LíviaCom as mãos apoiadas contra a grade da pequena varanda observo as luzes do centro da cidade, o vento frio arrepia cada um dos meus pelos, a luz da lua ilumina um pouco a escuridão na qual estou envolvida. Cada vez que engulo a saliva sinto como um pedaço de vidro rasgando a garganta e o amargor do desgosto vem com tudo, abaixo a cabeça olhando para os meus pés descalços. Em um dia estava preocupada com as contas do orfanato desejando encontrar uma maneira milagrosa para resolver os problemas e então os meus pedidos foram atendidos na forma de um par de olhos azuis intensos roubando o meu fôlego. Sua fala mansa e palavras certas conquistando todos ao redor com tanto magnetismo, deveria ter percebido naquele instante que as suas mentiras iriam além. Passo a mão sob o meu ventre questionando como pude colocar em jogo uma nova vida em meio a tanta podridão. Seu olhar vazio é como um filme de terror se repetindo dentro da minha mente, o brilho ao admirar o sangue escorrendo da mul
Lívia LafaieteMordo os lábios pela milésima vez conferindo o vestido floral rosa deixando em destaque a minha pele negra, os seios fartos sendo sustentados pelo tecido resolvi calçar uma chinela básica para andar pela casa enquanto preparo o jantar. Estou em uma crise de nervos desde a discussão com Bruno, ele saiu de casa e não posso nem dizer que foi sem motivos. Lia a todo momento tenta tocar no assunto comigo, mas só falei o nome dele hoje, por ser seu aniversário, Miguel disse que aproveitaria para chamá-lo de maneira casual. Suspiro meio irritada por não ter conseguido tirar da cabeça dele essa ideia estúpida de fazer parte da máfia. Vou direto para a cozinha encontrando Lia finalizando a salada que só ela sabe fazer. "Muito obrigada pela ajuda." lhe dou um abraço apertado. "Ele é o pai do seu filho Lívia." Resmunga. "Sabe que hoje em dia crianças não são um motivo para manter os pais unidos, é apenas uma celebração do aniversário dele." Viro de costas pegando um prato ita
Lívia LafaieteA sensação eletrizante do seu corpo tão próximo arranca vibrações da minha intimidade, a ponta da língua passando nos lábios finos e a barba bagunçada dando uma aparência de homem das cavernas a ele. "Nervosa principessa?" Questiona usando o cinto de couro para acariciar a minha mandíbula. Fecho os olhos sentindo o toque áspero descendo pelo pescoço até alcançar o decote entre os seios. "Valeu a pena passar esses dias longe mim?" A respiração forte reverbera contra a orelha. "Não" confesso baixinho. "Parece insegura." "Não valeu a pena." Respondo com mais firmeza e mais alto. A falta de ar deixa os meus lábios ressecados e com o coração acelerado espero o próximo passo dele, com as pontas dos dedos colocando alguns cachos atrás da orelha arqueio para frente deixando os seios mais expostos. mesmo entre os cílios pesando noto o olhar de desejo que admira o espaço do decote. Sinto a mão quente subindo da bochecha para a nuca se enroscando entre os meus fios enquant
Lívia Fecho os olhos com força sem entender como estou nessa situação, uma na qual sinto-me indefesa mas desesperada pelo toque dele.Arqueio a coluna empinando a bunda, escuto a risadinha baixa. "Ansiosa principessa?""Necessitada, Bruno." Confesso a contragosto."ahhhhhhh." Responde e o estalo do cinto me assusta.Olho por cima do ombro vendo a maneira como segura as duas pontas, fazendo o couro estalar outra vez e repercutir por todo corpo. "É assim que estou todos esses dias." desço o olhar pelo corpo enorme alcançando suas calças ficando com a boca cheia de água notando o membro longo e grosso saliente."Estou pingando, amor." Confesso baixinho sem desviar os olhos. Seu sorriso safado contagia."Apoie a testa na parede." Mordo o lábio com força apoiando a testa."Abra as pernas." Obedeço cada vez mais desesperada, suspiro fechando os olhos. O toque do couro acariciando por dentro das coxas me faz gemer alto."Empina mais a bunda." Faço como ordena sentindo a maneira leve
