Luiza: Depois de terminamos de comer o nosso lanche, fomos andando até o Mundo á Vapor, localizado na Avenida Don Luiz Guanella, no bairro Carniel da cidade de Canela e somente a três quadras do mini ‘shopping’ Grupo Castro, onde eu estava prestes a começar a trabalhar. Fiquei muito encantada e surpresa, ao ver a preocupação de Lucas que, para eu não precisar caminhar três quadras apenas, já estava prestes a chamar um carro. Expliquei a ele, que não me prejudicaria por caminhar; pelo contrário, estando com a Bota Ortopédica, fazer uma caminhada até me faz bem. Se não estivesse com a bota ortopédica, daí, sim, causaria desconforto na coluna por ficar mancando muito. — Se você diz… Disse ele, fazendo menção com o braço para eu me apoiar nele. Por impulso, eu acabei me apoiando nele, mesmo não precisando. E percebi que ele sorriu. No meio do caminho, paramos em frente a um quiosque onde vendia sorvetes. — Dois cascões, sabor chocolate… Lucas pediu. — Prefiro casquinha, para o meu. Falei. — Se for pelo preço, deixe de bobagem... — Não mesmo, gosto mais das casquinhas, pois são mais crocantes. Eu afirmei, não o deixando terminar de falar. Lucas: Pelo visto, Luiza é uma mulher de argumentos e com opinião própria. Enquanto eu comprava sorvete para nós, ela afirmou gostar mais de casquinha do que de cascão, e eu só pude ficar surpreso com esse seu argumento e até tive que rir. Por assim ser, além de tudo, ela me pareceu ser simples em seus gostos e preferencias. Caminhávamos tranquilamente pela rua, passando do pôr do sol e já escurecendo o céu acima de nós… e conversávamos sobre os nossos gostos para comidas, nossos pratos preferidos e o que não gostamos de comer. Até que, chegamos no nosso destino. — Vamos andar? Convidou, ela. — Certo. Mas, você não tem medo? — Medo de quê? A vida é uma só! Assim Luiza respondeu. E ela foi direto para a fila, para comprar os ingressos para andarmos, e eu fiquei parado há, cerca de três metros, bem atrás dela e, como um bobo, só a admirando. Estava encantado com ela. Droga, Lucas! O que deu em você? Com os ingressos já em suas mãos, Luiza me pegou pela mão e me puxou junto dela para a entrada. — Já andou, não? Eu não. Eu disse. E ela fez que não com a cabeça. Sorrindo. — Nem parece vir, para esta cidade, bem seguida. Ela falou. Ela tinha razão, mas, sinceramente, eu não costumava ir frequentemente a lugares públicos ‐ e, também, em pontos turísticos como este. Luiza: Enquanto andávamos no trem, eu quis gritar, mas peguei o punho de Lucas e o apertei. Ele riu, então me abraçou. E consegui sentir os nossos corpos se estremeceram juntos. Este passeio é incrível. — Estaria mentindo, se dissesse que não me deu uma adrenalina. Falei, quando estávamos indo embora. E ele só sorria e me olhava, constantemente. Ele realmente tem um lindo sorriso, é um homem muito charmoso. Vários sinais, que, até agora, eu havia notado, como: o brilho nos olhos de Lucas, cada vez que encontram os meus olhos; a iniciativa e prontidão dele em sair e conversar, nem que seja trocando mensagens, comigo; o fato de ele sempre procurar contato físico e visual comigo e como ele sorri para mim; enfim, a preocupação e o cuidado de Lucas comigo... foram o suficiente para indicar que Lucas estava a fim de mim. Muito além de suas atitudes de um gentil cavalheiro, o qual abre e segura a porta do carro para eu entrar, puxa as cadeiras e fica segurando até eu me sentar nelas... não deve estar querendo apenas ser educado, até porque, se fosse o caso, seria muito forçado. Eu sou observadora, só me fingia, em certos momentos, de desatenta. Talvez, deve ser só uma ilusão minha. Ou ele não percebeu que este sentimento é recíproco, ainda? Minha mãe sempre me pede para não ser tão racional, tentar também seguir o meu coração. Não estou acostumada a dar o primeiro passo, mas tentarei. Se não der certo, ao menos, eu tentei... afinal, estamos em pleno século XXI ‐ o qual as mulheres também podem tomar atitudes primeiro que o homem. Lucas: