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A volta as aulas e os novos obstáculos

***Narrado por Alexandre***

— Não acredito que minha mãe contratou essa mulher abusada, nunca tive esse tipo de problema, agora estou sendo desafiado por uma babá?

***Narradora***

Fala Alexandre consigo mesmo enquanto seguia para a empresa, onde ele entra e caminha até sua sala, logo em seguida chega sua secretária a qual ele mantinha um romance.

— Hei, que cara de preocupação é essa? Não me diga que é a pirralha de novo?

Fala ela enquanto se dirige a ele fazendo uma massagem nos ombros, que Alexandre apenas fecha os olhos e comenta sobre a nova contratação de sua mãe.

— Não, é aquela babá.

— Que babá?

— Esqueça apenas me traga os contratos que preciso assinar, tenho muito trabalho a fazer.

— O que acha de jantarmos hoje a noite?

— Acho ótimo, preciso mesmo relaxar.

As horas se passavam, já era noite e na casa de Alexandre as coisas corriam muito bem, já ele resolveu sair para jantar com Natália, onde depois esticariam para algo a mais.

***Narrado por Tereza***

Olha, era inacreditável ver a falta de empatia do senhor Alexandre pela própria filha, como pode um pai não ligar para saber como a filha estava, a menina nunca sentava perto do pai, eram dois desconhecidos dentro de casa.

— Hei, princesa, bora escovar os dentes e ir dormir né? Amanhã tem aula.

— Posso dormir com você?

— Pode, vamos lá.

Sofia deu um beijo em dona Eugênia, depois subimos para o quarto onde escovamos os dentes, peguei um pijama para vela vestir e ela quis dormir agarrada a mim, me doía ver que ela tinha um pai mais que o mesmo não lhe dava amor e nem atenção.

Na cama estávamos eu, Sofia e sua ursinha "tête", segundo ela de Tereza rsrsrs, fiquei horas rolando de um lado e outro e não conseguia dormir pensando no meu primeiro dia de aula, resolvi descer para fazer um chá, comecei a descer as escadas e dei de cara com o senhor Alexandre.

— Com licença.

— Olha aqui, moça, não vou admitir que fique batendo de frente comigo, não ouviu?

— Senhor Alexandre, não entendo como pode tratar Sofia com tanta indiferença, a menina não fala sobre o pai o dia todo, nunca vejo o senhor fazer um carinho ou perguntar por ela, como vai ser quando ela tiver adolescente, ou adulta?

— Ainda falta muito, além disso, não é problema seu.

— A é, sim, acho melhor começar a mudar isso, ou serei obrigada a tomar uma atitude ouviu?

— Está me ameaçando de novo?

— Deveria ter pensado antes de ter filhos.

A pelo amor de Deus não tenho saco para atuar esse homem não, eu nem esperei ele responder e fui para a cozinha fazer meu chá porque estava nervosa já, ele não satisfeito veio atrás de mim querendo discutir.

— Está dizendo que não sou bom pai só porque não pego minha filha no colo?

— Acha mesmo que ser pai é só pagar as despesas para sua filha? Está bem senhor, ser pai não é só isso não, eu cresci sem pai e mãe, mas tive uma avó que conseguiu ser tudo para mim, mas a sua filha tem o pai, um pai que a rejeita, que não suporta ouvir ela falar, cantar, sinceramente o senhor me enoja.

— Olha como fala, sua...

— Aí, para de falar, o senhor me causa ranço, deveria se envergonhar, chegar tarde e nem ao menos querer saber como a filha está.

Gente estava tão irritada e envolvida naquela discussão, que sem perceber servi um chá para Alexandre e em seguida chamei a atenção dele.

— Toma um chá aí para ver se esse aquece esse teu coração de pedra, eu heim, palhaçada.

— Chá de camomila?

— E queria o quê? Um uísque ou que servisse um champanhe para comemorarmos? Por favor, senhor Alexandre, não acha que já bebeu demais não? Pelo cheiro de álcool que o senhor exala, está me deixando até tonta.

