Bruno LafaieteVoltei para o quarto com Livia, durante as horas que se seguiram da madrugada mais longa da minha vida, o nascimento do nosso filho na noite anterior, o nascimento do filho de Gianni no raiar do dia seguinte e o seu olhar magoado ao ser levado pelos soldados da famiglia. Enquanto observávamos o sono tranquilo do nosso pequeno, as lágrimas da minha esposa não paravam de cair, tentei reconfortar a sua dor, mas nada poderia amenizar a minha dor, então o nosso conforto foi observar o sono tranquilo do neném. Os olhinhos abertos atentos a tudo, apesar de desconher a maldade do mundo em que nasceu, silencioso e paciente ao lado da mãe, que só dormiu há umas duas horas quando a empregada veio informar sobre o nascimento de Pietro, herdeiro de Gianni Lafaiete, o Don mais reconhecido da Ndrangreta agora preso num calabouço esperando julgamento dos conselheiros. Suspiro dando mais uns passos para próximo da cama, sem querer acordar a minha pricipessa, passo a ponta dos dedos na
Bruno LafaieteEstaciono ao lado de um caminhão vermelho usando a lataria do mesmo para ficar escondido de alguns olhares, a porta metálica se abre revelando Theodoro um dos meus homens de confiança que geralmente trabalha no escritório em Denver, seus ombros curvados para frente ajustando os óculos quadrados lhe conferem todo o ar nerd escondendo sua perspicacia e leetalidade. Bato em seu peito antes de entrar em uma boate desativada em Cefalo, uma hora de distância para Palermo, local que a mansão e a sede ficam localizadas. Atravesso o salao caindo em pedaços até chegar em um balcão iluminado por algumas lampadas amarelas, revelando uma silhueta alta de ombros largos mexendo nas garrafas de bebidas, aposto que algumas já devem estar vencidas. "Seu fígado já deve ter chegado no inferno." Exclamo. "Não deixe sua sogra descobrir isso." Estevão fala com calma antes de se virar com uma garrafa do que acho ser conhaque. O som dos saltos de Becca vindo dos fundos, faz os meus ombros r
Livia LafaieteSentada sob a sombra do pergolado de madeira enfeitado com rosas e trepadeiras, a visão desse ponto do jardim fica diretamente para a janela do quarto de Anne,independente disso o balanço alcochoado é reconfortante suficiente para fugir do clima caótico que se instalou na mansão desde aquele almoço terrivel.Observo a calmaria do meu pequeno bebê dormindo no aconchego do colo, os dedos pequenos e as bochechas cheias, ter um momento assim com ele é a maneira que encontrei de ter certa paz, não quis falar, pois imaginei o quanto poderia ficar chateado, só que ficar ao lado do Bruno lembra esse julgamento no qual Gianni será submetido.Algo que ele só fez diante do meu pedido após o nascimento do nosso filho, quando paramos para conversar durante a madrugada quando todos finalmente saíram para dar atenção a Anne e o nascimento
Bruno LafaieteDurante algumas horas pude aproveitar o momento em família, Matteo é como um sol raiando no meio da escuridão da nossa realidade. Lívia não contestou mais a ideia de ter uns dias com os pais e aproveitou nosso tempo de qualidade.Agora, sentado em uma das cadeiras dispostas atrás do conselho, mantendo a postura indiferente ao conteúdo da reunião. Coletar provas sobre a traição do Don, existe alguns que a muito tempo querem derrubar Gianni do poder entre eles seu próprio irmão, meu pai, Afonso que a cada momento direciona um olhar confiante que retribuo num aceno.A outra grande parte da organização é a que alimenta as minhas esperanças sobre uma solução menos drástica para tudo isso.Estamos a um ano buscando o traidor responsável por instaurar uma linha de tráfico de crian&cced
