A dor de ser traido

Gianni Lafaiete

Quatorze, quinze , dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove e vinte. Finalizo a contagem mental dos apoios de frente, sentindo os pequenos pedregulhos da cela cortando as palmas das mãos. Diferentemente do que aconteceu com Bruno quando ficou preso nessas celas, nenhum dos soldados teve coragem suficiente para torturar-me.

Os idiotas sabem que caso a minha situação seja resolvida serão os primeiros a irem para a vala. Sento no canto sujo, puxando o ar com força, o peso dentro do peito sendo causado não pelo esforço físico, mas pela dor de ter sido traído.

Fecho os punhos, com raiva, Bruno não poderia ter feito isso comigo. Nem mesmo a dor da fome consegue apaziguar o meu coração.

A duas noites estou trancado nessa porra de cela, sem comer, recebendo apenas um copo de água. Estou recebendo o mesmo tratamento para um traidor, por amar uma mulher proibida.

Gostaria de não compreender os meus erros para poder nutrir uma magoa ainda maior em relação ao Bruno. O grande p
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo