Livia LafaieteSentada sob a sombra do pergolado de madeira enfeitado com rosas e trepadeiras, a visão desse ponto do jardim fica diretamente para a janela do quarto de Anne,independente disso o balanço alcochoado é reconfortante suficiente para fugir do clima caótico que se instalou na mansão desde aquele almoço terrivel.Observo a calmaria do meu pequeno bebê dormindo no aconchego do colo, os dedos pequenos e as bochechas cheias, ter um momento assim com ele é a maneira que encontrei de ter certa paz, não quis falar, pois imaginei o quanto poderia ficar chateado, só que ficar ao lado do Bruno lembra esse julgamento no qual Gianni será submetido.Algo que ele só fez diante do meu pedido após o nascimento do nosso filho, quando paramos para conversar durante a madrugada quando todos finalmente saíram para dar atenção a Anne e o nascimento
Bruno LafaieteDurante algumas horas pude aproveitar o momento em família, Matteo é como um sol raiando no meio da escuridão da nossa realidade. Lívia não contestou mais a ideia de ter uns dias com os pais e aproveitou nosso tempo de qualidade.Agora, sentado em uma das cadeiras dispostas atrás do conselho, mantendo a postura indiferente ao conteúdo da reunião. Coletar provas sobre a traição do Don, existe alguns que a muito tempo querem derrubar Gianni do poder entre eles seu próprio irmão, meu pai, Afonso que a cada momento direciona um olhar confiante que retribuo num aceno.A outra grande parte da organização é a que alimenta as minhas esperanças sobre uma solução menos drástica para tudo isso.Estamos a um ano buscando o traidor responsável por instaurar uma linha de tráfico de crian&cced
Lívia LafaieteFecho a última bolsa em cima da cama, olhando para os lados no quarto, depois de ter uma pequena conversa com mamãe Magnólia no jantar ontem, percebi estar tomando a melhor decisão. Ela está magoada com Bruno e eu estou no meio do caos com apenas dois dias após o parto.Quando liguei para minha mãe biológica, Maria, ela ficou completamente empolgada, disse que Bruno havia pedido a Estevão para virem à Itália e por isso os dois estavam a passeio em uma das ilhas italianas, mas que o meu pai estava mais trabalhando do dando atenção a ela. A notícia do nascimento de Matteo a deixou em prantos.Por isso hoje, não havia nem acordado direito quando ela chegou, levei o maior susto com a visão dela na poltrona segurando Matteo no colo e chorando em silêncio. Pude perceber mais uma vez que ter sido separada dela na infância não doeu somente em mim é uma dor que iremos carregar juntas.Sinto o vazio no peito com a sensação de falta causada pelo afastamento com Magnólia.Pedi para
Bruno Lafaiete Quase sem fôlego consigo falar apoiando a testa no ombro dela, subo a sua calcinha ficando ainda mais excitado com a sujeira que fiz ao gozar fora da sua boceta, e ao subir a calcinha fazendo ela ficar toda suja e molhada com os nossos orgasmos."Fico envergonhada de tratar algo assim com Maria." Lívia finalmente responde. Abaixo seu vestido , ajeitando a braguilha da calça social deixando que ela vire o corpo. Já havia mandado os homens avisarem as empregadas para ficar longe daqui. Queria tirar uma casquinha da minha esposa antes da viagem. "Mas precisa sabe que o anticoncepcional vai demorar uns dias para começar a fazer efeito e eu não quero usar camisinha, quando gosto de sentir você escorregadia e quente pra mim." Ergo a cabeça terminando de falar.Seu olhar está perdido com o desejo, apertando as coxas, os bicos dos seios pontudos, mordendo os lábios. "Droga, Lívia não sabe o tamanho do esforço que estou fazendo para não entrar em você agora." Resmungo aperta
