Antes de dar início a essa bela estória de amor, deixe-me apresentar nossos personagens, mas antes preciso que saiba que eles também não acreditavam no amor, pelo menos ele o nosso personagem.
Nossa aventura aconteceu em Buenos Aires (Argentina)...
"Nosso protagonista Alexandre Gutierrez, 32 anos, CEO" - um homem íntegro, totalmente dedicado aos negócios da família, com 1,78 de altura, olhos claros, barba bem feita, sempre usando um terno escuro com camisa branca.
Mas como sempre tudo tem um porquê, Alexandre como todo jovem burguês teve suas aventuras e um amor, Sabrina, os dois até mesmo por estarem no mesmo ambiente social acabaram tendo um relacionamento, pois o pai de Alexandre, era um empresário muito conhecido, chamado Armando Gutierrez, dono de uma grande empresa de exportação de café.
A família de Alexandre era muito bem de vida, possuíam fazendas em várias cidades inclusive no Brasil, mas precisamente em Minas Gerais, após a morte de seu pai Alexandre assumiu os negócios da família e não podia mais acompanhar Sabrina em seus eventos e passeios, o que acabou esfriando o amor que achavam sentir pelo outro.
Mas o que Sabrina não contava era uma gravidez inesperada, o que a afastou ainda mais de Alexandre, quando a pequena Sofia nasceu e as brigas se tornaram constantes, pois Sabrina não suportava os choros da filha e das cobranças sobre sua responsabilidade.
Alexandre, por sua vez, devido às cobranças da família, teve que se casar com Sabrina que não aceitava mudar seu comportamento e seu estilo de vida como: boates, festas e viagens, podemos dizer que era mais um compromisso de faixada já que dormiam em quartos separados, uma bela manhã ao descer para tomar o café a babá informa que Sabrina havia ido embora, o que ele claro, não acreditou muito até entrar no quarto e ver o closet totalmente vazio.
— Não acredito que ela teve coragem de fazer isso.
E foi com a ajuda de sua mãe que conseguiu criar a filha, que quase não via o pai, já que o mesmo sempre estava em reuniões de negócios ou viajando entre uma fazenda e outra.
Sofia, hoje com seus 6 anos, uma menina meiga, inteligente e com um gênio forte igual do pai, cresceu com a avó e passando por várias babás, já que todas de alguma forma acabavam tendo problemas com Alexandre por ser muito grosseiro e as culpavam por ter uma reunião interrompida pelas ligações da filha.
Com algumas delas ele chegou a se envolver, mas quando lhe compravam compromisso o mesmo negava, o que lhe deu alguns processos.
Sofia, buscava a todo custo a atenção do pai, mas com o tempo acabou se acostumando e quando perguntavam dele na escola, às vezes respondia que não sabia o que deixava dona Eugênia, mãe de Alexandre, muito magoada e às vezes irritada com o filho.
— Alexandre, você não pode continuar tão negligente com Sofia, ela está crescendo e precisa do pai.
— Estou ocupado, mãe não tenho tempo para isso, quando ela crescer vai precisar de conforto e conforto só se consegue com dinheiro. Sabe muito bem que meu pai me deixou uma empresa quase falida, não foi à toa que precisei me dedicar tanto, então agradeça por isso, senão a senhora não viveria no luxo que vive hoje.
— Dinheiro é importante, sim, mas ela precisa de amor, depois não diga que te avisei, precisamos contratar outra babá, pois já tem duas semanas que você demitiu a última.
— Eu já contratei outra mãe, deve começar amanhã, pois terei que ir para o Brasil, abri uma nova filial e preciso verificar como andam as coisas, se quiser me acompanhar poderá ficar numa das fazendas.
— Seria ótimo, Sofia, precisa mesmo sair um pouco dessa casa.
Tereza, uma jovem de 20 anos, criada pela avó desde que a mãe Graciela resolveu ir embora dizendo que estava em busca de trabalho e nunca mais voltou.
