— Se eu era a única que não estava prestando atenção no caminho, então você está cega. Se estava me vendo, por que não saiu do lugar? — perguntou Emmy muito chateada.A jovem loira a frente se exasperou sentindo-se ofendida.— E quem é você para achar que pode falar assim comigo? Eu sou a próxima princesa deste reino, não está vendo? — falou alisando o vestido, depois cruzou os braços em frente ao busto com um decote, mostrando os braços em um vestido de alças estreitas.Emmy ficou enciumada com a insinuação da garota de que poderia se casar com o príncipe, seu príncipe, seu noivo e seu Silas.— Sinto lhe informar. Mas só há um príncipe aqui e ele já é comprometido! — disse Emmy dando um passo à frente ameaçadora.A garota sorri com cinismo.— Não é a única mulher que prenderá um príncipe como o Davis. Ela precisaria ser melhor que eu! — falou com desprezo, encarando Emmy de perto. Aquilo só deixou Emmy mais irritada, chamá-lo de Davis com tamanha intimidade.— Ah! Faça-me o favor! O
— Sinto sua falta! — sussurrou ele, mais para si do que para ela. Como se aquela fosse a resposta à sua pergunta.Emmy foi pega de surpresa com suas palavras e o beijo calmo e um tanto desejado. Ela também sentia sua falta, mais do que podia confessar. O beijo não demorou muito, parecia que Silas se controlava de alguma forma. Talvez pelo fato de estar no palácio. Seria a privacidade?Já havia notado que a privacidade ali não existia, ainda mais quando se tratava deles dois. Silas sorri divertido, como se se lê os pensamentos dela.— Não é que eu não queira, nem mesmo seja porque estamos no palácio. Ainda não é a hora certa. — respondeu, vendo Emmy corar sem perceber.— É perfeita corando! — Silas manteve seu sorriso enquanto alisou suas bochechas rosadas com o polegar.— Ah! Para com isso! — pediu ela olhando feio para Silas, fingindo não está corando ainda mais com o toque sutil em sua bochecha.— Humm. Máscara de durona. Eu gosto disso! — disse Silas fitando seus olhos com admiraç
Emmy pediu silêncio antes dela concordar veemente.— Venho mais tarde, vossa alteza! — sussurrou agora.Parecia que Emmy tinha sequestrado o príncipe. O tamanho era o segredo que Ângela saiu correndo.Se bem conhecia a sua empolgação, ela contaria a Madeleine, a governanta da cozinha por assim dizer. Madeleine é uma senhora de cinquenta e dois anos, muito simpática, seu rosto sempre está cheio de rugas de preocupação e raiva, mas quando se dirige a ela toda a imagem parece mudar, totalmente.Já podia vislumbrar uma Ângela pulando no quartinho dos empregados, enquanto contava o que viu a todos os sorrisos, contagiando dona Madeleine também.Voltando sua cabeça para o quarto ela fechou a porta novamente.— Mais uma afetada por sua imagem. — falou Emmy para si mesma antes de se virar.— Eu afetei você? — a voz de Silas deu-lhe um belo susto, mais que o encontrar a observando sentado na cama, com as costas contra a grade.— Quando você...? — Emmy perguntou se aproximando devagar.— Desde
Seus cabelos foram amarrados nos lados, centralizado na parte de trás da cabeça por cima dos fios soltos, que haviam ganhado ondas médias assim como as pontas meio enroladas. O prendedor era de ouro branco adornado de folhas, que tinham no centro esmeraldas brilhantes em cada pecinha dela. O prendedor tinha sete centímetros e ficava bem visível, quase no alto de sua cabeça.Brincos médios com pequenas pedras iguais às do prendedor e um pouco mais escuras que a cor do vestido pendia em suas orelhas; cada um tinha nove pedrinhas em cada fileira, no total eram quatro fileiras carregando essas pedras.Maquiagem simples, por escolha de Emmy, que já estava se achando enfeitada o suficiente, optando pelo de sempre. Base, pó e lápis de olho, sem corretivo ou qualquer coisa parecida. Finalizando com um batom vermelho bem fraco, quase da mesma cor de sua boca. O lápis fora usado apenas para destacar um pouco seus olhos azuis, pois Ângela dizia que eles encantavam qualquer um.O espelho refletia
