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Capítulo 30 François Renault
CyrusA beleza e o gosto de nossa companheira nos cegou para o resto. Ravena estava belíssima, mas não era uma mulher totalmente diferente de sua aparência inicial. Na verdade, essa seria a imagem que nossa companheira deveria ter desde o início.Se ela tivesse crescido como deveria ser, essa seria sua real forma desde o princípio.Aero buscou dentro dela por sua magia. Mas tudo o que encontrou foi Laha, e um coração tão inocente e machucado, que segura-lo fez o meu espectro querer se partir ao meio, por tamanha injustiça.Não havia explicação para o que aconteceu, para o poder de Ravena.Quando se tratava dela, era como se uma neblina densa obstruísse a visão de todos.Até mesmo Mercedes foi enganada por aquela energia. E ela não era qualquer bruxa. O oráculo usava magia antiga, drenada de seus ancestrais e da força vital que a cercava.Mercedes era uma das três oráculos. Ela nasceu de uma das anciãs que proferiu a profecia a respeito da linhagem de Cyrus Valack e o seu reinad
Capítulo 31 Rosa Rubro Selvagem
Ravena- Sim. – respondi baixinho.Meu coração galopava em admitir o que para mim eram sentimentos desconhecidos e quase surreais.- Você não precisava acelerar o processo para ficar ao meu lado. – Cyrus me virou de frente para ele. – O tempo se encarrega de mostrar sua verdadeira forma. Seu braço me prendeu contra a parede de seus músculos. Com a outra mão, o rei desenhou os traços de meu rosto, delimitando meus lábios com as pontas dos dedos.- O castelo conta com uma grande variedade de vegetação nativa, mas existe um flor única que cresce em abundância, se enveredando pelas paredes do lado norte, ao lado do rio. – o polegar dele entreabriu meus lábios suavemente. Seus olhos dourados fixos naquele ponto do meu rosto. – De beleza incomparável e perfume alucinante, a rosa rubro selvagem resiste ao inverno rigoroso mudando a coloração de suas folhas. Quando a primavera retorna, ela ressurge com grandes botões negros que vão mudando de cor para o rubro a medida que recebem luz s
Capítulo 32 Nua
Algo havia mudado em mim. Podia sentir em cada célula do meu ser, a energia diferente, os arrepios frios se misturando aos veios incandescentes de lava escaldantes dentro de mim. Abri os olhos devagar. A claridade das luzes feriram minhas pupilas. Os fechei novamente com uma careta desconfortável. - Como se sente, lobinha? – a voz de Cyrus estava muito próxima, senti seu cheiro único. Me virei sentindo seu abraço que envolvia meu corpo totalmente nu. Abri os olhos de uma vez, chocada com esse fato. Por que eu estava nua? O que fiz? Os olhos dourados encontraram os meus, havia curiosidade neles e também fome, necessidade e desejo. Ou eram as minhas próprias vontades me confundindo? - Estão vermelhos. – ele disse, segurando o meu rosto, e analisando meus olhos meticulosamente. - O que está vermelho? – perguntei. - Suas íris. Estão vermelhas como as minhas e as de Aero. – ele disse, ainda segurando meu rosto. - Há quanto tempo eu... - Três dias. Você ficou inconsc
Capítulo 33 Acasalados
Cyrus soltou um rosnado que me deixou ainda mais lânguida de desejo. A boca dele retornou para a minha, sua mão abandonou minha intimidade, e nesse momento senti que seu corpo ficou ainda mais frio. “Aero também te quer.” Laha sussurrou em minha mente. Me lembrei daquela figura impressionante que abraçou Laha em minha mente, se fundindo a ela. Era ele. Eu podia sentir, em cada célula do meu ser. Aero e Cyrus estavam juntos em uma dualidade perfeita, devorando meu corpo, provando cada parte de mim com volúpia. Nunca me senti assim. Eu queria Cyrus como se minha vida dependesse disso. Mas também queria Aero. Sentia que ele estava dentro de mim desde que eu sucumbi ao poder do bracelete no chalé.- Sim... parte de mim está dentro de você, Ravena. – a voz dele era diferente da de Cyrus. Ela era mais ruidosa e profunda, e me fez abrir os olhos para procurar pelos olhos dele.Os rubis iridescentes me encararam de uma forma diferente do desejo implícito de Cyrus. Havia algo diferente na
Capítulo 35 O brincando do Rei
