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Luiza saiu do escritório do Departamento Pessoal de Recrutamento & Seleção, mas, desta vez – e por mais incrível que pareça –, ela não se sentiu nem um pouco nervosa, tampouco ansiosa. Estave mais calma do que jamais esteve para uma entrevista de emprego. Enquanto Luiza desceu as escadas, e abaixou-se para endireitar a Bota Ortopédica, a qual ela usa no seu pé direito, desde sempre, para deixá-la menos manca e, ao se levantar, de repente, esbarrou com um homem subindo muito ás pressas nas escadas e, quase caiu, porém, aquele homem a segurou com firmeza e delicadeza. Luiza ajeitou rapidamente os seus cabelos que pararam na frente do seu rosto e, quando este homem constatou o seu rosto ‐ olhando olho a olho com ela, foi possível, até mesmo para ela, perceber os olhos daquele homem brilhando.Depois de alguns segundos segurando a mão de Luiza e olhando-a, o homem finalmente despertou para a realidade. — Oh! Me desculpe. A senhorita está bem? Perguntou o homem, soltando a mão da jovem moça e se abaixando para pegar a bolsa a qual ela acabou deixando cair. — Sim... Desculpa! Só ajeitava a... E Luiza apontou para a sua bota ortopédica. — Sou eu quem lhe devo desculpas, pois subia tão depressa e não fui cuidadoso. Disse ele, entregando a bolsa para a moça. — Tudo bem... Acontece. Luiza respondeu — E já que está apressado, pode seguir subindo. Ele sorriu, todo sem jeito... E, então, disse: — Não estou com pressa nenhuma, apenas subo às escadas sempre correndo, porém, a partir de agora, serei mais cuidadoso. Á propósito, sou Lucas. Ele estendeu a mão, para um gentil aperto de mãos. — Prazer, sou Luiza. Respondeu, apertando a mão quente e grande deste homem elegante. — O prazer é todo meu. Então, o que a traz aqui? Há uma cafeteria aqui, e como um pedido de desculpas, aceita tomar um café ou suco comigo? Luiza: Eu estava tímida e, comecei a sentir um frio na barriga, até porque não consegui entender como não tive dificuldade alguma de escutá-lo, sendo que, como Lucas ainda nem me conhecia, devia estar falando normalmente comigo, aliás, obviamente, ele não devia saber sobre a minha audição ser mais baixa do normal, mas, fui educada e meiga, apesar de minha timidez, como sempre sou com todas as pessoas. Aliás, se apresentando e me cumprimentando, educadamente, com aperto de mãos e sendo simpático, ele parece mesmo ser uma boa pessoa. Até porque, nos dias atuais, não são todos que se cumprimentam com esse bom gesto. E verifiquei o meu celular, e respondi imediatamente: — Meu Uber chegou. Podemos deixar para a próxima? Lucas me ofereceu para ficar com o seu número de contato e ligar para ele. Por educação, peguei o seu cartão de contato e agradeci. Também se ofereceu para me ajudar, perguntando se eu queria que ele me acompanhasse até o carro, mas eu afirmei não ser necessário. E Lucas respeitou, e ficou me observando enquanto eu me afastei em direção ao estacionamento do local. Ao entrar no carro do Uber e, conforme ia me distanciando daquele bonito e enorme prédio, me senti aliviada. Pois, já estava começando a tremer e sabia que não foi devido à entrevista e sim, porque Lucas balançou o meu coração, me deixando muito nervosa. No entanto, eu não quis demonstrar sentir algo e precisei “fugir” antes de ele começar a notar haver mexido