A me desculpem, mas não tenho paciência para esse homem, tudo bem, ele é um gato, é, ele é charmoso, é, mas é arrogante, metido, mal-educado, para mim já deu.

***Narrado por Alexandre***

Essa Tereza está me tirando do sério, com tantos problemas para resolver e agora uma babá querendo me ensinar como educar e cuidar da minha filha.

Se ela acha que vai me controlar e ficar me enfrentando, está errada, pois não vou admitir isso, mas logo ela vai descobrir com está lidando se era guerra que veio procurar, com certeza iria encontrar.

— Porcaria de chá, vou jogar essa merd@ fora isso sim.

Subo as escadas e vejo a porta do quarto de Sofia aberta e por curiosidade entro para ver o porquê, mas ela não estava na cama, achei estranho, mas como às vezes dormia com minha mãe achei que estivesse com ela.

Apenas fui para meu quarto, tomei um banho, vesti um moletom e fui para cama, depois do sexo com Natália estava relaxado, dormi com muita facilidade.

***Narradora***

Quando amanhece, Sofia estava toda empolgada para ir à escola, mesmo começando as aulas no meio da semana, Eugênia preferiu levá-la, pelo menos teria os amigos para brincar. Para Tereza também seria um dia diferente, ela iria começar um curso de espanhol, naquela semana ela conversou com a avó de Sofia como não conhecia o idioma preferiu se preparar primeiro.

Alexandre e percebe que Sofia estava eufórica carregando a mochila de uma lado para outro, ao ponto de irritá-lo.

— Sofia para com essa mochila?

— Está empolgado por voltar hoje para escola, não sei como Tereza conseguiu dormir com ela agitada assim.

— Como é?

— Pois é, já tem dois dias que vai dormir no quarto dela.

— Quero ver quando ela for embora como vai ser rsrsrs, vai deixando mãe, vai deixando.

Ele irritado se levanta para ir trabalhar, mas Alexandre nem ao menos dá um beijo na filha mesmo ela estando ali ao seu lado como se esperasse por isso. Sofia corre até o quarto onde Tereza terminava de se vestir para irem à escola, as duas entravam no carro ansiosas pelo novo dia.

O bom para Alexandre naquela manhã foi o fato dele poder trabalhar de casa, pois com a filha fora ele teria a paz que tanto precisava.

***Narrado por Tereza***

Via a empolgação de Sofia e aquilo realmente me alegrava, mas, ao mesmo tempo, me angustiava vê-la sem ter o amor de pai, isso, sim, era revoltante.

Quando entrei naquela escola, prometi a mim mesma, aproveitar aquela oportunidade, me dedicar ao máximo, confesso que não foi nada fácil, era um mundo totalmente desconhecido.

Quando chegou a hora de ir para casa, o motorista primeiro me buscou na escola, depois a Sofia, quando ela saiu parecia o dia não tinha sido assim tão bem, claro eu já fiquei preocupada né.

— E aí queria que carinha é essa? 

— Já vai começar essas festas de escola e eu odeio.

— Não gosta de participar dos eventos escolares, mas porque elas são tão legais.

— É festa do dia dos pais e o meu nunca vem, eu passo vergonha.

Bom eu tinha esquecido do fato de estarmos em agosto, como não tenho pai essa data nunca representou nada para mim, ao contrário de Sofia.

Fico me perguntando o que se passa na cabeça de uma criança, com o pai em casa e o mesmo não comparece naquelas festinhas que todo mundo acha chata, mas que fazem os pais chorarem.

— Querida, não fique assim ok? Vamos levar esse convite, quem sabe dessa vez ele não vai?

— Ele nunca tem tempo para mim.

— Mas não custa nada tentar, certo? Além disso, podemos dar uma melhorada nesse convite, o que você acha?

Então ela toda cuidadosa pegou aquele papel e guardou em sua mochila, eu não tinha a menor ideia do que fazer, exceto que aquele homem asqueroso teria mesmo cara de que não daria importância aquilo.

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