***Narradora***
Após um voo estressante, o CEO Alexandre Gutierrez, enfim chega em BH, mas antes de irem para a fazenda ele informa que precisava passar na empresa para ver como estavam as coisas e elas iriam de lá, com o motorista, mas assim que chegou descobriu que precisava de um documento importante, pediu ao motorista que o buscasse rapidamente.
— Mãe preciso do motorista para buscar um documento, pode esperar por meia hora? E ele já leva vocês.
— Sem problemas, vou aproveitar e levar Sofia para comer, ela deve estar com fome.
Ao entrarem na empresa, Sofia queria ir ao toalete, Eugênia claro pede que a babá a levasse, ela não pareceu gostar muito, mas a forma de Alexandre a olhou a fez mudar de ideia.
***Narrado por Tereza***
Estava ainda na minha primeira semana de trabalho e posso dizer que já acostuma com a falta de educação das pessoas rsrs, peguei meu carrinho e subi para levar as garrafas de café nos andares, assim que entrei no penúltimo, enquanto andava pelo corredor escutei um quase choro que mais parecia uma reclamação vinda do banheiro.
Assim que entrei era uma garotinha tentando vestir a meia calça e parecia bem atrapalhada rsrsrs, então me aproximei dela para oferecer ajuda.
— Oi, posso saber o que está acontecendo? Como você se chama?
— Sofia, eu não consigo vestir essa roupa.
— Prazer, meu nome é Tereza, eu posso te ajudar, você veio sozinha no banheiro? Cadê sua mãe?
— Não, a babá disse que eu poderia vir sozinha, eu não sei onde minha vovó está.
Sinceramente achava ela muito pequena para estar ali sozinha, mas os pais deveriam saber o que estavam fazendo, então após terminar de vesti-la e lavar as mãos resolvi levá-la até a avó.
— Vem comigo, eu vou te levar estar bem?
— Estou com fome.
— Só tenho suco, mas posso arrumar um pedaço de bolo, você quer?
— Quero.
Não sei se era o correto, mas não iria deixar aquela menina sozinha e com fome, mesmo porque talvez nem soubesse direito onde estaria sua avó, então pegamos o carrinho e descemos até a copa, depois fui ao vestiário e peguei minha marmita, cortei um pedaço do bolo que havia levado.
— Quer um pouco de suco?
— Sim, por favor.
— Você é a primeira pessoa nessa empresa que fala isso, adorei rsrs, agora vamos atrás de sua avó que deve estar preocupada com você.
***Narrado por Eugênia***
Estava na sala de reunião esperando por Sofia que passou a demorar mais que o normal, então resolvi procurá-la, entrei nos toaletes e nada, desci onde ficava a diretoria e caminhei até a sala de Alexandre, assim que abri a porta descobri o motivo daquela contratação.
Os dois estavam aos beijos e a moça sem a blusa para variar, quando chamei a atenção os dois quase tiveram um infarto.
— Posso saber o que está acontecendo aqui? Você não deveria estar cuidando da Sofia?
— Calma mãe, a Sofia está no toalete.
— Acho bom não acontecer nada com minha neta Alexandre e você está demitida.
Estava tão enfurecida que só queria encontrar logo minha neta e sai como um alouca perguntando para todos se tinham visto uma garotinha vestida com um casaco vermelho, até que do corredor me sai uma moça com ela segurando em sua mão.
— Sofia? Aí graças a Deus, onde estava?
— A Tereza me levou para comer um bolo vovó, eu estava perdida.
— Senhora me perdoe, ela não sabia onde a senhora estava, então subi para ver se encontrávamos.
— Oh, minha queria, eu agradeço muito, estava doida achando que tinha se perdido.
— Bom, agora eu preciso trabalhar, está bem?
— Tchau!
***Narrado por Alexandre***
Assim que minha mãe sai da sala, peço que Magnólia se vista, pego meu celular e saio atrás da minha mãe que gritava pelos corredores, aquilo já estava me irritando.
— Vista logo essa roupa, que ideia foi essa de largar a pirralha sozinha no banheiro?
— Só vim atender seu chamado, meu amor. Você não vai deixar ela me demitir né?
— Acha mesmo que vou entrar numa briga com minha mãe por você? Se enxerga Magnólia, agora deixa eu parar com essa gritaria toda.
- Alexandre, volta aqui... Alexandre!
Quando saio no corredor, estava minha mãe entrando em todas as sala e chamando por Sofia feito uma louca, eu então corri até ela.
— Mãe precisa de tudo isso mesmo, garanto que da empresa essa menina não saiu.
— Essa menina é sua filha Alexandre, pelo amor de Deus.
— Está certo minha filha, mas para de gritar, eu vou à recepção ver se alguém a viu, a senhora continue procurando por aqui.
***Narradora***
Ainda no corredor, Eugênia caminhava em direção ao refeitório, pois era o único local que não havia procurado, quando vê a neta de mãos dadas com uma moça.
— Aí Sofia, pelo amor de Deus, onde estava?
— Desculpa senhora, eu a encontrei no banheiro se vestindo sozinha, mas estava com fome, então a levei para comer, não é princesa?