Livia lafaieteApoio a cabeça contra o antebraço na porcelana fria da banheira sentindo o toque da bucha com sabonete liquido enquanto ele faz circulos suaves nas minhas costas, suspiro sentindo a tensão dos ombros saindo aos poucos pisco observando a fumaça da água morna subindo relaxando todo o corpo."Não durma." ordena."Estou com tanto sono." confesso querendo quebrar a sua ordem.Escuto a sua respiração pesada contra a minha pele quando ergo o corpo, olhando sob o ombro a maneira como se concentra na tarefa de dar-me banho."Precisa jantar, comer por dois." Resmunga deixando claro que não vai mudar de ideia até me ver comendo alguma coisa.Ergo a cabeça ajeitando as costas, com o corpo entre as suas pernas, Bruno mantém os toques firmes acariciando enquanto limpa."Você não veio para a consulta." Mordo os lábios o olhando por sob o ombro.Seu olhar firme na minha pele, a mandíbula travada e o olhar azul frio. Nossos olhares se cruzam fazendo minha pele estremecer com os pêlos se
Lívia LafaieteBato os pés inquieta sentada no sofá, aproveitando que Lia está na cozinha fazendo algum bolo para recebermos a visita. A campainha não toca, mas as portas se abrem fazendo o meu coração bater forte como um pandeiro, solto um suspiro aliviado ao encontrar o rosto conhecido de Miguel e pulo como uma criança correndo de volta para os braços da mãe ao encontrar Magnólia.Sem a habitual roupa preta com detalhes brancos fico analisando seu corpo jovial no vestido verde, salientando os olhos castanhos claros.Franzo o cenho observando seus fios escuros caindo em uma trança lateral exibindo o pescoço fino, com uma singela corrente de ouro e um crucifixo. O vestido tem mangas curtas, com um decote recatado em formato de u, abraçando os seios médios e a cintura fina, enquanto recai solto nos quadris até os joelhos exibindo as longas panturrilhas.Recebo um tapinha no ombro atraindo a minha atenção para as bochechas avermelhadas que de tão perto vejo algumas marquinhas do sol nos
Lívia Lafaiete"Então, é uma tradição para trazer boa sorte?" Magnólia questiona com interesse pegando a roupinha e a admirando com tanto carinho quanto eu. "Sim, na nossa cultura o vermelho protege as crianças do mau olhado." Maria responde aparentemente ficando mais leve em relação a minha mãe de criação. Mordo os lábios sem saber como entrar no assunto, são muitas coisas que desejo saber mas não sei nem por onde começar. "Você foi muito desejada, Hija." Maria toma a iniciativa atraindo minha atenção.Aperto os dedos um pouquinho. "Cresci com inveja das crianças que eram adotadas, não acho que sinto muito isso." Consigo ser sincera apesar de ver como ela acaba ficando tristonha. Alejandro passa o braço sobre os ombros da esposa se ajeitando no sofá."Acredito que a maioria dos casamentos no nosso meio são complicados no início." Da de ombros. "Mas quando as coisas se ajeitaram, Maria e eu sonhávamos com o nosso filho, tanto que após ter você tirada de nós, não conseguimos pensa
Bruno LafaieteAntes de sentar na cadeira de couro, sirvo os copos com novas doses de uísque entregando de volta para Alejandro. O homem apesar da clara desconfiança não fez questão de disfarçar a importância da sua esposa, algo que é visto como uma fraqueza dentro do nosso mundo. Bato os dedos contra o vidro me questionando se ele tem essa percepção ou se sua arrogância vai tão longe ao ponto de acreditar que não sofrerá mais nenhum tipo de ataque vindo dos seus inimigos. "Está se questionando porque não tenho problemas em demonstrar que Maria é importante para mim?" Ergue a sobrancelha com um sorriso de canto que me irrita.Tomando um gole de uísque com calma, observo o líquido se movimentando pela garganta que tanto desejo cortar. Esse puto me irrita. "Na verdade estava pensando em como deixa claro para alguém que considera como inimigo um ponto fácil de acertar." Encosto contra o couro, apoiando o braço com a bebida na mesa esperando pelas respostas do homem que mantém um sorri