Graciela se tornou mãe aos 16 anos e o pai de Tereza, filho de um fazendeiro rico segundo o que sua avó dizia, se recusou a assumir a filha, por esse motivo talvez ela não aceitava a vida que levava, certo dia avisou a mãe, avó de Tereza, que iria para São Paulo em busca de um bom trabalho, prometeu buscar a filha, mas não cumpriu a promessa e nem ligou assim como fez até hoje.
Até seus 15 anos Tereza que vivia perguntando da mãe, tinha um sonho de poder ir atrás dela e perguntar o porquê de tê-la abandonado, mas com o tempo acabou deixando esse desejo de lado, pois com sua avó estava doente, precisava dedicar muito tempo a ela.
Conseguiu fazer a faculdade que sonhava de administração, porém a falta de experiência e a doença da avó, não lhe permitiu trabalhar na área que se formou, mas fez muitos cursos, para poder trabalhar e ajudar com as despesas da casa, porém acabou se tornando ajudante de cozinha numa fazenda vizinha, assim não ficaria tanto tempo longe e poderia cuidar de Giorgina.
Tereza era uma jovem sonhadora, mas muito esforçada, sempre buscou correr atrás dos sonhos, procurando algo que fosse melhor, mas segundo sua avó buscava um príncipe encantado, coisa que não existia.
Ela chegou a ter um namoro sério que resultou num noivado, um amor que começou na adolescência e quando estava prestes a se casar descobriu que Leonardo não era o que pensava ao descobrir que ele a traia com sua melhor amiga Mirella.
Quando sua avó faleceu Tereza ficou sozinha na casa, mas tinha uma grande amiga, sua vizinha Maria, que se preocupava com a jovem e sempre dizia que precisava largar aquilo e ir em busca de uma vida melhor, ali realmente as possibilidades eram muito precárias.
Naquela semana, Maria, que trabalhava numa empresa em Belo Horizonte, ficou sabendo que uma nova filial estaria contratando novos funcionários e avisou a Tereza que ficou muito empolgada em conseguir um bom trabalho.
— Tereza? A empresa que eu trabalho presta serviço para uma que abriu a filial a poucos dias, estão contratando recepcionista.
— Aí jura? Será que estão recebendo currículos já?
— Eu vejo amanhã e te falo.
— Obrigada Maria.
Como todos os dias Tereza saia cedo para trabalhar, ela ainda era auxiliar de cozinha na fazenda perto de casa, pois todos os locais que deixou currículo ainda não haviam lhe retornado, por sua falta de experiência.
Naquela tarde, Tereza, após um dia exaustivo, ela chegava em casa e Maria já a esperava para lhe dar a boa notícia, que mudaria para sempre sua vida.
— Tereza, perguntei para uma funcionária e ela disse que vão começar a receber os currículos amanhã, por ser indicação, pediu que você vá para uma entrevista.
— Jura? Aí senhor, acho que hoje nem durmo rsrsrs. Obrigada!
Após saber da novidade, ela corre para casa, para separar sua melhor roupa, precisava causar uma boa impressão, queria sim uma nova oportunidade e quem sabe trabalhar na área que se formou.
Mal conseguiu comer de ansiedade e antes de dormir, fez uma oração pedindo proteção, sentia no seu coração pela primeira vez que seus sonhos iriam se realizar.
