CAPÍTULO 09
Lúcia Russo Abro os olhos devagar, e a minha cabeça está rodando! Eu nem bebi tanto, mas que droga... parece que um caminhão passou por cima de mim. Tive um sonho esquisito aonde eu dormia nos braços do cowboy, que louco, nunca durmo assim com ninguém, o meu estilo é apenas sexual, acho que a minha mente está me trapaceando! Fui esticar os meus braços, e levei um susto... — Caralho quer morrer? — falei ao encostar no cowboy, e... — puta que pariu! Você pelo jeito gosta de brincar com a morte, não é? Como conseguiu me algemar? — perguntei completamente irritada, tentando puxar aquela coisa, mas conheço muito bem, não solta sozinha, aí que ódio! — Ocê marcô, e eu aproveitei! Ninguém mandô bebê, enchê os córno de cachaça, e falá um monte de merda! Aliás... acabei de lembrá, ocê precisa memo dum médico da cabeça, ocê num b**e bem! — sentou na cama com o meu roupão, colocando as mãos pra trás, parecia curtir o meu nervosismo. — ME SOLTA, AGORA! É UMA ORDEM! EU VOU GRITAR, E OS MEUS HOMENS VIRÃO ATÉ AQUI, E DESSA VEZ NÃO SEREI BOAZINHA! — eu estava possessa! A vontade era de arrancar com os dentes, comecei a erguer a bunda, mas o infeliz do cowboy havia prendido os meus pés também, que ódio, quando foi que fiquei descuidada assim? Papá se ficar sabendo vai querer me mandar para treinamentos novos! Preciso ser mais esperta, nunca fui assim... — Óia... mió se acalmar! Quero só conversá, ocê precisa entendê umas coisa! — falou ele, e eu respirei fundo, tentando me concentrar, e com os dentes serrados, tentei falar calmamente... — Lucas, me solta daqui, agora! — Sabe que assim presa, ocê fica mais bunita? Consigo sentí o teu chero de orquídea rosa, e ocê num pode fazê nada! Viu como eu me sinto? — cheirou o meu pescoço, e eu não sabia se queria o matar, ou que ele me matasse... mas de prazer! — Orquídea rosa? Que história é essa? E, porquê fica me cheirando se diz que não me quer? — perguntei ainda sentindo o esquentar do rosto dele no meu pescoço, e só agora reparei que o cowboy está sem o chapéu... — Porquê ocê cheira a orquídeas! Eu só tenho dúvida de qual delas... eu até diria que é a roxa, mas te oiando num todo, as orquídea rosa combina mais com ocê... transmite sensualidade! — Me considera sensual, cowboy? — perguntei mais animada, e ele levantou ficando de costas, e eu não pude fazer nada... aí, que droga! — Ocê precisa dumas aula! A tua mãe num te ensina essas coisa? Num pode sê oferecida assim! Eu sei que as moça daqui é tudo diferente, mas ocê precisa se valorizá! Daqui a poco tá velha e ninguém te qué, porque já rodô por tudo! — engoli seco com o que falou. Viajei para longe, lembrando do dia mais infeliz da minha vida, com apenas seis anos de idade, a minha mãe se foi... — Carma, muié! Ainda dá tempo docê mudar... O que foi? — se aproximou de mim, sentando na cama, e até soltei um pouco os pulsos, desistindo de escapar. — Ela não falou sobre nada comigo! Me deixou aos seis anos! Quando foi morta, me escondendo atrás dela, quando não conseguiu alcançar a sua arma, para que não me vissem! Na hora eu não entendi direito... as suas últimas palavras foram: “não chore! Não importa o que veja, ou aconteça, não chore, Lúcia!“ Até hoje tenho dúvidas se ela dizia isso para que ninguém me ouvisse, ou para que eu crescesse mais forte! Sempre fui muito bem treinada! — nem sei porquê contei isso a ele... — Eu sinto muito! Ocê deve ter sofrido um bocado, mas essa história de num chorá, num é verdade... ocê deveria tentar! — neguei com a cabeça. — e, porquê ela foi atingida, porquê invadiram? — ele perguntou, mas isso nunca vou responder. — Me deixe em paz! Não quero mais falar sobre isso! Que fique bem claro, que não quero relacionamento nenhum com você! É só sexo mesmo, tenho desejos por você e quero satisfazê-los, nada a mais que isso! Se hoje você não quer, eu serei paciente, mas já te aviso que nunca desisto, ok? — expliquei com cartas limpas. — E, foi capaz de tudo isso, só pra me tê em sua cama? Até um concurso criô? Muié... sê têm muito pobrema!