Gianni LafaieteAbro um sorriso vitorioso com a maneira como Magnolia cai em um sono exausto e profundo assim que a abraço, sorrio como um idiota apaixonado porque é isso que sou. A seguro com cuidado buscando ajustar suas roupas, sou capaz de fazer uma matança se alguém a vir com os seios de fora.É completamente surreal a sensação de ter Magnólia outra vez em meus braços, sinto o prazer de ser completo mesmo com o coração pela metade em estar vivendo longe dos meus filhos.Juntos poderemos construir um futuro para o bebê que está esperando , não tenho a menor noção de como ser um pai, mas quero consertar todos os erros do passado.Estou completamente enfeitiçado pela sensação dela nos braços que nem noto quando entro em casa na direção da escada, até perceber o movimento leve.Antônio está em uma das poltronas da sala de espera, é automático a maneira como seu olhar cai em cima dela, crescemos como irmãos e dessa vez sinto a mesma dor de meses atrás.Travo a mandíbula fechado mais o
Lívia LafaieteEu mal conseguia respirar enquanto caminhava pelo corredor. O som dos meus saltos ecoando contra o mármore da casa parecia abafado, distante. Meu coração estava acelerado, minha mente a mil. Eu sabia que alguma coisa estava errada, mas não sabia o quê. A cada passo que eu dava para longe de Bruno, sentia mais o peso de tudo o que estava acontecendo. Pietro, Matteo, Gianni… Era como se os fantasmas do passado estivessem lentamente nos consumindo.Eu me peguei pensando em Magnólia. Ela tinha sido mais do que uma figura materna para mim. Ela foi minha amiga, confidente, a mulher que me ensinou tudo o que eu sei sobre o amor, a lealdade e, ironicamente, sobre os sacrifícios. Gianni, o homem que controlava a máfia com mãos de ferro, sempre pareceu intocável para mim. E agora Bruno estava tentando seguir o mesmo caminho.Mas a que custo?A mulher que chamei de mãe por quase toda vida mal suporta me olhar nos olhos e foi embora na primeira oportunidade com raiva pelo que meu m
Bruno Lafaiete O salão estava tomado por uma atmosfera vibrante. As luzes douradas dançavam pelo teto abobadado, refletindo-se nos espelhos altos que revestiam as paredes. Flores exuberantes decoravam cada canto, e os convidados, em suas roupas elegantes, conversavam e brindavam ao som de uma música suave que preenchia o ambiente. Eu observava tudo com atenção, mas, na verdade, havia apenas uma coisa que realmente prendia meu olhar.No centro do salão, parada perto da escadaria, estava Lívia.Meu coração quase parou quando meus olhos pousaram nela. Ali, à luz suave dos lustres, ela parecia mais deslumbrante do que qualquer outra mulher que eu já havia visto. Seu vestido preto ajustado destacava cada curva do seu corpo de forma hipnotizante. A seda brilhante contrastava com o tom perfeito da sua pele negra, e seus ombros expostos cintilavam sob o brilho das luzes. O decote do vestido desenhava seu corpo com elegância e poder, ao mesmo tempo em que sua postura orgulhosa mostrava a todo
Bruno Lafaiete A música suave reverbera pelas paredes douradas do salão, misturando-se com o murmúrio constante de vozes. O brilho dos lustres pendentes refletia nas superfícies polidas, enquanto a atmosfera opulenta se alinhava com o status da noite. Era mais que um baile - era uma declaração de poder. No entanto, para mim, era também uma celebração muito mais íntima.Meus olhos estavam fixos em Lívia, que se destacava como uma joia preciosa no meio da multidão. Ela conversava com alguns dos convidados, sempre radiante, mesmo sem saber o que estava por vir. Seu vestido preto delinear sua figura com elegância, e seus olhos brilhavam como as estrelas que pareciam sempre acompanhá-la. Ela carregava dentro de si uma segunda vida, o segundo filho que estávamos esperando, e logo, todos ali saberiam.Olhei ao redor, capturando o cenário. Cada movimento, cada olhar dissimulado de meus homens estava impregnado de vigilância. A máfia se reunia em um evento como este não apenas para comemorar,
