CAPÍTULO 07
Lúcia Russo. — QUE INFERNO, ROMEO! QUAL O PROBLEMA DESSE COWBOY? — comecei a atacar as coisas da mesa em cima do infeliz do Romeo, quem sabe não diminuiria um pouco da minha raiva. — Que isso, chefe! Eu não cometi nenhum erro, me deixe fora disso! Vai acabar furando o meu olho, aí! Caramba, tá irritada com o quê, afinal? — ele perguntou, e fiquei com as mãos em cima da mesa, o tronco levemente abaixado, e o olhei com muita raiva, e ele ergueu as mãos, e as sobrancelhas, se afastando um pouco, com alguns passos para trás. — Aquele cretino me rejeitou, Romeo! Me rejeitou! — bati com as mãos na mesa, e virei de costas, perigoso eu até quebrar um dente de tanta raiva. — Vou torturá-lo! — decidi, de cabeça erguida. — Olha, chefe... eu não sei qual é a sua verdadeira intenção... mais... de uma coisa eu entendo, e homem sob pressão, ou tortura, não fica duro! A não ser que a pressão seja tentadora e sexy! Acho que a falta de sexo tá afetando o seu raciocínio! — ele mal falou, e voei até ele, apertando o seu pescoço, mas percebi que ele tinha razão, então o soltei. — Você tem razão! Terei que mudar as táticas! — falei, e ele levou as mãos até o pescoço. — Caramba, chefe! Ainda bem que o teu pai aumentou o meu salário, se não eu iria embora, olha como me trata, por pouco não me mata! — Resmungou, e agora até me fez rir. — Me poupe Romeo! Você não consegue se ver livre de mim! É bem capaz de querer pagar para trabalhar, que eu sei! Agora me deixe sozinha! Preciso de um drink para relaxar, e acho que vou chamar o Anderson de novo! Traga o meu celular, e por hoje pode soltar o cowboy para tomar um banho e comer! Não o quero por enquanto, preciso me desestressar primeiro! — falei ao sentar na minha cadeira confortável. — Certo chefe, aqui está o celular! Vou lá soltar o cowboy, e boa sorte! — Romeo falou, e saiu. Peguei o meu celular e disquei para o Anderson, o convidando para uma noite no meu apartamento. Não ficarei com ele no mesmo lugar que está o cowboy, só preciso aliviar um pouco do meu estresse, mas com esse homem que está aqui a conversa é um pouco diferente, ele me intriga muito. Antes de sair, passei pela porta do quarto aonde está o Lucas, mas me neguei a espiar ou entrar lá dentro, por hoje já estou bem satisfeita com a rejeição que levei, e ficarei com alguém que queira ficar comigo. O Anderson é bem o meu estilo. Ele conhece grande parte do que eu sou, assim como o Matt também conhecia, mas como ele já casou com a Bia, tudo ficou no passado, e agora só estou preocupada em curtir. No meu apartamento pequeno, é aonde vivo as minhas mais loucas aventuras sexuais, tenho todos os tipos de objetos que se poderia ser usado na cama, inclusive alguns de tortura, embora eu hesite usá-los. Assim que o Anderson entrou, me deu uma sensação esquisita. Parece que o meu corpo estava querendo rejeitá-lo “isso só pode ser maldição!“ Penso. — E, aí gostosa? Sentiu saudades do papai aqui? — me olhou conquistador, ele é um homem bonito, negro, cabelo raspado, somos bons na cama, e em outros lugares também! Eu só preciso começar, e vai ser tudo como antes... “foco Lúcia, você consegue tudo o que quer!“ Penso. O safado já veio com as mãos em mim, uma no meio das minhas pernas, e outra na bunda, mas diferente de antes, eu fiquei irritada, tentei segurar o estado de espírito, mas foi inútil. — Tá tudo bem, gata? Está seca, perdeu a vontade? — perguntou fazendo bico, e me olhando, mas parecia que eu estava vendo o rosto, e o chapéu daquele cowboy dos infernos, aqueles olhos claros, e brilhantes, o sorriso que só presenteia aos outros, pois parece que me odeia... “droga, mas que azar o meu!