Feliz com a notícia, ela não conseguiu evitar fazer planos para a outra semana, era libertador. A sensação que às vezes o Palácio a trazia, era de que ela estava presa em uma masmorra e só saia pelos corredores para esticar as pernas ou tomar sol, como uma verdadeira detenta.Uma imensa vontade de estar com seu noivo cresceu em seu peito, porém, como todas as outras vezes ela teria que silenciá-la, trancá-la por um tempinho. A diferença era que tinha data marcada para sua libertação. Nem mesmo o medo de não ser a esposa ideal para um príncipe a desencorajou desta vez, ela faria de tudo para ser melhor.Depois de um dia cheio de inseguranças antes da notícia de Ângela, ela finalmente conseguiu encarar a janta em grupo, seu principal alvo, como sempre, era vê-lo, pelo menos por alguns minutos, seu príncipe. Como sempre, ele a esperou com um sorriso enquanto afastava sua cadeira ao encontro da mesa, a cumprimentou com carinho e acariciou sua mão por baixo da mesa. Era tradição para quan
Ele estava lindo, um conjunto azul escuro de terno, com um uma espécie de capa longa da mesma cor, com as bordas recheadas de pelos artificiais, aparentemente muito sedosos, uma coroa pequena de diamantes azuis, a maioria pequenos, brilhava em cima de seus negros lisos, que escapavam pela testa para dá mais charme a sua imagem. Como se testasse sua sanidade, um sorriso branco e magnífico apitou na sua direção. Suas bochechas queimaram, mas seus olhos não conseguiam deixar de admirá-lo. A multidão de cada lado não existia, era apenas ele aos pés do pequeno altar da igreja luxuosa.Seus olhos brilhavam, seu coração queria sair do seu peito, batendo incansavelmente em seus ouvidos. As mãos ameaçavam suar dentro das luvas agarradas aos seus dedos que apertavam o tecido fino do vestido, todo rendado exteriormente por lindas rosas brancas quase invisíveis. A cada passo que ela dava à frente a cauda longa parecia pesar uma tonelada atrás, como se quisesse puxá-la de volta para a porta da ig
De repente braços fortes abraçaram seu corpo trêmulo sem aviso. Sem forças para protestar, ela apenas sentiu o perfume que tanto almejava sentir. O impossível aconteceu... seu soluço diminuiu, sua paz perturbada estava retornando aos poucos, o medo era o único que ainda permanecia forte. Aquele capaz de abalar sua estrutura espiritual.Seus braços soltaram os joelhos que baixaram deslizando junto com o lençol sobre a cama.— Xiii... eu estou aqui! — como se soubesse exatamente o motivo do seu choro, do seu medo.Emmy não fazia ideia de quando ele havia chegado ali, estava abalada demais para escutar seus passos no escuro.Sua voz sedosa, apesar da preocupação, era bem-vinda. Mais que tudo ela o queria perto, como uma alma perturbada deseja o céu. Seu choro cessou. O tremor que ela nem sabia que estava acontecendo no seu corpo, parou aos poucos enquanto ela estava em seus braços. A vontade era de abraçá-lo de volta, mas ela tinha em mente a realidade triste, ela estava ensopada de su
Alguém bateu na porta:— Está na hora de levar a vossa alteza para a igreja. Se apresse! — Emmy não reconheceu a voz de quem havia falado do outro lado, mas ficou atenta com suas palavras.— Já estou lá! — Ângela falou sorrindo. Arrumou levemente seu vestido bege com detalhes verdes pela barra solta. Não estava sujo ou amassado, era apenas ansiedade de ver sua conquista dali a pouco.Emmy riu, se divertindo enquanto tentou tampar a boca para que não o fizesse alto, no entanto lembrou imediatamente que não iria querer a marca do seu batom no tecido tão branco do vestido. Alguém a mataria se isso acontecesse, fora ela mesma. Ângela sentiu seu rosto corar e logo tratou de sorrir. — Vamos, vossa alteza! O príncipe deve estar ansioso aos pés do altar. — ela mudou a direção rapidamente, tirando a atenção dela.Emmy parou de rir imediatamente, até parecia que não o tinha feito a poucos segundos. Na realidade ela estava ansiosa, estava com medo e feliz ao mesmo tempo. Finalmente poderia fi