Luiza pode até ter deficiência, mas ela realmente é tão linda a ponto de, qualquer homem, que não fosse preconceituoso, ficar loucamente com ela. E comigo, por que diferiria? Não há como... e ela também, muito além de sua beleza exterior, tem as suas qualidades e particularidades. Por exemplo, é autentica, espontânea, carismática, bem-educada... e quero descobrir, cada vez mais, a respeito de sua beleza interior. E, já até havia demonstrado o quanto estava a fim dela. Mas, fora ela ter reconsiderado o meu convite para sairmos, não me dava mais nenhum sinal demonstrando sentir por mim, o mesmo que eu estava sentindo por ela. Ou ela não notou? Não é possível! Deixei claro, até demais. ‘Será que não é devido à nossa diferença de idade?’, pensei, mas ela tinha falado que tem preferência por homens mais velhos. Portanto, estou disposto a esperar. E, se for preciso, tento conquistá-la. Por falar nisso, até hoje, todas as mulheres, com quem já fiquei, nunca sequer passaram de uma única noite comigo, sempre foi só sexo casual. Mas, desta vez e com esta mulher, era apenas a primeira noite, de muitas das quais ainda quero viver ao lado dela. Estava absorto em meus pensamentos, quando senti o olhar de Luiza sobre mim, olhei para ela e os nossos olhos se encontraram e, por alguns longos instantes, ficamos assim. Luiza: É agora! Fiquei olhando intensamente para Lucas, olho a olho com ele, e acho que ele entendeu o que eu tentava expressar com o olhar. Fiquei somente com as pontas dos meus pés no chão para alcançar a bochecha dele e beijei rapidamente. Em seguida, ao me virar para ir embora, Lucas agiu mais rápido e me surpreendeu. Ele me pegou pelo braço e, quando olhei para ele, então me puxou pela nuca e, tão profundamente, me beijou. Após alguns segundos do beijo, eu o soltei. — O que foi? Ele perguntou. — Nada! Respondi, com um sorriso, e o beijei de novo. A verdade é que, parecia mesmo um sonho. Logo em seguida, entrei no carro. E ele ficou parado e perplexo, me olhando, através do vidro do carro, enquanto o carro só se afastava.
Luiza Ao amanhecer, Ryan, o meu irmão, foi deitar comigo, na minha cama. Eu estava com preguiça, e então visualizei o relógio do meu ‘smartphone’ e eram somente 6(h)45min em pleno sábado. — Vou sentir a sua falta! Exclamou, o meu irmão. — Ainda nem comecei a trabalhar. Disse, com uma risada meio debochada. No fundo de meu coração, fiquei feliz de ouvir o que Ryan acabou de dizer, e sei que foi essa mesma a intenção dele. — Já lhe disse que você é o meu exemplo?! Ele falou. — Farei o meu melhor para ser uma irmã exemplar, para que você possa seguir os meus passos. Garanti a ele. — Mas você já é! Eu me inspiro em você. Afirmou, ele. — E você também precisa conhecer alguém, namorar... Brincou ele. Abracei-o, emocionada. Ryan é um menino tão ‘fofo’, que não me aguento para conter todo o encanto e afeto que tenho por ele. É meu irmão adotivo, mas nos apegamos muito um com o outro, e até demais. Há exatamente três anos e onze meses atrás, os meus pais rece
E o dia foi longo... Todavia, por sorte, Luiza sabe desfrutar muito bem dos momentos aos quais realmente são bons. Porque os bons momentos, são mesmo para serem aproveitados e, posteriormente, lembrados. Já pelos momentos ruins, ela não se deixa abalar. Caso contrário, Luiza teria sofrido muito mais. Passou a manhã – e grande parte da tarde – do sábado no shopping da cidade de Canoas, com a mãe e o irmão. E Luiza ganhou tantas roupas novas de sua mãe, sendo a maioria ternos femininos e roupas de estilo sociais e profissional. – Obrigada, mãe. Luiza agradeceu. – Você sabe que, se eu pudesse, te dava muito mais, te dava tudo, o mundo... Foi a vez de Eloise dizer algo à filha.Luiza abraçou a sua mãe. Sempre foi uma filha muito carinhosa, aliás. Foram à sala de jogos e brinquedos, onde Ryan ficou enquanto elas iam às lojas, buscá-lo para irem ao encontro da avó materna, Eliza – uma senhora de 59 anos, com quem a sua filha, Eloise, é idêntica em todas as características e até m