“ — pensei. — Acho que estou estressada! Você pode me ajudar com isso? — perguntei, e ele sorriu safado, me ergueu pela cintura, e me levou para o quarto, que ele já conhece bem. — Se quiser podemos chamar mais um, ou também posso te beijar, é só dizer... — me colocou na cama. — Nada disso! Sabe como gosto, e nada de beijos! — eles sabem que não beijo nenhum, e até agora não entendo porque tenho vontade de beijar o Lucas! Na verdade, eu queria que “ele” me beijasse... me pegasse daquele jeito outra vez, e me fizesse envergar pra trás com o seu corpo de novo, e eu sentisse a sua língua chupando a minha daquele jeito, o seu corpo sarado, e muito quente... me lembro da minha mão no seu p@u, e fico até sem ar... Senti a minha calcinha sendo puxada, mas eu já não queria mais ficar ali, e precisava tentar de novo, era o corpo dele que eu queria... o cowboy metido a santo dos infernos... era a boca dele que eu precisava com urgência, na minha boca, e já sonho com ela no meu corpo... era ele, não o Anderson! — Para! Já chega! Vamos embora! Eu sinto muito, mas hoje estou com dor de cabeça! — vesti a minha calcinha de novo, e me levantei. — O que eu fiz de errado? Nunca te vi assim! — perguntou ele. — Vai embora, Anderson! Eu também já vou, mas agora preciso ficar sozinha! — falei e ele cruzou os braços no meio do quarto, e já me irritei mais. — Vai me contar qual o problema? — perguntou, e já abri a gaveta tirando a minha 357 que estava guardada, e ergui na sua direção. — Eu mandei ir embora! Que parte não entendeu? Porque a minha paciência está zero! — ele ergueu as mãos, acho que agora entendeu o recado, e se afastou. — Tudo bem, meu doce de coco! Já entendi... Acompanhei ele até a saída, como uma boa anfitriã, e me senti aliviada quando tranquei a porta. Joguei a arma no sofá, e peguei uma garrafa de vinho do armário, e virei. Não passou dez minutos, e eu já havia acabado com a garrafa, agora vou procurar o meu cowboy.... — Romeo! — ligo para o meu consiglieri, que está cuidando do andar de baixo pra mim. — Fala chefe! O boy foi cedo, não é? — Cala a boca, Romeo! E, vem me buscar aqui em cima, que fiquei um pouco zonza! Quero que me leve pra casa! — falei, e desliguei. Romeo me ajudou a voltar pra casa, e quando cheguei já estava melhor, ele quis me levar até o quarto, mas eu o empedi. — Não vai dormir, chefe? Já bebeu bastante, deveria descansar para trabalhar melhor amanhã! — ele falou, e me irritei. — Me deixa em paz! Vou pra onde eu tenho vontade! E, hoje eu vou dormir com o cowboy! — o empurrei e entrei no quarto dele, estava um silêncio, e eu deitei na cama... “aquele cowboy é meu, só meu...“ penso.CAPÍTULO 08 Lucas Rodrigues . Aquela doida saiu e não voltou mais. Só que o cheiro da safada ficou no quarto, e num tinha como esquecer que ela estave aqui, e o pior é que aquele chero lembra a minha terra, tem um local aonde passeio com o trovão, que tem vários tipo delas, consigo identificar a cada uma, e esse chero é igual o das orquídeas rosas, e roxas. Eu estava preso, com até a bota em cima da cama, o meu chapéu havia saído da cabeça e caído do lado, e com o passá do tempo eu já conseguia me mexer bem, mas estava ficando muito disconfortável. Olhei para todos os lados, e não vi nada que eu pudesse fazê, nem levantá dava, eu precisaria observar tudo, e montá uma estratégia, talvez convencê a muié a me soltá, quem sabe? Eu ainda num entendi qual é a dela. Dinheiro, eu sei que ela tem, e macho também... que diacho qui ela qué comigo? Deixasse eu em pais, lá na fazenda, cuidando das vaca e do trovão, qual o pobrema dela? Bufei estressado, pois ficar pre
