Capítulo 3

Damon Muller

Dez anos antes ...

Como herdeiro da Muller. Security Company, venho desenvolvendo nova expansão da empresa para Milão, na Itália, com o meu casamento daqui a duas semanas. Preciso deixar tudo pronto aqui antes da viagem.

Meu pai Otto Muller fundou a empresa 30 anos atrás com meus avós Jhon e Katrina, me orgulho muito da empresa de fundo de quintal se tornou a potência que é, não só aqui em Las Vegas-Nevada como em mais dois estados, Los Angeles-Califórnia e Austin-Texas.

Agora com 28 anos, estou conseguindo a façanha de levar a empresa a um patamar maior. Com a abertura da filial na Itália, também assumirei a presidência, assim podendo dar um pouco de descanso para meu pai. Ele disse que precisa tirar umas férias prolongadas pós-meu casamento e assim só me auxiliará daqui dos Estados Unidos depois, como ele diz que precisa aproveitar e pegar umas gatas por aí. E muito trabalho na empresa, então acho justo ele ter um pouco de descanso e curtir alguma companhia que não seja a minha e dos seus amigos do pôquer das quintas.

— Pai, os relatórios da semana passada estão prontos, vou deixar na sua mesa antes de sair. — A reunião com Gregory Milano está marcada para segunda-feira às 10:30 manhã no escritório da empresa de arquitetura dele — digo pelo telefone.

Assim, já pegando as pastas que já revisei a documentação, e separado para a minha secretária guardar.

— Passa todos os documentos que vamos precisar para essa reunião para Roberta, minha secretária, é que ela vai comigo, filho.

— Pode deixar, pai, já estou separando aqui.

— Você vai para casa? — Ou direito para casa do Mark para jogo de pôquer.

O Mark Frinemman é o melhor amigo do meu pai e também o meu sogro.

— Vou para a casa do Mark, filho. Por quê?

— Faz um favor para mim. Diga a Sarah que fiz reserva no Simon's o restaurante de que ela gosta, passo a pegar ela às 20:00 horas.

— Claro! — Beijo, filho, até depois.

Desligando o telefone e me concentro no restante dos documentos que preciso revisar até o fim da tarde. Trabalho mais um pouco e me levanto para pegar um café, mando alguns e-mails, quando me dou conta que já está na hora de ir embora.

Sai da minha sala às 18:39, sabendo que é o horário de pico do trânsito, torcendo para não me atrasar pro jantar com a Sarah. Entro no elevador e vejo que tem duas moças no canto, faço um comprimento de cabeça e um sorriso de lado, já que esse meu lado cafajeste insiste em me acompanhar. Elas sorriem e já ficam coradas, vejo que estão cochichando entre si.

Conferindo as últimas mensagens no celular, nada muito importante, coloco no bolso quando a porta do elevador se abre e dou uma piscada e me despeço das belas moças, que ficam todas derretidas pelo gatão aqui.

Na garagem, encontro Roberta, a secretária do papai e Megan, minha secretária conversando.

— Boa noite, meninas, bom descanso até amanhã.

— Boa noite, diz Roberta.

— Bom descanso, senhor.

— Megan, eu já disse que o senhor está lá no céu, me chame de Damon.

— Desculpa, senhor... Damon, é por respeito, fala, ficando sem jeito.

— Não precisa ficar envergonhada, estou garantido que você pode me chamar só pelo nome, não está me desrespeitando.

— Tá bom, prometo que vou tentar.

— Bom tchau, meninas, já estou atrasado.

Elas apenas confirmam com a cabeça e continuamos conversando.

Abro o meu, um Bentley Continental GT 6.0 2013 prata que ganhei do meu pai de aniversário ano passado. Coloco o cinto, ligo e saio da garagem do prédio. Já no trânsito, ligo o rádio procurando uma boa música, vou trocando de faixa, até que paro na música "Titanium"-David Guetta e começo a cantar junto.

You shout It out

Você grita alto.

But I can't hear a word you say

Mas eu não consigo ouvir, uma palavra que você diz.

I' m talking loud not saying much

Estou falando alto, mas não dizendo muita coisa.

O criticized,but all your bullets ricochete

Sou criticada, mas todas as suas balas rechicoteiam.

Shoot me down, but I get UP

Você atira em mim, mas eu levanto.

Continuo cantando e, quando chega no refrão, batuco no volante. Sigo pelas ruas abarrotadas de carros. Quando chego no condomínio onde eu e meu pai moramos, vejo os seguranças, os quais são da nossa empresa, entrando na garagem, desligo o carro e pego tudo o que estava no banco do passageiro. Passo pela cozinha e avisto Maria, nossa governanta. Ela é brasileira e está conosco desde que minha mãe deu à luz à mim.

Chego perto dela, abraço sua cintura e beijo sua cabeça. Ela dá um saltinho no lugar e diz:

— Puta que pariu. Em sua língua nativa, o português. — Que susto, moleque.

Dei risada do jeito dela, que sempre me xinga em português quando está brava. Para Maria... sei que você não resiste ao gatão aqui, passo a mão pelo abdômen. Como sempre ela cuidava de mim, eu aprendi a falar a língua.

— Deixa de ser convencido, menino.

Dou meu sorriso de lado, roubo um morango que ela está lavando.

— Maria, hoje não precisa fazer o jantar, é quinta, o papai está lá no Mark e eu vou sair para jantar fora com a Sarah. — Continuo mastigando o morango e já me direciono a sair da cozinha. Mas antes paro em frente à geladeira e pego uma garrafa de água.

— Vou me recolher então. Boa noite para vocês e precisando de algo, só me chamar, menino. — Beija meu rosto, coloca os morangos que lavou na geladeira, sai para seu quarto que fica na casa dos funcionários no fundo da mansão.

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