Uma Nova Chance Para Amar
Uma Nova Chance Para Amar
Por: Aly Vargas
Prólogo

Prólogo

Isabella Souza

Há muito tempo eu era uma linda menininha, que sonhava com contos de fadas onde encontrava um belo príncipe e tinha o seu final feliz. Até que o príncipe se tornou meu pesadelo, e o pior vilão da minha história.

A dança sempre fez parte de mim, então a escolha da UFM- Universidade Federal Morumbi, a qual tem o curso de dança, sempre esteve em meus maiores desejos. Poder me formar e abrir meu estúdio e ensinar as crianças a se expressar, as mulheres a descobrir seus corpos com uma dança sensual, ou até mesmo casais se conectarem através dela, seria maravilhoso.

Desde muito cedo, meu pai fez questão de me pôr na aula de ballet no Estúdio aqui do bairro. Eu tinha apenas quatro aninhos quando comecei, com isso minha paixão só foi crescendo.

Aos doze anos, além do ballet, eu já sabia dançar jazz e sapateado. Com dezesseis anos, participava de várias competições de dança de rua e de dança de salão e já me arriscava na dança do ventre, sei que meu pai sentiria muito orgulho de mim.

Com minha família que me apoia e com o pouquinho que minha mãe e meu pai guardaram, eu estou conseguindo viver do meu sonho. Minha mãezinha Aurora sempre fez questão de nós, mulheres da família Souza, lutarmos pelo que queremos.

Somos só nós, minha mãe, eu e minhas irmãs, desde que nosso pai nos deixou devido a um acidente de carro. Éramos muito pequenas, a Angel tinha apenas 7 anos, eu 10 anos e a Clara nem chegou a conhecê-lo. Minha mãe e meu pai tiveram uma linda história juntos, mas pena que durou tão pouco.

Meu pai era gerente imobiliário de um banco, então sempre tivemos uma vida confortável. A nossa mãe é confeiteira e sempre trabalhou com dedicação na confeitaria, é com isso que mantém a casa, mas, com a morte do nosso pai, nós tivemos que fazer alguns ajustes, para poder nos mantermos. Além de dar mais duro na confeitaria ainda passou a alugar o quarto dos fundos para auxiliar na renda. No momento, quem ocupa ele é Alisson Wilson, minha colega de faculdade. Ela veio mediante a um intercâmbio dos Estados Unidos e se tornamos melhores amigas.

Sempre fiz questão de ajudar minha mãe nas horas em que não estava na escola ou nas aulas de dança, ajudava com a lição de casa e agora, após adulta, quando não estou na faculdade ou trabalhando no Estúdio. Dou uma mão com as encomendas.

Nunca fui um adolescente que deu trabalho para minha mãe, em relação aos namoricos. Dona Aurora sempre me alertou sobre os perigos e consequências dos meus atos, mas que eu deveria aproveitar a fase de descobertas, então eu sempre fui uma moça muito tranquila. Claro que eu chamava a atenção dos garotos e ainda chamo, pois não sou uma mulher feia, como diz à minha mãe, um colírio para os olhos. Não que eu fique me gabando da minha aparência por aí, com olhos castanhos esverdeados que herdei de papai, pele clara como a da mamãe, cabelos castanhos e sedosos, na altura da cintura, um e sessenta e três de altura, corpo que inveja em muita gente.

Me tornei uma bela mulher, como diria meu pai, a mais linda das princesas. A minha vida sempre foi satisfatória, com exceção da morte do meu pai, que nos deixou devastadas, meio que sem rumo por um longo período, mas agora tudo estava indo conforme o que ele havia planejado para todas nós. Até uma simples escolha que mudou minha vida de boa para muito ruim, simplesmente uma existência de sofrimento. Por um longo período, eu queria acabar com tudo, até que você chegou com suas manias e apelidos que me faziam desejar matá-lo. Ainda assim, conseguiu-me mostrar que existem pessoas que têm os corações quebrados, mas que, juntos, conseguimos colar cada.

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