Parte 1...CristinaDois anos depois...Não é fácil ser filha, mãe, dona de casa, trabalhar fora, estudar, ser amiga e ainda por cima, evitar cometer erros.Nunca pensei que teria uma vida tão cheia, mas entre dificuldades e alguns entraves, consigo ser feliz na maior parte do tempo, o que já está bom para mim.Minha pequena Lúcia veio ao mundo em uma tarde, quase escurecendo, depois de me fazer penar por mais de nove horas em trabalho de parto. Mas chegou forte, saudável e barulhenta. Por isso escolhi esse nome. Lúcia quer dizer luz, que é o que ela representa em minha vida.E eu chorei muito quando a colocaram em cima de mim. Um choro de felicidade máxima de ter aquele pedacinho de mim que já me fez sentir que tudo o que eu for fazer, será para que ela tenha a melhor vida possível, não importa o que seja.Eu escolhi o nome. Fiz uma lista imensa de nomes e fui riscando um por um, a cada significado que eu lia. Deixei cinco separados. Um deles seria o escolhido e isso eu saberia na ho
Parte 2...Faço pequenas coisas por ele, porém é muito mais por minha filha. Não vou deixar que algo que me machucou no passado, fique em cima dela, trazendo algum problema futuro.Nossas conversas são apenas sobre ela. Eu não falo nada sobre minha vida particular, embora eu tenha a desconfiança de que Pauline o informa de algo vez ou outra.Já eu não pergunto nada sobre ele. Tenho plena certeza de que ainda deve ter suas muitas amantes e ele é livre para fazer isso. Não existe um compromisso entre nós. O que nos liga é nossa filha.Em poucos meses Lúcia irá completar dois anos de idade e Pauline desde já, está preparando uma comemoração.Eu não queria, mas ela está tão animada que não quis cortar sua felicidade. Os dois outros filhos dela são apaixonados pela sobrinha, foi o que eu soube. Mamãe esteve na casa um dia para buscar a neta e disse que os dois estavam praticamente babando em cima dela.Gostei de saber disso. Quanto mais gente amando minha filha, melhor. Eu só quero coisas
Norton Não é fácil ser pai e não ter a cria por perto. Tive que aprender isso na prática e não posso mudar, pelo menos não agora.Tentei algumas vezes me chegar para Cristina, mas ela sempre me dava um gelo e me cortava. Demorou até que começasse a conversar comigo mais solta, mas ainda assim, nem perto do que ela foi comigo quando ficamos juntos.E como eu penso nesse fim de semana e em tudo que vivi com ela. E também em como sou idiota. Nunca imaginei que uma ideia tonta tivesse uma consequência dessa.Depois de ficar com várias mulheres e a cada nova tentativa eu ir perdendo o interesse, decidi procurar ajuda de um terapeuta para entender meus sentimentos. E também porque foi algo que minha família me indicou, após verem que eu não estava mais como antes.Coloquei tudo para fora e fui percebendo que eu sempre fui um covarde. Nunca quis me envolver de verdade com uma mulher porque eu tinha medo de perdê-la. Eu tinha uma ideia de que seria muito melhor nunca me envolver emocionalmen
Parte 1...Cristina e NortonNo dia da festa... CristinaTem tanta coisa para fazer hoje, mas eu prometi que iria até a casa de Pauline para ajudar com a organização da festinha que ela queria dar para Lúcia, embora eu tivesse reclamado um pouco que estava demais.Ela chamou alguns conhecidos e eu aproveitei e também convidei alguns amigos do trabalho. Amanhã à tarde, após as três horas, estava tudo marcado. Hoje eu só vim para ajudar com a decoração.Vai ser na casa da piscina, perto do gramado, onde os irmãos dele estão armando alguns brinquedos para as crianças que vão vir, filhos dos convidados. Na verdade não vai passar de cinquenta pessoas, mas Pauline quer tudo organizado, por isso concordei.A útima vez em que estive aqui não foi muito bom para mim e prefiro não me lembrar disso para não estragar meu ânimo. Minha mãe e Pauline estão com a Lúcia no quartinho montado para ela e estou ajudando Normando a prender as pequenas flores de papel que vão ficar descendo pela parede atr
Parte 2...— Eu quero falar com você e não é para seduzir ou me desculpar por meus erros. Só quero falar.Ela me olhou torcendo a boca de um lado para outro, desconfiada. Depois puxou a mão.— Está bem, vamos - saiu andando na frente — Mas não pense em fechar a porta - apontou o dedo para mim.Eu sorri sem que ela visse. Pelo menos isso. Entramos em meu quarto e eu não fechei a porta, mas deixei um pouco recostada, para o caso de alguém passar lá fora no corredor.— Fale - cruzou os braços.Eu ergui a sobrancelha. Sentei na cama e ela ficou em pé, de frente para mim, esperando.— Você rogou alguma praga para mim? - ela franziu a testa sem entender. Dei uma risadinha — É que eu tento, mas não consigo mais pensar em outra coisa, que não seja ficar com a Lúcia - abriu mais os olhos — E com você... Juntas, na minha vida. De verdade - ergui as mãos.Ela puxou o ar e inclinou a cabeça para trás, rodando os olhos.— Eu sei, eu sei... - puxei sua mão — Cometi um grande erro ao seduzir você...