comigo. Balancei o meu rosto e, para mim mesma, disse: — Não! Não posso sentir nada por ele, nem o conheço. Mas, sim, me senti atraída por Lucas porque, aquele homem faz completamente bem o estilo de homem o qual consegue chamar a minha atenção. Lucas tem uma pele morena “bronzeada”, os olhos azuis-escuro e os cabelos castanhos, ele é alto – mede 1,86 m –, forte e musculoso ‐ pesa 93 kg. É um homem sensual. Lucas: De certa forma, me senti estranho, como se tivesse acabado de ser rejeitado por uma linda donzela. E isso nunca acontecia comigo, graças ao meu charme, entre outros motivos... De muitas mulheres às quais já rejeitei durante toda a minha vida, agora foi a minha vez de ser rejeitado. Mas, por que tinha que ser justo ela? Prometi para mim mesmo que iria encontrar uma maneira, seja de um jeito ou de outro, para encontrá-la novamente. # Luiza: Passaram três dias e nada de eu enviar mensagem ou ligar para Lucas. Não estava desesperada, e nem um pouco mesmo. E isso não quer dizer que me esqueci de Lucas ou não tenha pensado nele. Muito pelo contrário... imaginei-o e me peguei, por inúmeras vezes, pensando nele. Por mais que eu tenha sentido muita atração por Lucas, não sou daquela "categoria" de moças as quais costumam sair com qualquer homem nem me “jogo” ou me interesso pelo primeiro ao qual aparece no meu caminho, assim sendo, não quis ligar ou mandar mensagem a um homem ao qual mal conheci, só vi uma única vez na vida e, sequer sabia se o veria novamente. Portanto, supus que fosse melhor deixar quieto. Mesmo tendo percebido o olhar de Lucas brilhar ao me ver, não quis demonstrar também estar a fim dele... Não na primeira vez que o vi, pois não queria parecer "fácil" ou "atirada" para um dos pouquíssimos e raros rapazes que acontece de eu realmente gostar. Inclusive, fiquei me perguntando: 'Os meus olhos, assim como os olhos de Lucas, também brilharam?' e 'Será que, se os meus olhos chegaram a brilhar, também foi possível perceber?'. E ficava envergonhada. Uma semana depois, numa segunda-feira pela manhã, lia o último livro de todas as edições e volumes de 'Comunicação Empresarial', sentada na varanda da minha casa – ou, para melhor dizer, da casa dos meus pais – e tomando um café, o celular tocou “bipe” de mensagens via W******p.SMS: ’Bom dia! Srta. Luiza Magalhães.’ Dizia um número desconhecido. SMS: ’Bom dia, pois não? Sou eu!’ Exclamei, por mensagem de texto também. SMS: ‘Parabéns! A senhora passou para a segunda etapa de processo seletivo da vaga de Assistente Administrativo.‘ De imediato, após visualizar a minha resposta, me enviou o mesmo número não salvo nos meus contatos. SMS: ‘Sério? Obrigada, por me informar.' Eu retornei. SMS: ‘Ainda tem interesse no cargo? Se sim, gostaríamos de agendar uma entrevista com o gerente da empresa. Tudo bem?‘ SMS: 'Sim, claro. Para quando?‘ Continuei... Realmente, estava interessada. Inclusive, já concorri em duas outras vagas que, anteriormente, estavam a contratar nesta mesma empresa, entretanto, nunca passei da primeira etapa nos outros anteriores processos de seleção. SMS: 'Pode ser para ainda hoje, às 14:45? Chamar por mim, Juliana. Sou assistente do Departamento Pessoal.‘ Se apresentou a mulher, a qual enviava mensagens para mim por aquele número, enfim. SMS: 'Perfeito! Pode ser... Até à tarde!‘ SMS: 'Combinado, então. Aguardamos você!