Gianni Lafaiete Quatorze, quinze , dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove e vinte. Finalizo a contagem mental dos apoios de frente, sentindo os pequenos pedregulhos da cela cortando as palmas das mãos. Diferentemente do que aconteceu com Bruno quando ficou preso nessas celas, nenhum dos soldados teve coragem suficiente para torturar-me. Os idiotas sabem que caso a minha situação seja resolvida serão os primeiros a irem para a vala. Sento no canto sujo, puxando o ar com força, o peso dentro do peito sendo causado não pelo esforço físico, mas pela dor de ter sido traído. Fecho os punhos, com raiva, Bruno não poderia ter feito isso comigo. Nem mesmo a dor da fome consegue apaziguar o meu coração. A duas noites estou trancado nessa porra de cela, sem comer, recebendo apenas um copo de água. Estou recebendo o mesmo tratamento para um traidor, por amar uma mulher proibida. Gostaria de não compreender os meus erros para poder nutrir uma magoa ainda maior em relação ao Bruno. O grande p
Gianni LafaieteViro em direção ao Afonso esperando que diga alguma coisa para resolver isso, mas na realidade ele está sorrindo como o maniaco que é."Você e essa sua mente pequena nunca deveria ter assumido o poder da Ndrangreta.""Pequena?" Questiono dando passos em sua direção. "Eu unifiquei a Italia.""MACULOU E MANCHOU NOSSO SANGUE." Grita de volta tremendo com raiva.O burburinho entre os homens aumenta, quando em um olhar dou a ordem para Antonio tirar as mulheres daqui, meu irmão não espera por nada antes de saltar sobre a mesa vindo em minha direção, o deixo desferir o primeiro soco antes de começar a revidar acertando seu corpo com os punhos fechados e o ódio de ter sido traido pelo meu próprio sangue.As coisas poderiam terminar com a morte de Magnolia e só de pensar nisso sinto o coração frenético com a raiva é impossível não depositar cada medo, preocupação e chateações que tive nos ultimos meses no punho fazendo seu nariz quebrar e sangrar. Nos olhos de Afonso consigo v
MagnóliaSou jogada sob os ombros de Antônio e levada para fora do prédio como um saco de batatas, chorando, esperneando feito criança, Anne não parece tão abalada como se já estivesse acostumada em viver no meio do caos entre homens buscando se matar."Tire ele de lá!" Grito ao ser colocada no chão tentando empurrar Antoni de volta para lá."Minha ordem é manter as duas vivas." Responde com calma evidenciando o vazio em seus olhos verdes"Você precisa proteger ele , nós já estamos seguras" Digo em meio ao choro.Antônio segura os meus ombros com força fazendo seus dedos machucarem a pele."Magnólia recupere a calma e reze para ele voltar vivo"Não consigo fazer nada além de ficar paralisada no meio de uma rua estranha qual alguns homens formam um circulo de proteção em volta de mim e Anne, o meu coração bate tão rapido que sinto como se estivesse no meio de uma crise de pânico. O tempo não passa, nem quando um tiroteio se inicia ao nosso redor, quando meu corpo é arremessado contra o
MagnoliaO tempo todo as minhas mãos ficaram tremulas e suadas, quando mais uma vez me despedi das minhas crianças do orfanato, das mulheres que confiaram suas vidas em mim durante anos como Madre, os momentos ao lado de pessoas que amei como se fossem do meu próprio sangue. Dessa vez buscando acreditar nas palavras de Antonio, ajeitei as malas entrei no carro e em menos de algumas horas estavamos em um jatinho durante dez horas com uma parada para reabastecer já no país tropical.Olhando a paisagem de dentro do carro que Antonio dirige, pastos verdes entre colinas num lugar que ele disse se chamar Serra da Mantiqueira. Já fui tomada pelo enjoo varias e varias vezes perdendo até a vontade de comer, o homem que jamais demonstrou gostar de mim nada foi além de um cavalheiro, buscando água se oferecendo para parar e até mesmo indo atrás de um café quando senti o cheiro e passei a desejar."Por que ele veio para tão longe?" Indago pela primeira vez.Desde o momento que soube sobre a possi