— zombou, me deixando irritada de novo. — Você é um cretino, sabia? Um safado metido a santo, dos infernos! Faz isso de pirraça, e fica me humilhando! Faz favor de me soltar daqui, antes que a minha paciência acabe, e eu te mande para outro planeta! — já falei com o tom mais alto na voz... vou fazer o Romeo criar um programa que abra essas malditas algemas com um dispositivo de voz, nunca mais vou passar por isso, esse cowboy me paga! — Oia... posso até soltá! Mas, vai tê que me dá a tua palavra cum treis coisa! — eu ri... era só o que faltava, ser humilhada e chatageada dentro da minha própria casa, é o fim! — Sério isso? — comecei a tentar me soltar, me movimentando para todos os lados, fazendo força com os braços e as pernas. — ROMEO, ROMEO! SOCORRO, ROMEO! — quanto mais eu gritava, mais o cowboy ria, e eu não estava acreditando. — Óia só orquídea rosa, ele num vai ouvi. Num qué negociá com eu? — o filho da mãe abriu a porta do closet, e achou as roupas que comprei pra ele, todas do seu estilo, com muitos chapéus, botas, fivelas... — caramba sô... gostei dessas coisa aqui! Já tava irritado com esse ropão feio, vô me trocá... se quiser ouvi a minha proposta me troco aqui memo! Nem pricisa i no banhero né? — safado, ordinário... — Não acredito... — Eu num ligo de ficá pelado na frente de ninguém! Desde que ocê continue presa... bom, tem um minuto pra decidi! — cowboy safado! Eu sabia que não era santo... — Eu concordo! Mas, eu vou só ouvir, se não gostar já vou ter te visto, azar o seu! — falei. — Tá! — soltou o roupão, e... misericórdia de mim... até amoleci encostando no travesseiro, enquanto ele andava pelo quarto procurando a cueca, ou sei lá o quê, eu já nem ouvia mais nada, fiquei ainda mais boba agora, e acho que o meu pai vai me internar... se aquele p@u entrar em mim, viro a cachorrinha dele sem questionar, aiii credo... meu faro nunca me enganou, e até me ajeitei melhor na cama, quem sabe ele não mudaria de ideia...CAPÍTULO 10 Lúcia Russo Eu fiquei até sem ar... não me lembrava que os quartos daqui eram tão abafados! Fiquei em silêncio, mas sabia que precisava enrolar o máximo possível aquele cowboy safado, quanto mais ele desfilasse daquele jeito, mais eu aproveitaria um acordo que tenho certeza que vou me ferrar, mas já posso dizer que mesmo assim, vou me ferrar satisfeita, até aqui já valeu a pena, pelo menos agora eu tenho certeza que estou buscando no caminho certo! Agora entendo um pouco da ira dele naquele dia... de achar que ele tinha pinto pequeno! — Tá boa a vista aí? — perguntou descarado, e acho que esse é o primeiro homem além do meu pai que viu Lúcia Russo se calar... como falar algo? Quando estou olhando para um homem perfeito, com o corpo todo quadriculado de tanto exercício pesado, barriga tanquinho, com aquelas duas entradas nos músculos da barriga, coxas levemente inchadas, me lembro de quando usava aquele jeans colado na festa... aquele sorriso safado, pa
CAPÍTULO 11 Lucas Rodrigues Na situação em que tô, preciso jogá com todas as arma que tenho! É claro que já entendi tudo o que aquela muié quer, mas se eu quero um dia voltá pra casa, preciso jogá direito, o trovão já deve tá sentindo muito a minha falta. Se ela sabe jogá, eu também sei... já tive o meu curto período de farra, sei como uma muié do tipo dela gosta, memo achando errado, eu sei, e usei desses acordo pra podê escapá dela naquele concurso, tem que existí um jeito, e quando eu tivé lá, eu vô sabê. Eu nem tinha a chave das mardita algema, mas dizem que no jogo e no amor vale tudo, então eu joguei e consegui! Ela deve tá querendo me torturá agora, mas ela prometeu se controlá, espero que seja de palavra. Bati na porta com força, enquanto ouvia ela gritá, e esperneá, e logo um dos homi de preto abriu. — Chama o Romeo pra nois? — perguntei, e ela gritô: — ISAQUE! ME TIRA DAQUI! ME TIRA DAQUI, AGORA! — Caramba, como isso aconteceu? —
CAPÍTULO 12 Lucas Rodrigues — Irmão, você está a cada dia mais gato, por isso a Lúcia te agarrou! Certeza que ganha esse concurso! — a Beatriz me falô, quando a gente já conseguia respirá. Ela pegava nos meus braço, e me apertava animada, e eu ia respondê, mas a Lúcia se atravessô. — Sim, cunhada! Ele é um gato, preciso ficar de olho, não vou nem soltar da mão dele, olha! — ergueu as nossas mão grudada, e quando oiei pra ela, me deu um sorriso falso, mexendo a sobranceia, até parece que é verdade, aposto que Beatriz num cai nessa. — Beatriz, só pra ficá claro, ninguém tá namorando aqui! A Lúcia tá brincando, a gente somos só amigo! Fala pra eles muié! — oiei pra ela, intimidando, mas o Matt também resolveu tirá o dia pra me atazaná. — Não vai no embalo da Lúcia, não! Se ela mudou o status de relacionamento, aproveite! Nunca vi ela fazendo isso, ela deve estar gostando mesmo de você! “Se gostava tanto dela, porquê num pegô pro cê?“ Pensei, mas dexei q