‘ E encerramos as trocas de mensagens instantâneas. Ainda era de manhã e havia algumas horas de sobra, então quis aproveitar para me embelezar bem como, de costume, faço duas vezes por semana, já que era a minha mãe – Eloise, uma mulher de 38 anos, com cabelos louros escuros até ao ombro e mais ondulados do que os meus cabelos - são ondulados somente nas pontas e são compridos até ao final das minhas costas -, tem a pele branca como a minha pele, de mesma altura minha (1,60 m) e tem o peso aproximado ao meu (peso 70 quilos), porém, tem os olhos castanhos escuros enquanto eu tenho os olhos verdes bem claro – quem fazia o almoço diariamente porque ela trabalhava somente meio turno e no período da tarde. Fiz hidratação com máscara para tratamento dos cabelos, arrumei as minhas unhas e as sobrancelhas também, me depilei por inteira, tomei um belo banho, fiz esfoliação facial e hidratei a minha pele toda... Por fim, escovei os meus dentes, sequei e escovei os meus cabelos, vesti-me com uma calça social preta e uma camisa estampa de onça, calcei um sapato sem salto marrom-claro e, claro, a minha bota ortopédica no pé direito e peguei a minha bolsa de cor caramelo enfim, 14:05 chamei um carro pelo aplicativo e, 10min depois, fui para a entrevista. Tão nervosa... — Como será que irei me sair na entrevista? Era a pergunta, a qual fazia a mim mesma em pensamento.Luiza: Chegando na empresa, me direcionei às escadas e já "dei de cara" com Lucas, o qual, esteva, desta vez, descendo lentamente às escadas. Ele deu um sorriso torto e tímido. — Olá! Cumprimentei-o. — Boa tarde! Há quanto tempo?! Exclamou Lucas, se aproximando. — Quase duas semanas, mas, retornei, pois, passei para a segunda etapa do processo de seleção. Contei. — Parabéns! Vá com tudo. E conseguirá... — Obrigada. Me dê licença, faltam só 05 minutos. Pedi. Ele fez um gesto, com a mão, para eu passar para frente. E fui a subir e, cheguei à sala da recepção de Recursos Humanos e chamei por Juliana a qual, já é aquela moça – com um sorriso encantador, olhos castanhos escuro, cabelos castanhos-claro e bem crespos e pele branca e é de mesma altura minha, mas, tem mais peso e já tem menos volume nos seios e bumbum – que me atendeu e, também, é a mesma com quem falei por mensagens de texto através do W******p anteriormente. Tão gentil, Juliana avisou o gere
Lucas: Muito embora Luiza não tenha aceitado sair comigo – nem mesmo sendo só para tomamos um café juntos – quando nos conhecemos, estava empolgado e feliz, por ter tido a oportunidade, na segunda vez na qual nos vimos, de conhecê-la melhor. Tenho que admitir: Ela é extremamente linda, mesmo usando uma Bota Ortopédica no seu pé direito. Pelo que notei, ela é formal por educação mesmo e, também, devido à sua timidez. O que deixa Luiza ainda mais linda, é o fato de ela ser sempre bem alegre e ter um sorriso meigo de cativar qualquer pessoa que a vê. Já, na primeira vez, a qual vi Luiza, havia dado o meu cartão de contatos para ela e não recebi nenhuma ligação e/ou mensagem dela. É a primeira garota a qual faz isso comigo, e isso mexeu muito comigo. Além de recusar o convite para irmos tomar um simples café, não “pegou no meu pé”, ou seja, não entrou em contato comigo, mesmo tendo o meu cartão de contato (pessoal). Percebi assim, que eu quem precisava tomar uma iniciativa.