A minha mãe saiu do carro e entrou para cumprimentar os cunhados e as concunhadas Janaina, a esposa de Enzo – aos 50 anos de idade, com os cabelos crespos e bem volumosos os quais batiam um pouco abaixo dos seus ombros e são castanhos e com mechas louras, os olhos castanhos-claro, 1,62 m e pesa em torno de 85 kgs – e a sua irmã ‐ Vanessa, a esposa de Lourenço – muito parecida com a única irmã dela, com exceção os seus cabelos os quais são lisos, curtos e com mechas douradas e, de corpo, é mais magra e, é 6 anos mais nova da irmã –, e chamar o meu pai.O terreno onde os meus tios moram fica no bairro Mathias Velho, em Canoas, e é um só pátio bem grande; eles moram nos fundos e, na frente – ao lado da entrada para o terreno –, onde era a casa de minha avó paterna a qual foi morar com a única filha mulher e vendeu a sua parte para o neto mais velho, a quem ela criou e, ali, Maurício ‐o meu primo‐ abriu uma mecânica de automóvel.Eu estava fora do carro, em pé e encostada na porta do passa
. Luiza saiu do escritório do Departamento Pessoal de Recrutamento & Seleção, mas, desta vez – e por mais incrível que pareça –, ela não se sentiu nem um pouco nervosa, tampouco ansiosa. Estave mais calma do que jamais esteve para uma entrevista de emprego. Enquanto Luiza desceu as escadas, e abaixou-se para endireitar a Bota Ortopédica, a qual ela usa no seu pé direito, desde sempre, para deixá-la menos manca e, ao se levantar, de repente, esbarrou com um homem subindo muito ás pressas nas escadas e, quase caiu, porém, aquele homem a segurou com firmeza e delicadeza. Luiza ajeitou rapidamente os seus cabelos que pararam na frente do seu rosto e, quando este homem constatou o seu rosto ‐ olhando olho a olho com ela, foi possível, até mesmo para ela, perceber os olhos daquele homem brilhando.Depois de alguns segundos segurando a mão de Luiza e olhando-a, o homem finalmente despertou para a realidade. — Oh! Me desculpe. A senhorita está bem? Perguntou o homem, soltando a mão da jo
Luiza: Chegando na empresa, me direcionei às escadas e já "dei de cara" com Lucas, o qual, esteva, desta vez, descendo lentamente às escadas. Ele deu um sorriso torto e tímido. — Olá! Cumprimentei-o. — Boa tarde! Há quanto tempo?! Exclamou Lucas, se aproximando. — Quase duas semanas, mas, retornei, pois, passei para a segunda etapa do processo de seleção. Contei. — Parabéns! Vá com tudo. E conseguirá... — Obrigada. Me dê licença, faltam só 05 minutos. Pedi. Ele fez um gesto, com a mão, para eu passar para frente. E fui a subir e, cheguei à sala da recepção de Recursos Humanos e chamei por Juliana a qual, já é aquela moça – com um sorriso encantador, olhos castanhos escuro, cabelos castanhos-claro e bem crespos e pele branca e é de mesma altura minha, mas, tem mais peso e já tem menos volume nos seios e bumbum – que me atendeu e, também, é a mesma com quem falei por mensagens de texto através do W******p anteriormente. Tão gentil, Juliana avisou o gere
Lucas: Muito embora Luiza não tenha aceitado sair comigo – nem mesmo sendo só para tomamos um café juntos – quando nos conhecemos, estava empolgado e feliz, por ter tido a oportunidade, na segunda vez na qual nos vimos, de conhecê-la melhor. Tenho que admitir: Ela é extremamente linda, mesmo usando uma Bota Ortopédica no seu pé direito. Pelo que notei, ela é formal por educação mesmo e, também, devido à sua timidez. O que deixa Luiza ainda mais linda, é o fato de ela ser sempre bem alegre e ter um sorriso meigo de cativar qualquer pessoa que a vê. Já, na primeira vez, a qual vi Luiza, havia dado o meu cartão de contatos para ela e não recebi nenhuma ligação e/ou mensagem dela. É a primeira garota a qual faz isso comigo, e isso mexeu muito comigo. Além de recusar o convite para irmos tomar um simples café, não “pegou no meu pé”, ou seja, não entrou em contato comigo, mesmo tendo o meu cartão de contato (pessoal). Percebi assim, que eu quem precisava tomar uma iniciativa.