***Narrado por Tereza***O sol ainda nem batia na janela quando me levantei para tomar banho e me arrumar para a entrevista, por ser uma pessoa ansiosa queria chegar cedo, odeio me atrasar seja para qualquer coisa.O problema é que acabei chegando cedo demais, as portas do prédio ainda estavam fechadas, tinha tomado apenas um copo de leite e estava com fome e sede, logo um dos seguranças saiu, achei que ele iria me pedir para sair dali, mas não estava enganada.— Segurança: Moça não pode ficar parada aqui na portaria.— Eu cheguei cedo para a entrevista, por isso estou aqui fora esperando.— Nesse caso pode esperar lá dentro, senhorita, pois já estão chamando os candidatos para entrevista.Eu então entrei no prédio ainda vazio, minhas roupas eram simples perto daquelas moças que trabalhavam ali, até me uma delas me chamar e a acompanho até uma pequena sala.— Tereza, certo?— Sim senhorita.— Meu nome é Clarisse, você veio por indicação da Maria.— Sim foi minha vizinha, ela trabalha
***Narradora***Após um voo estressante, o CEO Alexandre Gutierrez, enfim chega em BH, mas antes de irem para a fazenda ele informa que precisava passar na empresa para ver como estavam as coisas e elas iriam de lá, com o motorista, mas assim que chegou descobriu que precisava de um documento importante, pediu ao motorista que o buscasse rapidamente.— Mãe preciso do motorista para buscar um documento, pode esperar por meia hora? E ele já leva vocês.— Sem problemas, vou aproveitar e levar Sofia para comer, ela deve estar com fome.Ao entrarem na empresa, Sofia queria ir ao toalete, Eugênia claro pede que a babá a levasse, ela não pareceu gostar muito, mas a forma de Alexandre a olhou a fez mudar de ideia.***Narrado por Tereza***Estava ainda na minha primeira semana de trabalho e posso dizer que já acostuma com a falta de educação das pessoas rsrs, peguei meu carrinho e subi para levar as garrafas de café nos andares, assim que entrei no penúltimo, enquanto andava pelo corredor escu
***Narradora***Nina terminava de deixar as garrafas nos andares e descia para almoçar quando foi avisada que deveria comparecer ao RH, preocupada foi rapidamente até lá, onde não teria notícias boas.***Narrado por Tereza***Estava me preparando para almoçar quando Clarisse mandou me chamar, achando que era algo de errado com algum documento fui rapidamente, assim que abri a porta ela parecia muito irritada.— Que ideia foi essa de pegar a filha da dona da empresa e andar com ela por aí?— Que filha de chefe? Espera a garotinha era filha do tal CEO? Aí meu Deus, mas posso explicar.— Por sua causa quase perdi meu emprego, Tereza, o homem desceu aqui furioso, tem noção da vergonha que passei por sua causa?— Eu posso falar com ele e explicar que a menina…— Está demitida Tereza, vá ao vestiário, troque de roupa e volte para receber seus dias trabalhados.— Mas...— Não tem, mas, agora vai por favor.Ah, fala sério, eu querendo ajudar e perdi meu emprego, se pensam que me arrependi, nã
***Narrado por Tereza***Naquela noite mal tive tempo de dormir direito, passei a noite toda guardando o que era mais importante para mim, pois os móveis que era muito velhos esse seriam doados ou jogados fora.Na mala, apenas a foto de minha avó, e uma caixa com as coisas que ela fazia questão de guardar, recordações e documentos importantes, depois me deitei e dormi um pouco, quando Maria foi embora era madrugada já.Quando despertei deixei que alguns vizinhos levassem algumas coisas, mas logo dona Eugênia me ligou dizendo que o motorista estaria vindo me buscar, porem que me levaria para o aeroporto.Eu, que nunca sai de minha cidade, estava agora indo para uma totalmente desconhecida.***Narradora***Já era noite quando elas chegavam na mansão, Tereza fica encantada com o tamanho e o luxo da casa, para ficar próximo do quarto de Cecília, Eugênia avisa que o quarto dela seria ao lado, mas que no de Sofia tinha uma cama caso quisesse.Tereza não acreditava no luxo, mas enquanto guar
***Narradora***No dia seguinte Tereza pega a pequena Sofia e as duas descem indo direto para a cozinha onde a jovem é repreendida pela cozinheira, pois como Alexandre ainda estava tomando o café iria se incomodar com o barulho da filha.