Bruno Lafaiete Cinco anos se passaram desde aquela noite mágica do baile de aniversário de Lívia, quando a notícia da minha amada esposa sobre sua nova gravidez havia mudado nossas vidas para sempre. Agora, enquanto observava a luz do sol da manhã filtrando-se pelas cortinas da cozinha, não podia deixar de sentir uma onda de gratidão e amor. O aroma do café fresco misturava-se com o perfume das flores que Lívia adorava cultivar, criando um ambiente acolhedor que fazia de nossa casa um verdadeiro lar.Com 33 anos, eu era o Don da máfia italiana, e depois de tantos desafios, finalmente estava desfrutando da alegria de uma família que florescia em meio às responsabilidades e complexidades do meu papel. Lívia, agora com 24 anos, parecia ainda mais radiante. O amor que compartilhávamos havia se aprofundado, e cada dia que passava eu percebia o quão sortudo era por tê-la ao meu lado.Os meninos, Matteo e Pietro, estavam com cinco anos e eram uma fonte constante de alegria e energia. France
Livia “Madre não podemos fechar o orfanato” Suspiro cansada repetindo mais uma vez a frase.Como sempre ela busca dar-me conforto mesmo que o medo esteja maltratando seu coração tanto quanto o meu, enquanto varremos o pátio vazio.“Não quero que isso aconteça filha, mas entenda que não temos dinheiro para as contas básicas e o banco está cobrando.” Ela repete mais uma vez.Já estamos a mais de um mês e meio sem ter como pagar as contas básicas como água e luz, vivo nesse orfanato desde que fui abandonada em uma cesta com alguns panos e uma corrente de prata que hoje uso como pulseira com meu nome : Lívia.Madre Magnólia é como uma mãe, afinal, foi ela que cuidou e ainda cuida de mim. As crianças que vivem aqui são como irmãos, apesar de nunca ter sido adotada sinto uma felicidade enorme por cada um que encontra uma família. Todos vivemos em busca de cuidar dos menores para que eles se sintam acolhidos.“Por favor querida, vamos receber a visita do gerente do banco e o possível compra
Bruno Lafaiete Observo as costas da baixinha furiosa completamente intrigado pela maneira como ousa se colocar diante de mim fazendo uma ameaça tão ultrajante, se ela ao menos imaginasse o tipo de homem que habita sob essas roupas de grife escondido das lentes dos reporteres jamais ousaria falar dessa forma. Entretanto, sinto certo prazer em saber que terei algo para brincar pelo menos durante algum tempo além de aliviar os pedidos de casamento que venho ignorando nos últimos dois anos. As mulheres de familia bem vestidas com respostas prontas e cabeça baixa não causam nem uma leve ereção quanto mais vontade em casar. Posso muito bem aproveitar essa baixinha quente, dentro de um contrato pré estabelecido talvez até mesmo consiga o divorcio sem receber nenhuma critica do meu pai devido a origem da moça. “Livia por onde você…” A voz da senhora para ao encontrar meu olhar. “Bruno Lafaiete.” A senhora que suponho ser uma das freiras do local ofega. Uma reação bastante comum as mulhe
Livia Preciso de um autocontrole horrível para manter os olhos tranquilos quando a Madre aprova a fala desse homem.Sei que ela não deve estar acreditando muito nessa história mas diante de todos esses problemas precisamos disso. O olhar de Lia chega a ser engraçado, abaixo a cabeça e solto um suspiro abrindo um sorriso amarelo.“Então, senhor Lafaiete aqui não precisamos que mantenha nenhum tipo de imagem, então o primeiro pare de aparecer em manchetes com mulheres. - Ela faz uma pausa esperando o aceno dele. - Segundo o aniversário de dezessete anos da Livia é amanhã, desse dia até o próximo ano vocês estarão noivos assim, terão tempo suficiente para se conhecer melhor.”Abro a boca prestes a protestar , o orfanato não tem esse tempo todo para se manter.“É um prazo justo Madre.” Escuto a voz firme.Viro o rosto encontrando com o perfil angulado, um meio sorriso exibindo a ponta do dente. Ao olhar para Madre, vejo as suas bochechas avermelhadas, Bruno Lafaiete definitivamente tem o