CAPÍTULO 09 Lúcia Russo Abro os olhos devagar, e a minha cabeça está rodando! Eu nem bebi tanto, mas que droga... parece que um caminhão passou por cima de mim. Tive um sonho esquisito aonde eu dormia nos braços do cowboy, que louco, nunca durmo assim com ninguém, o meu estilo é apenas sexual, acho que a minha mente está me trapaceando! Fui esticar os meus braços, e levei um susto... — Caralho quer morrer? — falei ao encostar no cowboy, e... — puta que pariu! Você pelo jeito gosta de brincar com a morte, não é? Como conseguiu me algemar? — perguntei completamente irritada, tentando puxar aquela coisa, mas conheço muito bem, não solta sozinha, aí que ódio! — Ocê marcô, e eu aproveitei! Ninguém mandô bebê, enchê os córno de cachaça, e falá um monte de merda! Aliás... acabei de lembrá, ocê precisa memo dum médico da cabeça, ocê num bate bem! — sentou na cama com o meu roupão, colocando as mãos pra trás, parecia curtir o meu nervosismo. — ME SOLTA, AGORA
CAPÍTULO 10 Lúcia Russo Eu fiquei até sem ar... não me lembrava que os quartos daqui eram tão abafados! Fiquei em silêncio, mas sabia que precisava enrolar o máximo possível aquele cowboy safado, quanto mais ele desfilasse daquele jeito, mais eu aproveitaria um acordo que tenho certeza que vou me ferrar, mas já posso dizer que mesmo assim, vou me ferrar satisfeita, até aqui já valeu a pena, pelo menos agora eu tenho certeza que estou buscando no caminho certo! Agora entendo um pouco da ira dele naquele dia... de achar que ele tinha pinto pequeno! — Tá boa a vista aí? — perguntou descarado, e acho que esse é o primeiro homem além do meu pai que viu Lúcia Russo se calar... como falar algo? Quando estou olhando para um homem perfeito, com o corpo todo quadriculado de tanto exercício pesado, barriga tanquinho, com aquelas duas entradas nos músculos da barriga, coxas levemente inchadas, me lembro de quando usava aquele jeans colado na festa... aquele sorriso safado, pa
CAPÍTULO 11 Lucas Rodrigues Na situação em que tô, preciso jogá com todas as arma que tenho! É claro que já entendi tudo o que aquela muié quer, mas se eu quero um dia voltá pra casa, preciso jogá direito, o trovão já deve tá sentindo muito a minha falta. Se ela sabe jogá, eu também sei... já tive o meu curto período de farra, sei como uma muié do tipo dela gosta, memo achando errado, eu sei, e usei desses acordo pra podê escapá dela naquele concurso, tem que existí um jeito, e quando eu tivé lá, eu vô sabê. Eu nem tinha a chave das mardita algema, mas dizem que no jogo e no amor vale tudo, então eu joguei e consegui! Ela deve tá querendo me torturá agora, mas ela prometeu se controlá, espero que seja de palavra. Bati na porta com força, enquanto ouvia ela gritá, e esperneá, e logo um dos homi de preto abriu. — Chama o Romeo pra nois? — perguntei, e ela gritô: — ISAQUE! ME TIRA DAQUI! ME TIRA DAQUI, AGORA! — Caramba, como isso aconteceu? —