— Ah, para com isso, Josefa, vou deixar a menina trancada no quarto, porque ele não gosta de barulho de criança, eu heim.— Só estou falando porque ele vai reclamar.— Deixa reclamar, não estou nem aí, cara mal-educado, acredita que me chamou de ladra ontem a noite?— Nossa, mas por quê?— Porque estava pegando algo para comer a noite.— Liga não, ele é assim mesmo.E como era de se esperar, Sofia começa a falar alto, ainda mais com as canções de Tereza para convencê-la de comer, então logo Alexandre chama Josefa que vai até lá.— Posso saber que barulho é esse aí? Estou tentando tomar meu café em paz.— É a Sofia cantando senhor, Tereza esta dando o café da manhã para ela.— Manda aquela babá vir aqui.Josefa de cabeça baixa caminha de volta para a c
***Narrado por Alexandre***— Não acredito que minha mãe contratou essa mulher abusada, nunca tive esse tipo de problema, agora estou sendo desafiado por uma babá?***Narradora***Fala Alexandre consigo mesmo enquanto seguia para a empresa, onde ele entra e caminha até sua sala, logo em seguida chega sua secretária a qual ele mantinha um romance.— Hei, que cara de preocupação é essa? Não me diga que é a pirralha de novo?Fala ela enquanto se dirige a ele fazendo uma massagem nos ombros, que Alexandre apenas fecha os olhos e comenta sobre a nova contratação de sua mãe.— Não, é aquela babá.— Que babá?— Esqueça apenas me traga os contratos que preciso assinar, tenho muito trabalho a fazer.— O que acha de jantarmos hoje a noite?— Acho ótimo, preciso mesmo relaxar.As horas se passavam, já era noite e na casa de Alexandre as coisas corriam muito bem, já ele resolveu sair para jantar com Natália, onde depois esticariam para algo a mais.***Narrado por Tereza***Olha, era inacreditável
***De volta a narradora***Era hora quase uma hora da tarde quando Tereza e Sofia chegavam em casa, Alexandre ainda almoçava na companhia de sua mãe. Como o combinado, Tereza e Sofia não comentada nada ainda sobre a festa do dia dos pais.Elas lavam as mãos e vão para a mesa, Alexandre com a desculpa que teria uma reunião na empresa, levanta e apenas sai sem ao menos dar um beijo em sua pequena que Tereza não deixa de notar, passado a hora do almoço elas vão para o quarto onde com algumas revistas e papeis fazem um lindo convite.A comemoração seria em poucos dias e por isso as crianças começariam os ensaios, animada com a possibilidade do pai ir pela primeira vez, Sofia fez exatamente tudo que Tereza pediu, pegou o convite e deixou no escritório onde o pai ficava todas as noites até tarde.Na empresa, entre uma reunião e outra, Alexandre tinha suas escapadas com sua bela secretária Natália e claro programavam um passeio para o final de semana.— Querido, quando poderemos fazer aquele
***Alexandre***— E quem você pensa para falar comigo assim heim? A audácia de Tereza me deixou super irritado, ela me desafiava, afirmando que eu não era um bom pai, mas para mim agora só importava manter o patrimônio da família, coisa que essa sujeita nunca entenderia, mas como me colocou numa situação delicada o jeito era eu ir nesse evento.***De volta a Narradora***Tereza sai da cozinha ainda irritada com Alexandre, por mais que soubesse dos riscos não suportava não falar o que pensava, mas torcia para que ele realmente fosse a essa festa. Ela sobe e Sofia estava já pronta, as duas saem e Eugênia aproveita para ir a uma consulta médica.Já no trajeto da escola ela olha para Tereza e a questiona sobre o convite do dia dos pais, conhecia o filho e sabia que ele não teria aceitado aquilo sem um bom motivo.— Tereza, aquele convite, como você conseguiu aquilo?— Não consegui nada especial não, apenas falei na hora certa e ele não teve como negar rsrsrs.— Ah, tá entendi, só espero