Parte 1...Cristina e NortonNo dia da festa... CristinaTem tanta coisa para fazer hoje, mas eu prometi que iria até a casa de Pauline para ajudar com a organização da festinha que ela queria dar para Lúcia, embora eu tivesse reclamado um pouco que estava demais.Ela chamou alguns conhecidos e eu aproveitei e também convidei alguns amigos do trabalho. Amanhã à tarde, após as três horas, estava tudo marcado. Hoje eu só vim para ajudar com a decoração.Vai ser na casa da piscina, perto do gramado, onde os irmãos dele estão armando alguns brinquedos para as crianças que vão vir, filhos dos convidados. Na verdade não vai passar de cinquenta pessoas, mas Pauline quer tudo organizado, por isso concordei.A útima vez em que estive aqui não foi muito bom para mim e prefiro não me lembrar disso para não estragar meu ânimo. Minha mãe e Pauline estão com a Lúcia no quartinho montado para ela e estou ajudando Normando a prender as pequenas flores de papel que vão ficar descendo pela parede atr
Parte 2...— Eu quero falar com você e não é para seduzir ou me desculpar por meus erros. Só quero falar.Ela me olhou torcendo a boca de um lado para outro, desconfiada. Depois puxou a mão.— Está bem, vamos - saiu andando na frente — Mas não pense em fechar a porta - apontou o dedo para mim.Eu sorri sem que ela visse. Pelo menos isso. Entramos em meu quarto e eu não fechei a porta, mas deixei um pouco recostada, para o caso de alguém passar lá fora no corredor.— Fale - cruzou os braços.Eu ergui a sobrancelha. Sentei na cama e ela ficou em pé, de frente para mim, esperando.— Você rogou alguma praga para mim? - ela franziu a testa sem entender. Dei uma risadinha — É que eu tento, mas não consigo mais pensar em outra coisa, que não seja ficar com a Lúcia - abriu mais os olhos — E com você... Juntas, na minha vida. De verdade - ergui as mãos.Ela puxou o ar e inclinou a cabeça para trás, rodando os olhos.— Eu sei, eu sei... - puxei sua mão — Cometi um grande erro ao seduzir você...
Parte 3...Era como se eu estivesse sedento. Por ela apenas. Me agarrei ao seu corpo e estoquei entre suas pernas sem parar, querendo tomar de volta tudo o que senti na nossa primeira vez. Foi tão forte que até eu me assustei com isso.Comecei a gemer enquanto possuía seu corpo, querendo chegar até seu coração novamente. Queria que ela sentisse que me pertence. Eu posso ser egoísta, mas é assim que eu a quero. Por completo.Ela elevava o quadril e seguia meus movimentos, me fazendo ir fundo, em uma dança erótica só nossa. Só com ela eu me encaixava desse modo. Nossos corpos grudados pelo suor.Desci a mão e toquei seu clitóris, girando os dedos em cima e fui recompensado com seu gemido alto e o tremor de seu corpo. Não houve demora dessa vez. Ambos queríamos o mesmo. Era isso que eu queria, mas não sabia. A mulher certa para mim.Chegamos juntos ao orgasmo e nos olhamos enquanto ele estourava em nossos corpos. Foi uma união que eu nunca tive antes.********** **********CristinaÉ
Parte 1...NortonAcho que ser solteiro é uma das melhores coisas de ser rico, bem sucedido e jovem.Não ter obrigação de cuidar de ninguém, além de mim, é ótimo. Zero de horário para chegar em casa, não me preocupar com as emoções de ninguém, fazer o que eu quero, quando e como eu quero.Isso é ótimo!Eu tenho meu tempo todo para mim e para meus negócios e prazeres. E por falar em prazeres, isso é algo que está no topo de minha lista. Busco sempre as coisas que me dão prazer para preencher os meus dias.Depois que meu pai faleceu, meus irmãos e eu ficamos cuidando dos negócios da família, além dos nossos próprios. Eu gosto do status que tenho, das vantagens e facilidades que minha vida de rico me propicia. Quando quero algo é só mencionar e tudo se arruma para caber no meu desejo.Minha mãe às vezes gosta de reclamar que nós não temos mais idade e nem tempo para ficar perdendo com tolices, como ela diz, mas para mim não são tolices. Apesar de meu pai ter começado o negócio da famíl
