Seus cabelos foram amarrados nos lados, centralizado na parte de trás da cabeça por cima dos fios soltos, que haviam ganhado ondas médias assim como as pontas meio enroladas. O prendedor era de ouro branco adornado de folhas, que tinham no centro esmeraldas brilhantes em cada pecinha dela. O prendedor tinha sete centímetros e ficava bem visível, quase no alto de sua cabeça.Brincos médios com pequenas pedras iguais às do prendedor e um pouco mais escuras que a cor do vestido pendia em suas orelhas; cada um tinha nove pedrinhas em cada fileira, no total eram quatro fileiras carregando essas pedras.Maquiagem simples, por escolha de Emmy, que já estava se achando enfeitada o suficiente, optando pelo de sempre. Base, pó e lápis de olho, sem corretivo ou qualquer coisa parecida. Finalizando com um batom vermelho bem fraco, quase da mesma cor de sua boca. O lápis fora usado apenas para destacar um pouco seus olhos azuis, pois Ângela dizia que eles encantavam qualquer um.O espelho refletia
— Como nos tempos da sege? — Emmy lembra dos livros que lia e filmes antigos.— Quase isso. As carruagens tinham suas vantagens... — murmurou Silas, como se pensasse alto sobre o caso.— Quer reclamar do sol que ainda nem apareceu, vossa alteza? — Emmy brincou o direcionando um meio sorriso.— Parece que sim! — ele gargalhou gostando do clima entre eles.Emmy se permitiu aproveitar aquele som gostoso que só ele conseguia fazer quando gargalhava. Era narcótico, hipnotizante, assim como seus olhos que se estreitam mais, junto com suas sobrancelhas que relaxavam quando eles diminuíram em um sorriso sincero e gostoso, ao som rouco que fazia o coração de Emmy derreter.O caminho percorrido não era longo, mas também não era menos tenso.Assim que a parte de cima da limusine foi aberta, Emmy sentiu suas mãos suarem. Suas entranhas se remexeram de uma forma estranha e desconfortável, o frio se espalhou por sua barriga assim como entrou pelo teto. Mas as mãos soavam como se estivesse fazendo
Por sorte não foram feitas perguntas direcionadas a ela. Era bem notável que Josh, a mando de Silas, tivesse cuidado da parte em questão antes de tudo aquilo, não era atoa que Silas respondia várias perguntas que poderiam ser respondidas pelos dois.Emmy sentia-se agradecida de alguma forma, mas também sabia que não poderia fugir daquilo para sempre. Naquele momento aproveitava para observar tudo à sua volta, assim como as expressões das pessoas, até descobrir o que elas murmuravam entre elas.***A viagem de volta foi mais calma. Emmy estava confortável, tudo já havia passado sem nenhuma surpresa.— Eles gostaram de você. — comentou Silas.— Por que pensa assim? — perguntou curiosa. Dando-lhe total atenção.— Todas aquelas perguntas eram para conhecê-la melhor. — deu-lhe um sorriso carinhoso. — É mais fácil quando se tem pelo menos um traço de sua personalidade para criar a imagem real. — respondeu calmo.— Pesquisaram bastante sobre nós. — Emmy se divertiu com o pensamento, pois el
Feliz com a notícia, ela não conseguiu evitar fazer planos para a outra semana, era libertador. A sensação que às vezes o Palácio a trazia, era de que ela estava presa em uma masmorra e só saia pelos corredores para esticar as pernas ou tomar sol, como uma verdadeira detenta.Uma imensa vontade de estar com seu noivo cresceu em seu peito, porém, como todas as outras vezes ela teria que silenciá-la, trancá-la por um tempinho. A diferença era que tinha data marcada para sua libertação. Nem mesmo o medo de não ser a esposa ideal para um príncipe a desencorajou desta vez, ela faria de tudo para ser melhor.Depois de um dia cheio de inseguranças antes da notícia de Ângela, ela finalmente conseguiu encarar a janta em grupo, seu principal alvo, como sempre, era vê-lo, pelo menos por alguns minutos, seu príncipe. Como sempre, ele a esperou com um sorriso enquanto afastava sua cadeira ao encontro da mesa, a cumprimentou com carinho e acariciou sua mão por baixo da mesa. Era tradição para quan