Algo em seu interior mudou quando ela notou que havia conseguido, ambos estavam casados, ele era dela, de alguma forma, era. Um sorriso tímido apareceu em seus lábios quando sua aliança brilhou enquanto seus dedos levantaram o véu que cobria seu rosto.O veredito havia sido dado. A primeira missão depois da promessa de viverem juntos até o fim dos seus dias era selar a união com um beijo. Na frente de todos e diante dos olhos do bispo, padre, rei e rainha.Silas segurou seu rosto com delicadeza enquanto se aproximava. O sangue pareceu esquentar nas suas veias, seu rosto devia ter ganhado uma tonalidade diferente da maquiagem, ou talvez até mais forte, pois, seu companheiro sorriu como se considerasse fofo, não estando nada surpreso.Seus lábios rosados encontraram os dela. O mundo pareceu evaporar, quando publicamente seus lábios se encaixaram nos seus, iniciando um breve beijo, parecia eterno, queria que fosse eterno. Sua imaginação iria prolongá-lo por muito tempo. Novamente, a sal
A mulher mais bonita de todas agora descia as escadas com elegância, chamando atenção de todos ao seu redor. Todos tinham olhos para ela, sua beleza não passou despercebida, nem mesmo o brilho ansioso no fundo, de seus olhos azuis.A boca ficou seca de repente, ela estava o tirando o ar, o deixando ansioso. Sua presença certamente tirara o foco de tudo. Não conseguiria pensar em mais nada, a não ser a mulher a sua frente, acabando com a distância entre eles.Como na primeira noite em que se conheceram, ele segurou na ponta de seus dedos com a sua mão direita, curvou-se um pouco levando a mesma a encontro de seus lábios, já tendo a sua esquerda atrás das costas para beijar o dorso de sua mão direita. Sem tirar os olhos dos dela ele a viu se curvar com elegância, enquanto ele tomava a postura quando a ofereceu o braço esquerdo, para pôr a mulher ao seu lado passando seu antebraço ao dele, entrelaçando os dedos aos seus.Sua mão estava quente, seus olhos estavam cheios de um brilho difer
Pelo menos uma curta frase em meio a milhões pode ser descarregada da mente dele para ser ouvida por ela.Ele não deixou de notar que sua aproximação, seguida do som baixo da voz, a fez arrepiar, sorrir internamente pelo seu poder sobre a mulher.— Aonde vamos? — ela perguntou baixinho, tentando disfarçar o que havia acontecido, apesar de tudo.Silas apenas sorriu em resposta, um sorriso sedutor que fez as borboletas adormecidas despertarem, batendo asas freneticamente. Emmy quase duvidava que ainda conseguiria caminhar, ela estava sujeita a ele. Educadamente ele pediu licença a todos, Emmy fez o mesmo após avisar que se retirariam do meio delas. Iniciaram os passos para longe do grupo. Agora Ângela e José poderiam fazer o mesmo e ter a tão sonhada conversa privada entre eles, já que sua alteza havia se retirado do meio deles. A atriz sentiu que o salto parecia pesar uma tonelada enquanto suas pernas viravam gelatinas gradualmente, estava tão difícil de caminhar com tudo aquilo acon
Mais calmo que nunca, ele seguia com sua tortura, hora ou outra a olhava, seria alguma forma de precaução? Atencioso era mais uma de suas muitas qualidades.Chegando até os limites de suas coxas, ele interrompeu a ação, para deslizar suas mãos por cima do tecido até os braços, respeitando os limites, por hora não passaria dali. Voltou para cima dela a beijando novamente.Se perguntando se aquele beijo era um pedido silencioso de acesso, ela aproveitou, iria se aventurar também.Suas mãos foram ao encontro dos botões de sua vestimenta real. Soltou os quatro botões grandes, para só então, ter acesso à parte de dentro, o afastando de seu corpo. Devagar ele a auxiliava a se livrar daquela roupa grossa cheia de adereços reais. Para infelicidade de Emmy, ainda havia um colete por baixo, a qual ela teria que se livrar, para só então tirar a última peça e finalmente ver seu tronco.Se livrando dos quatro pequenos botões com mais dificuldade, ela sorri entre seus beijos.— Ainda falta uma. — r