Parte 3...Era como se eu estivesse sedento. Por ela apenas. Me agarrei ao seu corpo e estoquei entre suas pernas sem parar, querendo tomar de volta tudo o que senti na nossa primeira vez. Foi tão forte que até eu me assustei com isso.Comecei a gemer enquanto possuía seu corpo, querendo chegar até seu coração novamente. Queria que ela sentisse que me pertence. Eu posso ser egoísta, mas é assim que eu a quero. Por completo.Ela elevava o quadril e seguia meus movimentos, me fazendo ir fundo, em uma dança erótica só nossa. Só com ela eu me encaixava desse modo. Nossos corpos grudados pelo suor.Desci a mão e toquei seu clitóris, girando os dedos em cima e fui recompensado com seu gemido alto e o tremor de seu corpo. Não houve demora dessa vez. Ambos queríamos o mesmo. Era isso que eu queria, mas não sabia. A mulher certa para mim.Chegamos juntos ao orgasmo e nos olhamos enquanto ele estourava em nossos corpos. Foi uma união que eu nunca tive antes.********** **********CristinaÉ
Parte 1...NortonAcho que ser solteiro é uma das melhores coisas de ser rico, bem sucedido e jovem.Não ter obrigação de cuidar de ninguém, além de mim, é ótimo. Zero de horário para chegar em casa, não me preocupar com as emoções de ninguém, fazer o que eu quero, quando e como eu quero.Isso é ótimo!Eu tenho meu tempo todo para mim e para meus negócios e prazeres. E por falar em prazeres, isso é algo que está no topo de minha lista. Busco sempre as coisas que me dão prazer para preencher os meus dias.Depois que meu pai faleceu, meus irmãos e eu ficamos cuidando dos negócios da família, além dos nossos próprios. Eu gosto do status que tenho, das vantagens e facilidades que minha vida de rico me propicia. Quando quero algo é só mencionar e tudo se arruma para caber no meu desejo.Minha mãe às vezes gosta de reclamar que nós não temos mais idade e nem tempo para ficar perdendo com tolices, como ela diz, mas para mim não são tolices. Apesar de meu pai ter começado o negócio da famíl
Parte 2...— Mas ainda bem que ele veio - meneei a cabeça — Trouxe seus remédios - coloquei as luvas de látex e arrumei tudo na bandeja — Vai tomar esses quatro agora. Na volta da ronda eu passo aqui e vai tomar esses outros aqui - mostrei o outro copinho — A senhora anda meio desligada.— Quando a gente fica velha, tudo o que faz é tomar remédio.Eu dei uma risadinha. Como outros pacientes, ela reclamava da quantidade de medicamentos. Era chato mesmo, mas é a vida. Minha mãe também era assim, eu tinha que reclamar com ela às vezes.Mas eu entendo. Muitas vezes a vida se torna difícil demais.— Tem muito mais coisas para fazer - entreguei a água — E quando sair daqui, vai descansar um pouco e depois retomar sua vida. Seu filho disse que não a deixou aqui permanente, foi só para que tivesse um cuidado a mais enquanto ele estava fora viajando. Agora que voltou, logo vai querer levar a senhora para casa.— Ah, minha filha - sorriu pensativa — Eu já vivi muito. Meu filho não tem tempo mai