CAPÍTULO 12 Lucas Rodrigues — Irmão, você está a cada dia mais gato, por isso a Lúcia te agarrou! Certeza que ganha esse concurso! — a Beatriz me falô, quando a gente já conseguia respirá. Ela pegava nos meus braço, e me apertava animada, e eu ia respondê, mas a Lúcia se atravessô. — Sim, cunhada! Ele é um gato, preciso ficar de olho, não vou nem soltar da mão dele, olha! — ergueu as nossas mão grudada, e quando oiei pra ela, me deu um sorriso falso, mexendo a sobranceia, até parece que é verdade, aposto que Beatriz num cai nessa. — Beatriz, só pra ficá claro, ninguém tá namorando aqui! A Lúcia tá brincando, a gente somos só amigo! Fala pra eles muié! — oiei pra ela, intimidando, mas o Matt também resolveu tirá o dia pra me atazaná. — Não vai no embalo da Lúcia, não! Se ela mudou o status de relacionamento, aproveite! Nunca vi ela fazendo isso, ela deve estar gostando mesmo de você! “Se gostava tanto dela, porquê num pegô pro cê?“ Pensei, mas dexei q
CAPÍTULO 13 Lúcia Russo Eu adorei que as coisas tenham saído da forma como saiu. Essa pode ser considerada uma das poucas vezes em que eu não preciso fazer quase nada, e parece que o destino conspira a meu favor. Eu sei que já havia convidado o Matthew e a Bia para o evento, e eles haviam confirmado presença, de certa forma eu deixei muito bem organizado, não gosto de nada pela metade, então seria perfeito se a família dele acreditasse na situação, e eu praticamente ria por dentro por ver que tudo estava indo muito melhor do que eu esperava, os repórteres, a situação... estaria tudo perfeito, se ele tivesse cedido. Eu bem que tentei de tudo dentro daquele elevador, eu consegui sentir que ele estava diferente. Uma mulher experiente sabe quando um homem está interessado ou não, e dessa vez o corpo dele dava sinais de que ele estava na minha, estava suando, as mãos firmes, e as veias do braço saltadas, a minha mente foi diretamente para as outras vei
CAPÍTULO 14 Lucas Rodrigues Fui pelas grade. Num foi difícil, pois tenho força nos braço, então até que foi tranquilo. Quando pulei para o próximo andar, percebi que a camisa estava muito justa, então como tava rasgada, eu arranquei duma veis e joguei lá pra baixo. O meu chapéu também acabô caindo, mas tudo bem, ele nem era meu de verdade, já que a orquídea que comprô. Eu nem oiei para cima mais, se eu queria descê logo, precisava me concentrá, então fui com cuidado descendo aquele monte de andar, que era alto pra dedéu. Faltando dois deles, achei mió pulá naquela piscina, era mais rápido. Mais vi um veinho naquele andar, e ficô assustado. — O que está fazendo meu filho, você vai pular daí? Desce, é perigoso! — falou. — Calma! Eu só quero fugí duma equipe perigosa que tá atrais de mim, preciso pulá! — falei, e ele levou as duas mão até a boca, e fez movimentos cum a cabeça concordando, e só então eu saltei, e vi que o veinho entrou para den
CAPÍTULO 15 Lúcia Russo Eu nem acreditei quando percebi que o cowboy voltou para me socorrer. Talvez ainda haja uma luz no fim do túnel, e ele tenha resolvido me dar uma chance. Eu só quero uma noite com ele, e depois o deixarei ir, pois ele não quer nada comigo, e está tirando o meu foco das coisas. Hoje eu estava completamente fora de si, não prestei atenção a todos os acontecimentos como deveria, se tivesse prestado, ele não teria fugido e nem muito menos eu teria caído desse jeito, e isso para mim é um problema muito grande, se o meu pai ficar sabendo certamente irá querer tomar alguma providência. Me senti segura quando ele me prometeu ficar perto de mim. Tá certo que ninguém nunca fez isso por mim, mais um pouco foi porque também nunca pedi. Mas nem digo mais nada em relação a isso, pois no momento é o que eu mais desejo. Abra os meus olhos devagar e percebo que estou em um hospital. Levanto a cabeça aos poucos tentando me sentar, e me assusto ao ver