Ele estava lindo, um conjunto azul escuro de terno, com um uma espécie de capa longa da mesma cor, com as bordas recheadas de pelos artificiais, aparentemente muito sedosos, uma coroa pequena de diamantes azuis, a maioria pequenos, brilhava em cima de seus negros lisos, que escapavam pela testa para dá mais charme a sua imagem. Como se testasse sua sanidade, um sorriso branco e magnífico apitou na sua direção. Suas bochechas queimaram, mas seus olhos não conseguiam deixar de admirá-lo. A multidão de cada lado não existia, era apenas ele aos pés do pequeno altar da igreja luxuosa.Seus olhos brilhavam, seu coração queria sair do seu peito, batendo incansavelmente em seus ouvidos. As mãos ameaçavam suar dentro das luvas agarradas aos seus dedos que apertavam o tecido fino do vestido, todo rendado exteriormente por lindas rosas brancas quase invisíveis. A cada passo que ela dava à frente a cauda longa parecia pesar uma tonelada atrás, como se quisesse puxá-la de volta para a porta da ig
De repente braços fortes abraçaram seu corpo trêmulo sem aviso. Sem forças para protestar, ela apenas sentiu o perfume que tanto almejava sentir. O impossível aconteceu... seu soluço diminuiu, sua paz perturbada estava retornando aos poucos, o medo era o único que ainda permanecia forte. Aquele capaz de abalar sua estrutura espiritual.Seus braços soltaram os joelhos que baixaram deslizando junto com o lençol sobre a cama.— Xiii... eu estou aqui! — como se soubesse exatamente o motivo do seu choro, do seu medo.Emmy não fazia ideia de quando ele havia chegado ali, estava abalada demais para escutar seus passos no escuro.Sua voz sedosa, apesar da preocupação, era bem-vinda. Mais que tudo ela o queria perto, como uma alma perturbada deseja o céu. Seu choro cessou. O tremor que ela nem sabia que estava acontecendo no seu corpo, parou aos poucos enquanto ela estava em seus braços. A vontade era de abraçá-lo de volta, mas ela tinha em mente a realidade triste, ela estava ensopada de su
Alguém bateu na porta:— Está na hora de levar a vossa alteza para a igreja. Se apresse! — Emmy não reconheceu a voz de quem havia falado do outro lado, mas ficou atenta com suas palavras.— Já estou lá! — Ângela falou sorrindo. Arrumou levemente seu vestido bege com detalhes verdes pela barra solta. Não estava sujo ou amassado, era apenas ansiedade de ver sua conquista dali a pouco.Emmy riu, se divertindo enquanto tentou tampar a boca para que não o fizesse alto, no entanto lembrou imediatamente que não iria querer a marca do seu batom no tecido tão branco do vestido. Alguém a mataria se isso acontecesse, fora ela mesma. Ângela sentiu seu rosto corar e logo tratou de sorrir. — Vamos, vossa alteza! O príncipe deve estar ansioso aos pés do altar. — ela mudou a direção rapidamente, tirando a atenção dela.Emmy parou de rir imediatamente, até parecia que não o tinha feito a poucos segundos. Na realidade ela estava ansiosa, estava com medo e feliz ao mesmo tempo. Finalmente poderia fi
Algo em seu interior mudou quando ela notou que havia conseguido, ambos estavam casados, ele era dela, de alguma forma, era. Um sorriso tímido apareceu em seus lábios quando sua aliança brilhou enquanto seus dedos levantaram o véu que cobria seu rosto.O veredito havia sido dado. A primeira missão depois da promessa de viverem juntos até o fim dos seus dias era selar a união com um beijo. Na frente de todos e diante dos olhos do bispo, padre, rei e rainha.Silas segurou seu rosto com delicadeza enquanto se aproximava. O sangue pareceu esquentar nas suas veias, seu rosto devia ter ganhado uma tonalidade diferente da maquiagem, ou talvez até mais forte, pois, seu companheiro sorriu como se considerasse fofo, não estando nada surpreso.Seus lábios rosados encontraram os dela. O mundo pareceu evaporar, quando publicamente seus lábios se encaixaram nos seus, iniciando um breve beijo, parecia eterno, queria que fosse eterno. Sua imaginação iria prolongá-lo por muito tempo. Novamente, a sal