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A proposta de trabalho

***Narradora***

Nina terminava de deixar as garrafas nos andares e descia para almoçar quando foi avisada que deveria comparecer ao RH, preocupada foi rapidamente até lá, onde não teria notícias boas.

***Narrado por Tereza***

Estava me preparando para almoçar quando Clarisse mandou me chamar, achando que era algo de errado com algum documento fui rapidamente, assim que abri a porta ela parecia muito irritada.

— Que ideia foi essa de pegar a filha da dona da empresa e andar com ela por aí?

— Que filha de chefe? Espera a garotinha era filha do tal CEO? Aí meu Deus, mas posso explicar.

— Por sua causa quase perdi meu emprego, Tereza, o homem desceu aqui furioso, tem noção da vergonha que passei por sua causa?

— Eu posso falar com ele e explicar que a menina…

— Está demitida Tereza, vá ao vestiário, troque de roupa e volte para receber seus dias trabalhados.

— Mas...

— Não tem, mas, agora vai por favor.

Ah, fala sério, eu querendo ajudar e perdi meu emprego, se pensam que me arrependi, não nada disso, nunca deixaria uma garotinha tão pequena sozinha, mas se era esse o preço, fazer o que né?

Caminhei até o vestiário, troquei de roupa e fiz uma prece, não é possível que eu teria que sofrer tamanha injustiça, não seria justo, só quis ajudar poxa!

***Narradora***

Mas nem tudo estava perdido, pois Eugênia, que era uma mulher justa, passou algumas horas pensando no gesto de Tereza e pela forma que via a neta comentar sobre a moça sem parar ao ponto de pedir que comprassem outro bolo para levar para ela.

***Narrado por Eugênia***

Nunca havia visto Sofia tão entusiasmada por alguém como ficou por Tereza, parecia que as duas já se conheciam há muito tempo, tanto que ao ver um bolos de pote no balcão de uma loja quis comprar.

— Vovó? Olha vamos comprar aquele bolo para a Tereza?

— Gostou dela tanto assim?

— É que a Tereza é muito legal vovó, vamos por favor?

Então tive uma ideia, porque não contratá-la como babá de Sofia, com certeza seria muito melhor que as outras, peguei meu celular e liguei na empresa fazendo um pedido.

Compramos o bolo e retornamos para a empresa, o almoço nesse caso iria atrasar, pois ao ligar descobri que Alexandre teria a demitido.

***Narrado por Tereza***

Assim que troquei de roupa, peguei minhas coisas e retornei ao RH, estava assinando os papéis quando o telefone tocou e Clarisse me olhou.

— Não diga que foi outra cagada?

— Tereza, a dona Eugênia é mãe do CEO, acabou de ligar pedindo para vocês esperar na sala de reuniões.

— Aí, meu Deus, vou lá.

Peguei os papéis e o envelope com o dinheiro, guardei na bolsa e fui até a sala, enquanto esperava conferia o dinheiro, então logo a senhora apareceu acompanhada por Sofia que veio até mim com uma pequena sacola nas mãos.

— Olha a vovó comprou para você.

— Puxa, obrigada.

— Tereza certo?

— Sim, senhora.

— Fiquei sabendo que foi demitida, espero que não seja por ajudar minha neta.

— Senhora, eu quebrei as regras ao fazer isso, mas eu queria explicar que não foi por mal, mas infelizmente não me deixaram falar com seu filho.

— Bom, nesse caso tenho uma proposta para lhe fazer.

— Proposta?

— Foi a primeira vez que Sofia se dar bem com uma pessoa, sabia? Por isso queria saber se você não quer ir trabalhar como babá, se for o caso converso com sua família.

— Eu não tenho ninguém, senhora. Mas eu nunca trabalhei como babá rsrsrs

— Mas fez o que nunca nenhuma outra fez, por isso se aceitar podemos pagar um bom valor, mas terá que morar conosco.

Aquela proposta me pegou de surpresa, ser babá? Nunca havia pensado nisso, mas seria algo diferente, a não ser pelo fato de ter que morar em outra casa, mas não custava nada tentar, por isso aceitei.

— Eu iria adorar.

Depois Dona Eugênia me explica que eles moravam em Buenos Aires, nunca havia saído do Brasil e aquilo seria uma experiência e tanto, confesso que senti um pouco de medo, mas nada iria me fazer retroceder. Quando ela me falou do salário, me empolguei ainda mais, pois era quase o dobro do que ganhava como copeira.

— Só tem um problema, senhora, preciso deixar a minha casa para minha vizinha alugar, pois moro sozinha.

— Não tem problema, devo retornar para casa em dois dias, temos fazendo aqui na região, vou pedir que nosso motorista de leve depois que nos deixar na fazenda, assim já conhece o local, quando tiver pronta ele te busca.

Então desço novamente até o RH onde Clarisse faria novamente o meu registro, mas agora como babá, como o combinado desci até o estacionamento e fiquei as aguardando para irmos até a fazenda e depois para minha casa.

***Narrado por Eugênia***

Após acertar tudo com Tereza, vou até a sala de Alexandre comunicar sobre minha decisão, ele claro não gostou muito, mas como sempre não o deixei continuar.

— Alexandre, estou indo para a fazenda, contratei outra babá, então espero que saiba o que fazer com aquela fulana.

— Como assim outra babá?

— Bom, a moça vai conosco depois de amanhã para Buenos Aires.

— Devo ficar no Brasil ainda por mais um dias, por que não fica e eu converso com essa moça?

— Não, eu não vou deixar que interfira novamente, pois contratei a moça que você mandou demitir.

— Como assim? Mãe nem conhece a moça, ela pode ser uma mal intencionada.

— Deveria contratar como a que trouxe, que pula no seu colo tirando a roupa, enquanto minha neta ficava sozinha perdida? Francamente Alexandre, você só me decepciona.

***Narradora***

Após comunicar ao filho sobre a contratação de Tereza, ela desce e a encontra no estacionamento que as levariam até a fazenda da família, Tereza teria que arrumar suas coisas e se despedir de seus vizinhos.

Era noite quando Maria aparece querendo saber o que havia acontecido na empresa, pois havia muitas fofocas sobre a demissão de Tereza, mas explica o que tinha realmente acontecido e então mesmo sendo tarde Maria ajuda a guardar as coisas.

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