Lívia LafaieteFecho a última bolsa em cima da cama, olhando para os lados no quarto, depois de ter uma pequena conversa com mamãe Magnólia no jantar ontem, percebi estar tomando a melhor decisão. Ela está magoada com Bruno e eu estou no meio do caos com apenas dois dias após o parto.Quando liguei para minha mãe biológica, Maria, ela ficou completamente empolgada, disse que Bruno havia pedido a Estevão para virem à Itália e por isso os dois estavam a passeio em uma das ilhas italianas, mas que o meu pai estava mais trabalhando do dando atenção a ela. A notícia do nascimento de Matteo a deixou em prantos.Por isso hoje, não havia nem acordado direito quando ela chegou, levei o maior susto com a visão dela na poltrona segurando Matteo no colo e chorando em silêncio. Pude perceber mais uma vez que ter sido separada dela na infância não doeu somente em mim é uma dor que iremos carregar juntas.Sinto o vazio no peito com a sensação de falta causada pelo afastamento com Magnólia.Pedi para
Bruno Lafaiete Quase sem fôlego consigo falar apoiando a testa no ombro dela, subo a sua calcinha ficando ainda mais excitado com a sujeira que fiz ao gozar fora da sua boceta, e ao subir a calcinha fazendo ela ficar toda suja e molhada com os nossos orgasmos."Fico envergonhada de tratar algo assim com Maria." Lívia finalmente responde. Abaixo seu vestido , ajeitando a braguilha da calça social deixando que ela vire o corpo. Já havia mandado os homens avisarem as empregadas para ficar longe daqui. Queria tirar uma casquinha da minha esposa antes da viagem. "Mas precisa sabe que o anticoncepcional vai demorar uns dias para começar a fazer efeito e eu não quero usar camisinha, quando gosto de sentir você escorregadia e quente pra mim." Ergo a cabeça terminando de falar.Seu olhar está perdido com o desejo, apertando as coxas, os bicos dos seios pontudos, mordendo os lábios. "Droga, Lívia não sabe o tamanho do esforço que estou fazendo para não entrar em você agora." Resmungo aperta
Gianni Lafaiete Quatorze, quinze , dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove e vinte. Finalizo a contagem mental dos apoios de frente, sentindo os pequenos pedregulhos da cela cortando as palmas das mãos. Diferentemente do que aconteceu com Bruno quando ficou preso nessas celas, nenhum dos soldados teve coragem suficiente para torturar-me. Os idiotas sabem que caso a minha situação seja resolvida serão os primeiros a irem para a vala. Sento no canto sujo, puxando o ar com força, o peso dentro do peito sendo causado não pelo esforço físico, mas pela dor de ter sido traído. Fecho os punhos, com raiva, Bruno não poderia ter feito isso comigo. Nem mesmo a dor da fome consegue apaziguar o meu coração. A duas noites estou trancado nessa porra de cela, sem comer, recebendo apenas um copo de água. Estou recebendo o mesmo tratamento para um traidor, por amar uma mulher proibida. Gostaria de não compreender os meus erros para poder nutrir uma magoa ainda maior em relação ao Bruno. O grande p
Gianni LafaieteViro em direção ao Afonso esperando que diga alguma coisa para resolver isso, mas na realidade ele está sorrindo como o maniaco que é."Você e essa sua mente pequena nunca deveria ter assumido o poder da Ndrangreta.""Pequena?" Questiono dando passos em sua direção. "Eu unifiquei a Italia.""MACULOU E MANCHOU NOSSO SANGUE." Grita de volta tremendo com raiva.O burburinho entre os homens aumenta, quando em um olhar dou a ordem para Antonio tirar as mulheres daqui, meu irmão não espera por nada antes de saltar sobre a mesa vindo em minha direção, o deixo desferir o primeiro soco antes de começar a revidar acertando seu corpo com os punhos fechados e o ódio de ter sido traido pelo meu próprio sangue.As coisas poderiam terminar com a morte de Magnolia e só de pensar nisso sinto o coração frenético com a raiva é impossível não depositar cada medo, preocupação e chateações que tive nos ultimos meses no punho fazendo seu nariz quebrar e sangrar. Nos olhos de Afonso consigo v