CAPÍTULO 13 Lúcia Russo Eu adorei que as coisas tenham saído da forma como saiu. Essa pode ser considerada uma das poucas vezes em que eu não preciso fazer quase nada, e parece que o destino conspira a meu favor. Eu sei que já havia convidado o Matthew e a Bia para o evento, e eles haviam confirmado presença, de certa forma eu deixei muito bem organizado, não gosto de nada pela metade, então seria perfeito se a família dele acreditasse na situação, e eu praticamente ria por dentro por ver que tudo estava indo muito melhor do que eu esperava, os repórteres, a situação... estaria tudo perfeito, se ele tivesse cedido. Eu bem que tentei de tudo dentro daquele elevador, eu consegui sentir que ele estava diferente. Uma mulher experiente sabe quando um homem está interessado ou não, e dessa vez o corpo dele dava sinais de que ele estava na minha, estava suando, as mãos firmes, e as veias do braço saltadas, a minha mente foi diretamente para as outras vei
CAPÍTULO 14 Lucas Rodrigues Fui pelas grade. Num foi difícil, pois tenho força nos braço, então até que foi tranquilo. Quando pulei para o próximo andar, percebi que a camisa estava muito justa, então como tava rasgada, eu arranquei duma veis e joguei lá pra baixo. O meu chapéu também acabô caindo, mas tudo bem, ele nem era meu de verdade, já que a orquídea que comprô. Eu nem oiei para cima mais, se eu queria descê logo, precisava me concentrá, então fui com cuidado descendo aquele monte de andar, que era alto pra dedéu. Faltando dois deles, achei mió pulá naquela piscina, era mais rápido. Mais vi um veinho naquele andar, e ficô assustado. — O que está fazendo meu filho, você vai pular daí? Desce, é perigoso! — falou. — Calma! Eu só quero fugí duma equipe perigosa que tá atrais de mim, preciso pulá! — falei, e ele levou as duas mão até a boca, e fez movimentos cum a cabeça concordando, e só então eu saltei, e vi que o veinho entrou para den
CAPÍTULO 15 Lúcia Russo Eu nem acreditei quando percebi que o cowboy voltou para me socorrer. Talvez ainda haja uma luz no fim do túnel, e ele tenha resolvido me dar uma chance. Eu só quero uma noite com ele, e depois o deixarei ir, pois ele não quer nada comigo, e está tirando o meu foco das coisas. Hoje eu estava completamente fora de si, não prestei atenção a todos os acontecimentos como deveria, se tivesse prestado, ele não teria fugido e nem muito menos eu teria caído desse jeito, e isso para mim é um problema muito grande, se o meu pai ficar sabendo certamente irá querer tomar alguma providência. Me senti segura quando ele me prometeu ficar perto de mim. Tá certo que ninguém nunca fez isso por mim, mais um pouco foi porque também nunca pedi. Mas nem digo mais nada em relação a isso, pois no momento é o que eu mais desejo. Abra os meus olhos devagar e percebo que estou em um hospital. Levanto a cabeça aos poucos tentando me sentar, e me assusto ao ver
CAPÍTULO 16 Lucas Rodrigues Pensa numa noite pra tê história pra conta, que foi essa! Eu num imaginava que ia acontecê tudo isso, se não eu num tinha fugido daquele jeito, eu devia era ter contado pra todo o mundo que tava ali sequestrado, e a minha irmã ia me ajudá, mas fui pelo lado contrário, e deu tudo errado. O lado bom foi que, ela tá bem... é uma doida, e gosta de brincá com fogo, mas teve sorte. O compricado foi o senhô topetudo de ropa de pinguim, que tinha até borboleta no pescoço, coisa brega! Me feis um montão de pergunta, e num entendi nada, mas só falei a verdade, inclusive que fui sequestrado pela doida da fia dele, e ele num me pareceu surpreso, só meio brabo, mas eles que se entenda. O bejo foi um acordo, eu precisava protegê o veinho, e deu certo! Embora bejá seja bão demais da conta, e a orquídea tem a boca tão doce, que é gostoso, então tá bão, num vô esquenta a muringa por causa disso. Quando me afastei dela, fomos aplau
CAPÍTULO 17 Lúcia Russo Eu não sei o que acontece comigo, mas estou adorando dormir ao lado do cowboy, parece até uma escultura esse homem, de tão bonito. Eu acordei cedo, na verdade quase não dormi, estou esperando muitas respostas do Romeo, e já estou ansiosa. Levantei um pouco a cabeça, e comecei a observar o cowboy dormindo... ele estava com um pijama que deixei no quarto, tenho esse costume de comprar muitas roupas, e deixar pelos quartos, e em todos os esconderijos da máfia tem roupas espalhadas. Mas, preciso confessar que me preparei muito para a vinda dele, e comprei roupas no seu estilo e tamanho, embora quase tudo me pareceu tão justinho, uma tentação... mas esse pijama azul escuro, é larguinho... está levemente levantado na barriga, consigo ver uma parte das suas entradas que vão da barriga pra baixo, e não resisti colocando a mão nela. Comecei a subir e descer a mão naquelas marquinhas individuais de homem malhado, e aquilo começou a me