Bruno LafaieteDesço do carro na lateral do restaurante, conferindo se nenhum paparazzi está posicionado para tirar alguma foto. O Maitê abre a porta de maneira eficiente abaixando a cabeça com respeito. Caminho por entre os funcionários da cozinha cumprimentando alguns, ao passar pelas portas duplas acompanho o homem até a sala refinada exclusiva para reuniões da família. As paredes feitas em vidro fosco blindadas permitem a visão de todos os clientes, a mesa quadrada disposta para dois. "Uma garrafa do melhor vinho italiano." Peçoabrindo o cardápio apenas para folhear, confiro as horas sabendo que o atraso dela é apenas para fazer charme, acreditando fielmente que tem algum tipo de controle sob mim. Quando se passa mais dez minutos e a mensagem de Miguel falando sobre a preocupação de Lívia comigo chega, preciso trincar a mandíbula para controlar a raiva. O som da porta se abriu e o clique dos saltos contra a madeira. Inspirei o perfume doce demais, erguendo o corpo da cadeira
Lívia Minhas costas doem contra o sofá que apesar de macio não ameniza as preocupações que carrego, o filme apesar de interessante não prende a minha atenção, as companhias ao redor ajudam a diminuir a sensação de solidão no meu coração. Tomei um banho relaxante como nunca em uma banheira gigante no quarto que Miguel havia indicado, mas sinceramente, não prestei atenção em nada além disso e na roupa que estava no close. Uma calça de moletom grande e uma camisa de basquete. Parei um momento pensando em Bruno que realmente se dedicou em encontrar coisas das quais gosto. A enorme janela de vidro fosco ressalta a Luz da lua que por uma localização linda se encaixa na visão do apartamento. São horas desde que ele saiu, fugi dos noticiários, do celular, dos pensamentos confusos. Busquei respirar e acomodar a minha mente no aqui e agora, por um momento funcionou. Já nesse instante parece enlouquecedor, a ansiedade toma conta tanto quanto o cansaço. O gosto amargo do estômago agitado só
Lívia Lafaiete Com os pensamentos voltados para o meu filho, só consigo pensar na consulta ao sair do quarto. Sinceramente, nem tenho cabeça para reparar no apartamento, apenas decorei o caminho de volta a sala. Encontrando uma mulher com os fios curtos em um preto bem escuro, talvez ela pinte com naquele tom de preto/azulado, a saia perfeitamente colada até as coxas longas, um escarpim e a camisa social vermelha dando destaque ao colo e aos botões abertos até exibir uma grande parte dos seios. Quando se vira na minha direção, noto o lampejo de curiosidade e nojo ao fazer uma revisão dos meus pés a cabeça. Os olhos verdes e as lashes de cílios batendo rapidamente, a boca pintada com um tom de café destacando todo o restante do rosto oval de maçãs altas, os diamantes nas orelhas e uma corrente fina com um ponto de diamante no pescoço. "Patrícia, essa é a minha esposa, Lívia Lafaiete." Bruno fala com um sorriso no canto dos lábios, seus olhos se grudam em mim como um carrapato. Mesmo
Livia Passo o punho em cima da testa mais uma vez limpando a gota de suor que escorre sorrateiramente, enfio a mão dentro do balde esfregando as cerdas grossas contra o sabão sacudindo um pouco antes de voltar a esfregar com força contra o chão de madeira, o liquido grosso parece nascer borbulhante entre as aberturas da madeira. O gosto amargo da ansiedade cresce com força, mordo os lábios com força ao me empenhar mais para retirar a mancha redonda de marcas achatadas, nem mesmo consigo erguer o olhar para a lâmina que mais se parece com um monstro espinhento. Inspiro o cheiro da agua sanitaria como se fosse possivel amenizar a loucura que sinto corrompendo cada traço meu. "Livia." Escuto a voz baixa ao lado, não consigo desviar o olhar do sangue, da cena se repetindo dentro da minha mente. "Estou ocupada." Consigo responder mesmo que de maneira grosseira. "A mancha já saiu" Arregalo os olhos com raiva esfregando mais forte, mesmo que as minhas mãos estejam em carne viva depois
