Capítulo 5
Davi sorriu de maneira forçada, tentando aliviar a tensão, e disse:

— Miguel, nós, seus irmãos, estamos pensando no seu bem-estar, não é? Você é um homem adulto, saudável, com necessidades fisiológicas normais. Não é difícil para você ficar segurando por causa de uma mulher?

Miguel ouviu isso e soltou uma leve risada, mostrando seus dentes finos e bem alinhados, com um ar delicado, mas exalando uma aura sombria. Ele virou a cabeça e olhou para Davi, dizendo:

— Davi, estou perguntando de quem foi essa ideia. Pode me dar uma resposta clara?

Ao ouvir essas palavras, Davi percebeu que não havia como escapar. Ele lamentou internamente e seu rosto assumiu uma expressão de pesar enquanto começava a implorar:

— Miguel, você tem que acreditar em mim, eu estava pensando no seu bem! Arrumar uma mulher para você era para o seu bem, com o céu como minha testemunha. Eu realmente não esperava que aquela mulher fosse atrevida o suficiente para te dar um tapa!

— Ela realmente trabalha nesse ramo? — Miguel lançou um olhar desconfiado para Davi.

O olhar de Miguel fez o coração de Davi quase parar de bater de medo. Ele rapidamente respondeu:

— É a pura verdade! Ela é novata, acabou de chegar, fresquinha, ainda é virgem, posso garantir que é limpa!

Então, era virgem? Não é de se admirar que ela tenha se comportado de maneira estranha. Miguel começou a entender a situação.

Davi suava frio. Ele jamais ousaria admitir que trouxe a mulher errada. Se Miguel descobrisse que ele tinha se envolvido com uma estudante inocente e pura, certamente o despedaçaria.

Os outros trocaram olhares e também começaram a concordar:

— É verdade, Miguel, estávamos pensando no seu bem. Por favor, perdoe o Davi desta vez.

— Sim, sim.

Miguel se sentou no sofá e, depois de um bom tempo, finalmente falou:

— Vocês realmente acham que eu não sei o motivo por trás de tudo isso? — Assim que as palavras saíram de sua boca, todos mudaram de expressão, especialmente Davi, cujo rosto ficou pálido instantaneamente, enquanto ele continuava implorando com a cabeça baixa, aguardando as próximas palavras de Miguel. — Se você quer pedir algo, mostre sinceridade, não tente me enganar com algo assim. Eu separo bem os negócios dos assuntos pessoais, esse é o meu princípio. Davi, se sua empresa está com dificuldades, me mostre o potencial dela, e eu naturalmente investirei. Mas não assim, tentando me enganar com o capital que eu dei aos meus irmãos.

— Sim, sim, Miguel, desta vez fui eu que perdi a cabeça e tive essa ideia estúpida. Não leve isso a sério. — Davi forçou um sorriso, extremamente embaraçado.

De fato, foi por causa dos problemas da sua empresa que ele teve essa ideia tola de oferecer uma mulher, mas não imaginava que, o que funcionava bem com os outros, não funcionaria com Miguel.

Miguel assentiu e também esboçou uma expressão relaxada:

— Não vou levar a sério, pode ficar tranquilo. — Ele parecia ter deixado a questão de lado, e Davi suspirou aliviado, mas antes que pudesse soltar completamente o ar, a voz calma de Miguel soou novamente. — Se lembre, não haverá uma próxima vez.

Davi tremeu violentamente ao ouvir isso, seu corpo quase encharcado de suor frio. Ele acenou com a cabeça vigorosamente:

— Sim, não haverá uma próxima vez.

Para Miguel, o assunto estava resolvido. Ele delegou as questões pendentes a Davi, com uma justificativa simples: o problema começou com ele, então naturalmente deveria ser ele a resolvê-lo. O cheque também seria entregue por ele.

Davi concordou prontamente, até soltando um suspiro de alívio em segredo. Inicialmente, ele temia que Miguel pudesse se interessar por Valentina devido ao seu comportamento inesperado e quisesse lidar pessoalmente com o assunto, mas pelo visto ele estava preocupado à toa.

O nível de ocupação de Miguel era inimaginável. Ele simplesmente não tinha tempo para gastar seus pensamentos em uma "prostituta".
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