— Qual seu nome, moça? O meu é Eugênia.
— Tereza, agora se me dá licença eu preciso ir, até mais.
Eugênia agradece mais uma vez pela ajuda da moça, ela entra no elevador para voltarem ao andar onde estavam e pegar as coisas para seguirem até a fazendo, quando a porta se abri Alexandre estava ali e fica aliviado por encontrá-las.
— Onde ela estava?
— A copeira a encontrou, Tereza o nome dela, foi levá-la para comer algo.
— Uma funcionária pegou minha filha sem autorização e levou para comer?
— Lembrou que tem filha agora Alexandre? Faça mil favor, viu, esperava um pouco mais de você.
— Para onde vocês vão?
— Vamos passear, voltamos depois do almoço.
No caminho para o shopping a neta conta que Tereza havia pegado um bolo que estava em um pote, o que levou a avó da menina perceber que seria do lanche dela, durante o passeio ficou pensando no que havia acontecido e pela atitude da moça que ajudou a pequena Sofia.
Mas Alexandre, irritado e ainda mais sabendo que um funcionário fez algo sem autorização, liga no RH ordenando que a tal Tereza fosse demitida.
***Narrado por Alexandre***
Como pode um funcionário pega uma criança e leva para comer e ninguém vê isso? Resolvo ir até o RH já entro dando um murro na mesa.
— Clarisse certo?
— Sim senhor.
— Uma funcionária chamada Tereza pegou minha filha sem autorização e a levou ara a copa, tem certeza que está fazendo seu trabalho de forma correta?
— Deve ser um engano, não acho que ela faria isso.
— Então está dizendo que minha mãe está mentindo?
— Não senhor.
— Então o que está esperando, quero que demita essa moça agora mesmo ou vai as duas para a rua, entendeu bem?
— Irei fazer isso agora mesmo.
***Narradora***Nina terminava de deixar as garrafas nos andares e descia para almoçar quando foi avisada que deveria comparecer ao RH, preocupada foi rapidamente até lá, onde não teria notícias boas.***Narrado por Tereza***Estava me preparando para almoçar quando Clarisse mandou me chamar, achando que era algo de errado com algum documento fui rapidamente, assim que abri a porta ela parecia muito irritada.— Que ideia foi essa de pegar a filha da dona da empresa e andar com ela por aí?— Que filha de chefe? Espera a garotinha era filha do tal CEO? Aí meu Deus, mas posso explicar.— Por sua causa quase perdi meu emprego, Tereza, o homem desceu aqui furioso, tem noção da vergonha que passei por sua causa?— Eu posso falar com ele e explicar que a menina…— Está demitida Tereza, vá ao vestiário, troque de roupa e volte para receber seus dias trabalhados.— Mas...— Não tem, mas, agora vai por favor.Ah, fala sério, eu querendo ajudar e perdi meu emprego, se pensam que me arrependi, nã
***Narrado por Tereza***Naquela noite mal tive tempo de dormir direito, passei a noite toda guardando o que era mais importante para mim, pois os móveis que era muito velhos esse seriam doados ou jogados fora.Na mala, apenas a foto de minha avó, e uma caixa com as coisas que ela fazia questão de guardar, recordações e documentos importantes, depois me deitei e dormi um pouco, quando Maria foi embora era madrugada já.Quando despertei deixei que alguns vizinhos levassem algumas coisas, mas logo dona Eugênia me ligou dizendo que o motorista estaria vindo me buscar, porem que me levaria para o aeroporto.Eu, que nunca sai de minha cidade, estava agora indo para uma totalmente desconhecida.***Narradora***Já era noite quando elas chegavam na mansão, Tereza fica encantada com o tamanho e o luxo da casa, para ficar próximo do quarto de Cecília, Eugênia avisa que o quarto dela seria ao lado, mas que no de Sofia tinha uma cama caso quisesse.Tereza não acreditava no luxo, mas enquanto guar
***Narradora***No dia seguinte Tereza pega a pequena Sofia e as duas descem indo direto para a cozinha onde a jovem é repreendida pela cozinheira, pois como Alexandre ainda estava tomando o café iria se incomodar com o barulho da filha.— Ah, para com isso, Josefa, vou deixar a menina trancada no quarto, porque ele não gosta de barulho de criança, eu heim.— Só estou falando porque ele vai reclamar.— Deixa reclamar, não estou nem aí, cara mal-educado, acredita que me chamou de ladra ontem a noite?— Nossa, mas por quê?— Porque estava pegando algo para comer a noite.— Liga não, ele é assim mesmo.E como era de se esperar, Sofia começa a falar alto, ainda mais com as canções de Tereza para convencê-la de comer, então logo Alexandre chama Josefa que vai até lá.— Posso saber que barulho é esse aí? Estou tentando tomar meu café em paz.— É a Sofia cantando senhor, Tereza esta dando o café da manhã para ela.— Manda aquela babá vir aqui.Josefa de cabeça baixa caminha de volta para a c
***Narrado por Alexandre***— Não acredito que minha mãe contratou essa mulher abusada, nunca tive esse tipo de problema, agora estou sendo desafiado por uma babá?