Parte 2...— Mas ainda bem que ele veio - meneei a cabeça — Trouxe seus remédios - coloquei as luvas de látex e arrumei tudo na bandeja — Vai tomar esses quatro agora. Na volta da ronda eu passo aqui e vai tomar esses outros aqui - mostrei o outro copinho — A senhora anda meio desligada.— Quando a gente fica velha, tudo o que faz é tomar remédio.Eu dei uma risadinha. Como outros pacientes, ela reclamava da quantidade de medicamentos. Era chato mesmo, mas é a vida. Minha mãe também era assim, eu tinha que reclamar com ela às vezes.Mas eu entendo. Muitas vezes a vida se torna difícil demais.— Tem muito mais coisas para fazer - entreguei a água — E quando sair daqui, vai descansar um pouco e depois retomar sua vida. Seu filho disse que não a deixou aqui permanente, foi só para que tivesse um cuidado a mais enquanto ele estava fora viajando. Agora que voltou, logo vai querer levar a senhora para casa.— Ah, minha filha - sorriu pensativa — Eu já vivi muito. Meu filho não tem tempo mai
Parte 3...Não pode ser qualquer uma, afinal tem que ser uma mulher bonita, diferente e o mais importante, que agrade minha mãe para que ela me deixe em paz por um bom tempo.Levanto. Preciso pensar nisso com muito cuidado e atenção. Aviso minha secretária que vou voltar depois que comer, mas não sei o horário e que não marque nada para mim sem me consultar antes.Quem sabe eu tinha tido a grande ideia que iria me dar liberdade para curtir minha vida? É isso. Uma namorada de mentira, uma pessoa que agradasse minha mãe e pronto. Caminho livre.CristinaNa sala das enfermeiras conversei um pouco com duas colegas sobre o dia de trabalho. Estávamos cansadas de ficar a manhã toda de pé, de um lado para outro, dando atenção aos que precisavam. Olhei meu relógio de pulso novamente. Já tinha passado mais de vinte minutos de meu horário final e tudo o que quero é ir para casa.As meninas são muito boas comigo. Foi muito bom conseguir esse emprego antes mesmo de terminar meu curso. Na verdade
Parte 1...Norton— Agora você quer que eu faça o que, Norton?Eu estou almoçando em um de meus restaurantes preferidos, de frente para a praia, com meu amigo Luiz. Comentei com ele sobre a ideia louca que me passou pela cabeça, sobre conseguir uma falsa namorada para que minha mãe me deixe em paz por um tempo.— Quero que me consiga alguém para servir de namorada fake.— Só para agradar sua mãe? - ele ri balançando a cabeça.— Eu sei que isso é ridículo, mas se minha mãe gostar da garota e achar que eu tenho algo sério com ela, vai ficar mais tranquila e me deixar em paz - me inclino para a frente — E vai focar nos meus irmãos.Luiz dá uma gargalhada. O garçon chega trazendo nosso pedido e se afasta. Eu digo mais ou menos o que quero.— Minha mãe é muito religiosa - torço a boca — Daquele tipo que vai à igreja toda semana, que vê padre na tevê.. Essas baboseiras - rodo os olhos — Só isso já ocupa um pouco o tempo dela. O resto do tempo ela fica fazendo as caridades dela e depois me
Parte 2...— Entre meu filho - ele sorri.— Quem é você? - ele pergunta.— Esta é a Cristina - Pauline pegou minha mão — Filha de minha boa amiga, Marlene. Eu já te falei sobre elas, não falei?Ele fez uma cara engraçada. Acho que se Pauline falou, ele com certeza não lembra de nada. Deu um sorriso curto e fez um gesto com a cabeça. Não sei porque, mas fiquei inquieta.— Acho que sim - deu de ombro, me olhando. Isso me deixa tímida — E o que faz aqui?— Norton... Isso é modo de falar?— Eu só fiz uma pergunta -abriu as mãos — Curiosidade.Fiquei um pouco corada. Eu sei porque sinto meu rosto ficar quente. Notei que ele tem olhos pretos muito bonitos.— Cristina veio aqui porque eu a chamei - Pauline explicou — Eu pedi que viesse para pegar umas coisas.— Mas a senhora não vai sempre lá?— Sempre não, Norton - ela fez um bico — Quando posso eu vou visitar minha amiga.Eu guardei as caixas do remédio em minha bolsa. Agradeci de novo e disse a ela que precisava ir. Ainda tinha que chegar