Livia “Feliz aniversário!!” Acordo com as vozes gritando e pequenas crianças pulando em cima de mim.Não consigo esconder o sorriso diante da felicidade deles, Lia está com as mãos cruzadas enquanto a Madre nos observa com um sorriso estampado nos lábios.Distribuo beijos nas cabeças deles, sentindo um peso a menos pela compreensão de que terão mais tempo pra encontrar uma família disposta a adotar e cuidar bem com muito amor.“Vamos, vamos crianças precisamos nos arrumar para a missa.” Madre Magnólia bate com as mãos fazendo os pequenos resmungarem. Rapidamente eles vão atender o pedido e saem de dentro do meu quarto junto com Lia para tomarem seus banhos.Ela se aproxima e posso ver a maneira condescendente na qual parece buscar as palavras para falar comigo, quando se senta na ponta da cama puxa minhas mãos beijando com calma. Sinto os olhos queimando diante das lágrimas, busco manter a calma para guardar o segredo, mas de algum modo tenho a sensação de que ela sabe ou imagina o
Lívia Depois de ficar plantada como uma árvore no meio do pátio enquanto ele ia embora, precisei refazer cada pedacinho do aniversário mais estranho que já tive na vida. A presença de Bruno Lafaiete sendo o ápice, um bilionário sentado à mesa com várias crianças órfãs e mantendo uma conversa amena com a madre. Na hora de dormir preciso manter a postura diante de Lia que a todo momento parece farejar as minhas mentiras e mesmo com a necessidade de desabafar sobre esse acordo achei melhor ficar calada. Agora, virando de um lado para o outro sem conseguir encontrar o sono, relembro a maneira feroz na qual seus olhos brilharam diante da voz irônica do amigo. O autoritarismo na voz grave e os músculos tensos, totalmente diferente como se dois homens distintos habitassem o mesmo corpo, um deles na frente das pessoas e outro escondido da luz. Suspiro com as pálpebras finalmente pesando o suficiente para cair no sono cheio de sonhos com os olhos verdes analisando meu corpo fazendo minha pe
Lívia Bruno estaciona o carro na lateral do colégio próximo a uma das entradas, tenho uma noção completa dos vidros escuros fechados e dos dois carros que fazem a nossa segurança. Um estacionado à frente e outro atrás. Mordo a parte interna da bochecha nervosa, que tipo de jogo esse homem está fazendo? Puxo uma respiração profunda quase gritando em frustração ao ser tomada pelo perfume amadeirado que gruda em cada pedacinho da minha mente, mas orgulhosa consigo forças o suficiente para falar."Não estamos na frente de ninguém Bruno,não precisa fingir." Falo apertando os dedos em volta da mochila."O que te faz acreditar que fico fingindo qualquer coisa com você?" A voz grave preenche o espaço pequeno. Viro o corpo para observar suas feições com o sorriso cafajeste no canto dos lábios, os olhos verdes brilhando em um desafio silencioso."Como você consegue ser tão cínico?" Cruzo os braços irritada. "Já não basta ter me obrigado a assinar aquele contrato..""Você não foi obrigada a n
Bruno LafaietePreciso de um autocontrole enorme para não agarrar a garota dentro do meu carro, a maneira como ela se desfaz de mim é irritante do mesmo modo como desafia o meu ego. Observo de longe enquanto alguns garotos tiram sarro dela, puxo o celular do bolso.*Dê um jeito nesses garotos Envio uma mensagem para Miguel, o chefe dos meus seguranças. Bato os dedos contra o volante buscando recobrar um pouco de consciência, uma garota, Lívia é apenas uma garota.Dou partida no carro em direção a empresa, entre uma reunião e outra recebo uma atualização do segurança que deixei para acompanhar os movimentos da garota. Preciso controlar os pensamentos sobre a boca rosada. Bato os dedos contra mesa de vidro imerso num mundo diferente, em um do qual Livia é a razão da minha dor de cabeça."Senhor ?" Ergo a cabeça encontrando o olhar de Silvia, a secretária parece estar a um bom tempo parada esperando alguma resposta minha."O que uma mulher gosta de receber de presente?" Questiono.Pe