LíviaCom as mãos apoiadas contra a grade da pequena varanda observo as luzes do centro da cidade, o vento frio arrepia cada um dos meus pelos, a luz da lua ilumina um pouco a escuridão na qual estou envolvida. Cada vez que engulo a saliva sinto como um pedaço de vidro rasgando a garganta e o amargor do desgosto vem com tudo, abaixo a cabeça olhando para os meus pés descalços. Em um dia estava preocupada com as contas do orfanato desejando encontrar uma maneira milagrosa para resolver os problemas e então os meus pedidos foram atendidos na forma de um par de olhos azuis intensos roubando o meu fôlego. Sua fala mansa e palavras certas conquistando todos ao redor com tanto magnetismo, deveria ter percebido naquele instante que as suas mentiras iriam além. Passo a mão sob o meu ventre questionando como pude colocar em jogo uma nova vida em meio a tanta podridão. Seu olhar vazio é como um filme de terror se repetindo dentro da minha mente, o brilho ao admirar o sangue escorrendo da mul
Lívia LafaieteMordo os lábios pela milésima vez conferindo o vestido floral rosa deixando em destaque a minha pele negra, os seios fartos sendo sustentados pelo tecido resolvi calçar uma chinela básica para andar pela casa enquanto preparo o jantar. Estou em uma crise de nervos desde a discussão com Bruno, ele saiu de casa e não posso nem dizer que foi sem motivos. Lia a todo momento tenta tocar no assunto comigo, mas só falei o nome dele hoje, por ser seu aniversário, Miguel disse que aproveitaria para chamá-lo de maneira casual. Suspiro meio irritada por não ter conseguido tirar da cabeça dele essa ideia estúpida de fazer parte da máfia. Vou direto para a cozinha encontrando Lia finalizando a salada que só ela sabe fazer. "Muito obrigada pela ajuda." lhe dou um abraço apertado. "Ele é o pai do seu filho Lívia." Resmunga. "Sabe que hoje em dia crianças não são um motivo para manter os pais unidos, é apenas uma celebração do aniversário dele." Viro de costas pegando um prato ita
Lívia LafaieteA sensação eletrizante do seu corpo tão próximo arranca vibrações da minha intimidade, a ponta da língua passando nos lábios finos e a barba bagunçada dando uma aparência de homem das cavernas a ele. "Nervosa principessa?" Questiona usando o cinto de couro para acariciar a minha mandíbula. Fecho os olhos sentindo o toque áspero descendo pelo pescoço até alcançar o decote entre os seios. "Valeu a pena passar esses dias longe mim?" A respiração forte reverbera contra a orelha. "Não" confesso baixinho. "Parece insegura." "Não valeu a pena." Respondo com mais firmeza e mais alto. A falta de ar deixa os meus lábios ressecados e com o coração acelerado espero o próximo passo dele, com as pontas dos dedos colocando alguns cachos atrás da orelha arqueio para frente deixando os seios mais expostos. mesmo entre os cílios pesando noto o olhar de desejo que admira o espaço do decote. Sinto a mão quente subindo da bochecha para a nuca se enroscando entre os meus fios enquant
Lívia Fecho os olhos com força sem entender como estou nessa situação, uma na qual sinto-me indefesa mas desesperada pelo toque dele.Arqueio a coluna empinando a bunda, escuto a risadinha baixa. "Ansiosa principessa?""Necessitada, Bruno." Confesso a contragosto."ahhhhhhh." Responde e o estalo do cinto me assusta.Olho por cima do ombro vendo a maneira como segura as duas pontas, fazendo o couro estalar outra vez e repercutir por todo corpo. "É assim que estou todos esses dias." desço o olhar pelo corpo enorme alcançando suas calças ficando com a boca cheia de água notando o membro longo e grosso saliente."Estou pingando, amor." Confesso baixinho sem desviar os olhos. Seu sorriso safado contagia."Apoie a testa na parede." Mordo o lábio com força apoiando a testa."Abra as pernas." Obedeço cada vez mais desesperada, suspiro fechando os olhos. O toque do couro acariciando por dentro das coxas me faz gemer alto."Empina mais a bunda." Faço como ordena sentindo a maneira leve