Luiza: Depois de terminamos de comer o nosso lanche, fomos andando até o Mundo á Vapor, localizado na Avenida Don Luiz Guanella, no bairro Carniel da cidade de Canela e somente a três quadras do mini ‘shopping’ Grupo Castro, onde eu estava prestes a começar a trabalhar. Fiquei muito encantada e surpresa, ao ver a preocupação de Lucas que, para eu não precisar caminhar três quadras apenas, já estava prestes a chamar um carro. Expliquei a ele, que não me prejudicaria por caminhar; pelo contrário, estando com a Bota Ortopédica, fazer uma caminhada até me faz bem. Se não estivesse com a bota ortopédica, daí, sim, causaria desconforto na coluna por ficar mancando muito. — Se você diz… Disse ele, fazendo menção com o braço para eu me apoiar nele. Por impulso, eu acabei me apoiando nele, mesmo não precisando. E percebi que ele sorriu. No meio do caminho, paramos em frente a um quiosque onde vendia sorvetes. — Dois cascões, sabor chocolate… Lucas pediu. — Prefiro
Luiza Ao amanhecer, Ryan, o meu irmão, foi deitar comigo, na minha cama. Eu estava com preguiça, e então visualizei o relógio do meu ‘smartphone’ e eram somente 6(h)45min em pleno sábado. — Vou sentir a sua falta! Exclamou, o meu irmão. — Ainda nem comecei a trabalhar. Disse, com uma risada meio debochada. No fundo de meu coração, fiquei feliz de ouvir o que Ryan acabou de dizer, e sei que foi essa mesma a intenção dele. — Já lhe disse que você é o meu exemplo?! Ele falou. — Farei o meu melhor para ser uma irmã exemplar, para que você possa seguir os meus passos. Garanti a ele. — Mas você já é! Eu me inspiro em você. Afirmou, ele. — E você também precisa conhecer alguém, namorar... Brincou ele. Abracei-o, emocionada. Ryan é um menino tão ‘fofo’, que não me aguento para conter todo o encanto e afeto que tenho por ele. É meu irmão adotivo, mas nos apegamos muito um com o outro, e até demais. Há exatamente três anos e onze meses atrás, os meus pais rece
E o dia foi longo... Todavia, por sorte, Luiza sabe desfrutar muito bem dos momentos aos quais realmente são bons. Porque os bons momentos, são mesmo para serem aproveitados e, posteriormente, lembrados. Já pelos momentos ruins, ela não se deixa abalar. Caso contrário, Luiza teria sofrido muito mais. Passou a manhã – e grande parte da tarde – do sábado no shopping da cidade de Canoas, com a mãe e o irmão. E Luiza ganhou tantas roupas novas de sua mãe, sendo a maioria ternos femininos e roupas de estilo sociais e profissional. – Obrigada, mãe. Luiza agradeceu. – Você sabe que, se eu pudesse, te dava muito mais, te dava tudo, o mundo... Foi a vez de Eloise dizer algo à filha.Luiza abraçou a sua mãe. Sempre foi uma filha muito carinhosa, aliás. Foram à sala de jogos e brinquedos, onde Ryan ficou enquanto elas iam às lojas, buscá-lo para irem ao encontro da avó materna, Eliza – uma senhora de 59 anos, com quem a sua filha, Eloise, é idêntica em todas as características e até m
A minha mãe saiu do carro e entrou para cumprimentar os cunhados e as concunhadas Janaina, a esposa de Enzo – aos 50 anos de idade, com os cabelos crespos e bem volumosos os quais batiam um pouco abaixo dos seus ombros e são castanhos e com mechas louras, os olhos castanhos-claro, 1,62 m e pesa em torno de 85 kgs – e a sua irmã ‐ Vanessa, a esposa de Lourenço – muito parecida com a única irmã dela, com exceção os seus cabelos os quais são lisos, curtos e com mechas douradas e, de corpo, é mais magra e, é 6 anos mais nova da irmã –, e chamar o meu pai.O terreno onde os meus tios moram fica no bairro Mathias Velho, em Canoas, e é um só pátio bem grande; eles moram nos fundos e, na frente – ao lado da entrada para o terreno –, onde era a casa de minha avó paterna a qual foi morar com a única filha mulher e vendeu a sua parte para o neto mais velho, a quem ela criou e, ali, Maurício ‐o meu primo‐ abriu uma mecânica de automóvel.Eu estava fora do carro, em pé e encostada na porta do passa