— Não quero ela como minha mãe, ela é feia, e muito má.— Sofia?— Pede desculpas agora, Sofia?— Alexandre, por favor, não grite com ela.— Não se mete garota? Vai agora querer me desautorizar na frente dos outros?— Desde quando você tem alguma autoridade sobre ela? Escuta bem, ninguém aqui vai destratar a Sofia, vamos terminar esse café na cozinha.Então Josefa aparece com os olhos cheios de lágrimas e um telefone nas mãos, ela mão conseguia falar, Tereza olha para ela e a ajuda a se sentar, pois tremia muito.— É do hospital.Tereza, pega o telefone e do outro lado da linha a médica de Eugênia, dando a pior notícia que ela poderia ter…***Narrado por Tereza*** Após aquela discussão com o senhor Alexandre, peguei Sofia e fomos em direção à cozinha, mas antes que entrasse, Josefa aparece com seus olhos tristes e tremendo muito.— Alô?— Tereza é a Mada, infelizmente preciso que compareçam ao hospital, pois acabamos de constatar morte cerebral.— Meu Deus, isso não.Eu tinha passado
***Narrado por Tereza***Os dias seguintes naquela mansão foi devastador, quando a pequena Sofia chegou em casa, eu tive que explicar para aquela pequena garotinha o porquê não poderia mais ver sua avó, ela estava com seus olhos perdidos, e fazia perguntas que eu não conseguia responder.— Por que ela decidiu ir morar com o papai do céu, aqui não era bom?— Ela achou que ele precisava mais de sua ajuda que nós.— Você também vai embora, agora que meu pai vai se casar com a bruxa?— Sofia? De onde tirou isso? Quer dizer não, eu não vou embora querida, melhor não chamar a noiva do seu pai de bruxa.Responde Tereza, achando um pouco de graça na forma de Sofia comentar, sobre Natália, pelo menos foi algo descontraído no momento em que a família Gutierrez passava.Aproveitamos que era sexta-feira e aproveitamos para ficar o final de semana juntas, queria fazer Sofia sofrer o menos possível. Mas para ajudar Natália trouxe sua mudança para a mansão e começou a querer mandar, mas não contava
— Sabia que te encontraria aqui.— Parece a perseguição a minha pessoa virou uma espécie de hobby para o senhor, não é mesmo?— O que acha que vai ganhar com essas regras?— Eu nada, ela não feitas para mim, mas para o senhor e Sofia, se ela estiver feliz para mim já basta, eu juro que saio dessa casa e assino tudo que o senhor quiser.— E vai abrir mão do luxo, conforto e o poder?Tereza coloca a xícara de chá na pia, caminha até Alexandre que estava sentado numa das banquetas, ela respira fundo e parecia cansada de todas as acusações.— Eu não ligo para nada disso, senhor Gutierrez, todas essas coisas são fúteis quando a gente percebe que perdeu tudo, eu sempre fui sozinha, se um dia pudesse fazer um pedido daria tudo que tenho para ter de novo a pessoa que mais me amou nessa vida, mas isso não é possível. É triste ver que o senhor ainda não se deu conta disso, já perdeu sua mãe e está perdendo aos poucos sua filha, estou apenas lhe dando a oportunidade de recuperá-la enquanto ainda
Alexandre, não iria se livrar do final de semana com Sofia, mesmo que não pudesse ir ao cinema, teria que fazer algum passeio com a filha.Então, Tereza, sugere que ele leve Sofia naqueles parques dentro do shopping, ele claro na intensão de fazer Natália se aproximar da filha a convida.Não era difícil perceber que o passeio não agradava em nada a noiva de Alexandre, que ficou o tempo todo tentando convencer o noivo de fazer outra coisa, porem ao chegar no local, ela percebe que poderiam deixar a pequena, enquanto faziam outras coisas.— Moça, por acaso tenho que ficar aqui enquanto ela brinca?— Senhorita, o ideal é que os pais fiquem, pois não temos monitores para acompanhar as crianças.Mas Alexandre também não estava curtindo em ficar ali, observando, mesmo porque, nunca havia participado de qualquer atividade com a filha, acabando de concordar que ficar ali seria tempo perdido.— Bom, Sofia, não tem porque sair daqui, então vamos aproveitar, podemos fazer umas compras e jantar,