— Como nos tempos da sege? — Emmy lembra dos livros que lia e filmes antigos.— Quase isso. As carruagens tinham suas vantagens... — murmurou Silas, como se pensasse alto sobre o caso.— Quer reclamar do sol que ainda nem apareceu, vossa alteza? — Emmy brincou o direcionando um meio sorriso.— Parece que sim! — ele gargalhou gostando do clima entre eles.Emmy se permitiu aproveitar aquele som gostoso que só ele conseguia fazer quando gargalhava. Era narcótico, hipnotizante, assim como seus olhos que se estreitam mais, junto com suas sobrancelhas que relaxavam quando eles diminuíram em um sorriso sincero e gostoso, ao som rouco que fazia o coração de Emmy derreter.O caminho percorrido não era longo, mas também não era menos tenso.Assim que a parte de cima da limusine foi aberta, Emmy sentiu suas mãos suarem. Suas entranhas se remexeram de uma forma estranha e desconfortável, o frio se espalhou por sua barriga assim como entrou pelo teto. Mas as mãos soavam como se estivesse fazendo
Por sorte não foram feitas perguntas direcionadas a ela. Era bem notável que Josh, a mando de Silas, tivesse cuidado da parte em questão antes de tudo aquilo, não era atoa que Silas respondia várias perguntas que poderiam ser respondidas pelos dois.Emmy sentia-se agradecida de alguma forma, mas também sabia que não poderia fugir daquilo para sempre. Naquele momento aproveitava para observar tudo à sua volta, assim como as expressões das pessoas, até descobrir o que elas murmuravam entre elas.***A viagem de volta foi mais calma. Emmy estava confortável, tudo já havia passado sem nenhuma surpresa.— Eles gostaram de você. — comentou Silas.— Por que pensa assim? — perguntou curiosa. Dando-lhe total atenção.— Todas aquelas perguntas eram para conhecê-la melhor. — deu-lhe um sorriso carinhoso. — É mais fácil quando se tem pelo menos um traço de sua personalidade para criar a imagem real. — respondeu calmo.— Pesquisaram bastante sobre nós. — Emmy se divertiu com o pensamento, pois el
Feliz com a notícia, ela não conseguiu evitar fazer planos para a outra semana, era libertador. A sensação que às vezes o Palácio a trazia, era de que ela estava presa em uma masmorra e só saia pelos corredores para esticar as pernas ou tomar sol, como uma verdadeira detenta.Uma imensa vontade de estar com seu noivo cresceu em seu peito, porém, como todas as outras vezes ela teria que silenciá-la, trancá-la por um tempinho. A diferença era que tinha data marcada para sua libertação. Nem mesmo o medo de não ser a esposa ideal para um príncipe a desencorajou desta vez, ela faria de tudo para ser melhor.Depois de um dia cheio de inseguranças antes da notícia de Ângela, ela finalmente conseguiu encarar a janta em grupo, seu principal alvo, como sempre, era vê-lo, pelo menos por alguns minutos, seu príncipe. Como sempre, ele a esperou com um sorriso enquanto afastava sua cadeira ao encontro da mesa, a cumprimentou com carinho e acariciou sua mão por baixo da mesa. Era tradição para quan
Ele estava lindo, um conjunto azul escuro de terno, com um uma espécie de capa longa da mesma cor, com as bordas recheadas de pelos artificiais, aparentemente muito sedosos, uma coroa pequena de diamantes azuis, a maioria pequenos, brilhava em cima de seus negros lisos, que escapavam pela testa para dá mais charme a sua imagem. Como se testasse sua sanidade, um sorriso branco e magnífico apitou na sua direção. Suas bochechas queimaram, mas seus olhos não conseguiam deixar de admirá-lo. A multidão de cada lado não existia, era apenas ele aos pés do pequeno altar da igreja luxuosa.Seus olhos brilhavam, seu coração queria sair do seu peito, batendo incansavelmente em seus ouvidos. As mãos ameaçavam suar dentro das luvas agarradas aos seus dedos que apertavam o tecido fino do vestido, todo rendado exteriormente por lindas rosas brancas quase invisíveis. A cada passo que ela dava à frente a cauda longa parecia pesar uma tonelada atrás, como se quisesse puxá-la de volta para a porta da ig