Lívia Lafaiete Os raios de sol da tarde filtravam-se através das folhas das árvores, criando um padrão de luz e sombra que dançava no chão do jardim. O riso dos meus filhos ecoava, misturando-se ao canto dos pássaros e ao perfume doce das flores que brotavam ao nosso redor. Sentada em uma manta estendida na grama, observava Matteo e Pietro brincarem com entusiasmo.Matteo, sempre o explorador, corria de um lado para o outro, sua energia ilimitada fazendo com que fosse difícil acompanhá-lo. Ele tinha um jeito curioso de olhar para o mundo, sempre fazendo perguntas e se aventurando a descobrir coisas novas. "Mamãe, olha! Uma formiga!" ele exclamou, agachando-se para observar o pequeno inseto que caminhava apressado pela grama. Sua expressão de fascínio era contagiante.Pietro, por outro lado, era mais contemplativo. Ele observava o irmão com um sorriso leve, brincando com um carro de brinquedo que tinha ganhado de presente. A calmaria dele sempre equilibrava a vivacidade de Matteo. Era
Bruno Lafaiete Cinco anos se passaram desde aquela noite mágica do baile de aniversário de Lívia, quando a notícia da minha amada esposa sobre sua nova gravidez havia mudado nossas vidas para sempre. Agora, enquanto observava a luz do sol da manhã filtrando-se pelas cortinas da cozinha, não podia deixar de sentir uma onda de gratidão e amor. O aroma do café fresco misturava-se com o perfume das flores que Lívia adorava cultivar, criando um ambiente acolhedor que fazia de nossa casa um verdadeiro lar.Com 33 anos, eu era o Don da máfia italiana, e depois de tantos desafios, finalmente estava desfrutando da alegria de uma família que florescia em meio às responsabilidades e complexidades do meu papel. Lívia, agora com 24 anos, parecia ainda mais radiante. O amor que compartilhávamos havia se aprofundado, e cada dia que passava eu percebia o quão sortudo era por tê-la ao meu lado.Os meninos, Matteo e Pietro, estavam com cinco anos e eram uma fonte constante de alegria e energia. France
Livia “Madre não podemos fechar o orfanato” Suspiro cansada repetindo mais uma vez a frase.Como sempre ela busca dar-me conforto mesmo que o medo esteja maltratando seu coração tanto quanto o meu, enquanto varremos o pátio vazio.“Não quero que isso aconteça filha, mas entenda que não temos dinheiro para as contas básicas e o banco está cobrando.” Ela repete mais uma vez.Já estamos a mais de um mês e meio sem ter como pagar as contas básicas como água e luz, vivo nesse orfanato desde que fui abandonada em uma cesta com alguns panos e uma corrente de prata que hoje uso como pulseira com meu nome : Lívia.Madre Magnólia é como uma mãe, afinal, foi ela que cuidou e ainda cuida de mim. As crianças que vivem aqui são como irmãos, apesar de nunca ter sido adotada sinto uma felicidade enorme por cada um que encontra uma família. Todos vivemos em busca de cuidar dos menores para que eles se sintam acolhidos.“Por favor querida, vamos receber a visita do gerente do banco e o possível compra
Bruno Lafaiete Observo as costas da baixinha furiosa completamente intrigado pela maneira como ousa se colocar diante de mim fazendo uma ameaça tão ultrajante, se ela ao menos imaginasse o tipo de homem que habita sob essas roupas de grife escondido das lentes dos reporteres jamais ousaria falar dessa forma. Entretanto, sinto certo prazer em saber que terei algo para brincar pelo menos durante algum tempo além de aliviar os pedidos de casamento que venho ignorando nos últimos dois anos. As mulheres de familia bem vestidas com respostas prontas e cabeça baixa não causam nem uma leve ereção quanto mais vontade em casar. Posso muito bem aproveitar essa baixinha quente, dentro de um contrato pré estabelecido talvez até mesmo consiga o divorcio sem receber nenhuma critica do meu pai devido a origem da moça. “Livia por onde você…” A voz da senhora para ao encontrar meu olhar. “Bruno Lafaiete.” A senhora que suponho ser uma das freiras do local ofega. Uma reação bastante comum as mulhe