***Narrado por Tereza***Não troquei uma só palavra com aqueles dois, tamanho a raiva que sentia, pouco tempo depois eles chegaram, Alexandre querendo se justificar e Natália cheia de sacolas, que nem ao menos se preocupou com que tinha acontecido.Antes de mais nada, pedi que Josefa levasse Sofia, para um banho e a colocasse para dormir, pois estava tão preocupada quando eu saí, que ficou nos esperando na sala, coitada e pelo meu estado de nervosismos, não queria que a pequena visse a discussão.— Tereza, não precisava de tudo isso, afinal aquele lugar é cheio de seguranças.— Ah, cala sua boca, Natália e você, senhor Alexandre, era assim que pretendia se aproximar de sua filha?— Não achei que fosse demorar tanto, eu paguei uma pessoa para cuidar dela.— Esse é seu problema, acha que o dinheiro paga tudo, mas essa responsabilidade era sua, não protele para os outros. Agora se me dão licença, vou ver como Sofia está, espero que tudo isso tenha valido muito a pena, senhor Gutierrez, t
Após ouvir o que a pequena havia lhe contado, Tereza terminou de dar o banho, vestiu um pijama em Sofia, pediu que ficasse brincando, pois iria buscar um leite quente para ela, devido ao horário.A mesma desceu e na sala não havia ninguém, passou resmungando para si mesma andando apressada, pois tinha pressa de voltar antes que Natália e Alexandre descessem para jantar.— Filha, por favor toma esse leite aqui e fique assistindo desenho, eu já volto estar bem?— Onde, você vai mamãe?— Pegar uma cobra ali no quintal, por isso não quero que desça, pois é muito perigoso tá?— Você vai matar ela?— Vou ensinar que não se deve invadir o quintal dos outros, só isso, eu já volto.Após deixar Sofia comendo e ter colocado um desenho, Tereza desce e na sala dá de cara com Natália, que faz um comentário que seria um estopim para a sua fúria— E a pirralha foi fazer alguma reclamação rsrsrs.***Narrado por Tereza***Quando eu vi aquela marca no bumbum de Sofia, senti meu corpo inteiro tremer de r
— Filha, escuta a Natália não é uma má pessoa, apenas não sabe lidar com criança, então por enquanto ela não vai morar aqui.— Ela não vai mais morar aqui?— Não.— A vovó vai voltar um dia, para morar com a gente?— Infelizmente não, vovó agora vai cuidar da gente lá do céu.— E a minha mãe?— Você gosta da Tereza não é?— Sim e muito.Olhei em seus olhos e pude ver um brilho, quando ela falava de Tereza, eu senti um vazio, mas Sofia ainda era muito criança, com certeza não seria difícil reconquistar aquela garotinha. Me ofereci para ajudá-la se vestir, quando Tereza abriu a porta e ficou surpresa por me ver.— Está tudo bem aqui?— Papai veio me ajudar a trocar de roupa.— Está complicado vestir isso, não tenho a mínima ideia como fazer uma trança.Com um sorriso ainda discreto ela se aproximou de nós, Sofia se virou e Tereza com muita paciência começou a explicar como se fazia uma trança, ela começou e eu terminei, confesso que é muito mais fácil negociar uma venda uma saca de café
— Que está acontecendo Natália?— São pagamentos em contas em paraísos fiscais e comissões, feitas dessa forma para não pagar imposto— Como é? Quem autorizou isso? Isso é sonegação, pelo amor de Deus. Sabe o que essa mulher vai falar quando descobrir? Quer me fuder?— Só fiz o que o senhor Hernandez me pediu.— Chame ele aqui agora mesmo.As horas se passavam e Tereza vai embora, precisava pegar Sofia na escola e terminaria de fazer as conferências em casa, porém antes ela passa na sala de Alexandre, a secretária não estava na mesa, então ela bate na porta e abre e vê uma discussão que para ao ver que era ela ali.— Perdão, não tinha ninguém aqui, não queria atrapalhar.— Estou conversando com o nosso assistente fiscal.— Não combinamos de fazer uma reunião?— Sente-se se quiser?— Agora não posso, preciso buscar Sofia na escola, vou fazer meu curso que agora é online. Desculpe o senhor é?— Murillo Hernandez.— Podemos conversar amanhã?— Claro.— Ah, senhor Gutierrez, não esqueça h