***Narradora***Fala Alexandre consigo mesmo enquanto seguia para a empresa, onde ele entra e caminha até sua sala, logo em seguida chega sua secretária a qual ele mantinha um romance.— Hei, que cara de preocupação é essa? Não me diga que é a pirralha de novo?Fala ela enquanto se dirige a ele fazendo uma massagem nos ombros, que Alexandre apenas fecha os olhos e comenta sobre a nova contratação de sua mãe.— Não, é aquela babá.— Que babá?— Esqueça apenas me traga os contratos que preciso assinar, tenho muito trabalho a fazer.— O que acha de jantarmos hoje a noite?— Acho ótimo, preciso mesmo relaxar.As horas se passavam, já era noite e na casa de Alexandre as coisas corriam muito bem, já ele resolveu sair para jantar com Natália, onde depois esticariam para algo a mais.***Narrado por Tereza***Olha, era inacreditável
***De volta a narradora***Era hora quase uma hora da tarde quando Tereza e Sofia chegavam em casa, Alexandre ainda almoçava na companhia de sua mãe. Como o combinado, Tereza e Sofia não comentada nada ainda sobre a festa do dia dos pais.Elas lavam as mãos e vão para a mesa, Alexandre com a desculpa que teria uma reunião na empresa, levanta e apenas sai sem ao menos dar um beijo em sua pequena que Tereza não deixa de notar, passado a hora do almoço elas vão para o quarto onde com algumas revistas e papeis fazem um lindo convite.A comemoração seria em poucos dias e por isso as crianças começariam os ensaios, animada com a possibilidade do pai ir pela primeira vez, Sofia fez exatamente tudo que Tereza pediu, pegou o convite e deixou no escritório onde o pai ficava todas as noites até tarde.Na empresa, entre uma reunião e outra, Alexandre tinha suas escapadas com sua bela secretária Natália e claro programavam um passeio para o final de semana.— Querido, quando poderemos fazer aquele
***Alexandre***— E quem você pensa para falar comigo assim heim? A audácia de Tereza me deixou super irritado, ela me desafiava, afirmando que eu não era um bom pai, mas para mim agora só importava manter o patrimônio da família, coisa que essa sujeita nunca entenderia, mas como me colocou numa situação delicada o jeito era eu ir nesse evento.***De volta a Narradora***Tereza sai da cozinha ainda irritada com Alexandre, por mais que soubesse dos riscos não suportava não falar o que pensava, mas torcia para que ele realmente fosse a essa festa. Ela sobe e Sofia estava já pronta, as duas saem e Eugênia aproveita para ir a uma consulta médica.Já no trajeto da escola ela olha para Tereza e a questiona sobre o convite do dia dos pais, conhecia o filho e sabia que ele não teria aceitado aquilo sem um bom motivo.— Tereza, aquele convite, como você conseguiu aquilo?— Não consegui nada especial não, apenas falei na hora certa e ele não teve como negar rsrsrs.— Ah, tá entendi, só espero
Alexandre chega acompanhado por Natália, que ao entrar mal olha para a pequena menina usando um lindo vestido rosa.Natália era uma mulher de 26 anos arrogante, que entrou na casa de Alexandre, ao ser apresentada para Sofia apenas a olhou e caminhou com Alexandre até a sala onde se sentaram para aguardar o jantar ser servido.— Quer dizer que você é a namorada de Alexandre? Você não é a secretária dele?— Sim, nada melhor que juntar prazer com negócios não acha?— Eu discordo querida, mas se essa é a escolha do meu filho o que posso fazer né? — Hora, mãe não seja mal-educada, Natália é uma ótima secretária e amante rsrs, tenho certeza que será uma ótima mãe para Sofia.Não demorou muito para que Josefa avisasse que o jantar seria servido, todos caminham para a sala de jantar até que Tereza aparece e se senta a mesa.— Boa noite, desculpem minha demora.— Essa quem é?— Essa é a babá, desculpe moça, mas esse é um jantar familiar.— Eu a convidei e o nome dela é Tereza, deveria ser mai
Até que escutam a voz de Natália vindo da sala e se afastam de imediato, ela entra na cozinha vestindo apenas uma camisa de Alexandre, percebendo o clima que havia no ambiente e questiona em busca de uma resposta.— Algum problema aqui?— Nenhum, estava só perguntando para Tereza onde estavam as taças.— Senhorita, por favor vista-se de forma apropriada, afinal vocês não estão sozinhos na casa, deveria ensinar bons modos para sua futura noiva senhor Gutierrez.— Que mulherzinha abusada, não vai falar nada querido?— Nesse caso ela tem razão, já pensou o que minha mãe iria falar se te visse vestida assim no meio da cozinha?Tereza caminha rapidamente para seu quarto, entra e fecha, aporta levando as mãos ao seu peito, depois irritada com ela mesmo comenta em voz alta.— Que loucura foi essa, Tereza.Alexandre chama Natália para o quarto, porem sem clima para mais nada ele apenas diz que está cansado e ela sem entender ainda faz uma tentativa, mas ele parecia estar com o pensamento long