Uma profusão de rosas. Um jardim banhado pela neblina densa, penetrado por poucos raios de sol que atravessavam a floresta verde escuro. Cyrus me segurava em seus braços, vestido apenas com um cafetã de seda vermelho. As rosas vermelho escuro, quase negras nos cercavam, seu perfume me causava uma sensação de sublimidade. Cyrus esticou o braço e pegou uma dessas flores esplendorosa, molhada de gotas de orvalho; e a enganchou em meus cabelos espalhados na grama. Um sorriso cruzou seus lábios róseos, ele cobriu meu corpo com o seu, olhando para mim com a mesma devoção que vi nos olhos de Aero. Fechei os olhos inspirando profundamente, me deleitando com seu toque, com o cheiro das rosas, e a neblina fresca que beijava nossos corpos. Queria ficar para sempre naquele sonho. - Eu também queria ficar aqui com você para sempre. – ele se inclinou, seus cabelos dourados, acariciando meus seios suavemente. – Mas preciso que fique com a Callie hoje. Volto ao anoitecer. O sonho se dissipo
Capítulo 36 Você não é parte de nós
CallieO silêncio daquela criatura dissimulada provocou imprecações silenciosas dentro de Callie. Ela queria espremer a verdade de dentro daquela lycan mentirosa.Entretanto, tinha que admitir que essa coisa parecia realmente não saber em que estava metida. A mordida de Cyrus deveria ter matado Ravena na mesma hora que o poder dele entrou em sua corrente sanguínea. Mas ao contrário disso, ela não morreu e despertou o seu lycan. Mesmo assim, o lycan é um predador natural da raça vampírica. Ela deveria ter rejeitado a marca e se transformado para atacar Cyrus. O que também não aconteceu. Olhei para os olhos negros de Ravena. Isso é outro enigma para nós. Cyrus disse que Ravena tinha olhos vermelhos hoje de manhã, e que eu não deveria falar sobre isso porque ainda não sabiam o que essa nova característica significava.Mas assim que entrei no quarto, vi que os olhos dela permaneciam negros. “Droga! O que essa coisa é de verdade?!- Vamos. Você deve conhecer o lugar em que vai viver p
Capítulo 37 Artimanhas de uma Lycan
RavenaOs olhos de Callie estavam fixos nos meus, como se quisessem adentrar a minha alma. Ela estava com raiva por eu ter feito aquela pergunta? Comecei a me arrepender de ter dito aquilo, afinal de contas, eles não gostavam quando os subordinados respondiam para eles.“Eu quero arrancar o pescoço dessa insolente!” Laha rosnou irritada. A antipatia dela pelas atitudes de Callie em relação a nós estava bem clara em minha mente. Laha se sentia superior a vampira da realeza.- Companheira? – Callie perguntou, se aproximando de mim lentamente, como um felino prestes a atacar. – Você está querendo dizer que é a companheira destinada do meu irmão? Nesse momento eu achei melhor negar, porque ela parecia não saber de nada e se soubesse por mim, a vampira certamente tentaria me matar. Mas Laha assumiu o controle de repente, me subjugando a sua vontade.- Sim! É isso o que você ouviu, sua sanguessuga imunda! – eu me encolhi de medo.A voz de Laha saiu da minha boca com autoridade e supremac
Capítulo 38 Laha e Aero
CyrusRavena se contorcia sob meu corpo, suas pernas enlaçaram minha cintura, e suas mãos pequenas projetavam garras que afundavam em meu pescoço. Sorri, mordendo a curva de seus seios redondos. - Adoro como seu corpo reage a mim, lobinha. – sussurrei contra sua pele molhada, onde havia acabado de mordê-la.Grunhidos incoerentes escapavam de seus lábios vermelhos. O cheiro da excitação ficou mais forte, a provocou por cima da calça de tecido grosso. A umidade já chegava aos meus dedos e eu não consegui me conter quando o calor dela irradiou para mim. Me afastei alguns centímetros e rasguei suas roupas, as transformando em trapos.Ravena olhou para mim chocada, os lábios entreabertos, as maçãs do rosto coradas, e a respiração ofegante. Essa era a visão mais atraente que vi em séculos. Percorri seu corpo ansioso com as pontas de meus dedos, os movendo para cima e para baixo. Os olhos dela mudaram para o vermelho escarlate, e um sorriso insinuante se formou em seus lábios. A exp
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