdade ao lado dela, criaria coragem e diria o quanto a minha vida se tornava iluminada pela presença dela. Suspiro contra as portas de aluminio, sem querer olhar para o lado e correr o risco de sentir vontade de colocar ela entre os meus braços acariciar os cachos macios. Porém, sei bem o risco de fazer algo tão passional, Livia se tornou um sonho distante demais. Tenho a própria vid
MiguelDe costas para a garota que passou todos esses anos importunando a minha vida dentro do colegio busco reunir a maior força de vontade possivel para não a jogar pela janela e descontar a raiva que sinto, desde o merda de pai até o fato da garota que amo ter se casado com outro homem. Posso ter muitos motivos para odiar Barbara, mas jamais agiria como aquele medíocre que batia na minha mãe por puro prazer."Está tudo bem com você?"Ela está mais próxima agora, sei disso porque o perfume mais doce está enchendo o meu nariz, escutei seus passos e posso jurar que está enrolando os dedos na barra da camisa do homem-aranha."Não é como se realmente se importasse." Dou de ombros.Sou um cara pobre demais para estar no padrão de pessoas importantes para Barbara DeLavega Jones, posso ser branco e ter o cabelo loiro escuro de olhos claros, mas ainda pobre.
Miguel"Tão linda." Declaro perdido pela visão."Então coloque suas mãos em mim." Sorri de lado mordendo o lábio. "Eu..." Ela gagueja e demonstra uma insegurança que antiga Barbara jamais demonstraria. "Sou virgem, Miguel, me faça sua."Travo a madibula sentindo os ombros ficando tensos estou prestes a me afastar quando ela segura a minha mão na bunda dela."Se não é como seu pai, se não irá me desrespeitar e se tudo o que falou é verdade, então quero ser sua até o fim dos tempos.""Barbara.." Fecho os olhos apoiando a testa contra ela. "Na vida que decidi levar, tirar a virgindade de uma mulher é como um casamento e casamentos só tem fim com a morte, está pronta para viver ao lado de um pobre até a morte?" questiono com ironia lembrando de todas as palavras dela que machucaram e ficaram gravadas.
Bruno LafaieteJogo a bituca do cigarro no chão, ainda com raiva, ignorando os olhares desconfiados dos homens que bebem esperando por alguma movimentação, Marcos é o único que tem coragem suficiente para ficar ao meu lado. Não é possível, durante todo esse tempo Livia ainda não tenha entendido com qual tipo de homem casou ao mesmo tempo sinto raiva de mim mesmo, pois sei que possuo uma grande parcela de culpa, menti, aceitei sua ingenuidade e roubei sua inocência quebrando todo o acordo pela ganância em possuir aquele corpo maravilhoso e ter seus olhos brilhando a todo momento apaixonados por mim.Suspiro, puxando a carteira de cigarros e encaixando um na boca antes de aceitar o isqueiro de Marcos."Acredita que ela trará alguma informação dessa vez?" Questiona com calma batendo o dedo para se livrar das cinzas."Ela quer se ver livre daquele mal