CAPÍTULO 54 Lúcia Russo — Matthew, assim que você ouvir o meu áudio, me liga, ou manda mensagem! — Nada deles atenderem? Ligou na empresa, na residência? — Isaque perguntou assim que entramos no jato. — Não! E, o pior é ter que ficar dentro de um avião por tanto tempo! Romeo? — Sim, chefe! — Verificou se a localização da aliança não mudou? Me mostre a gravação que recebeu, também não ouvi... — Certo... não a localização continua a mesma, e a gravação foi esta... — me entregou o seu celular. Segurei o celular do Romeo na minha mão, e quando dei o play comecei a ouvir a conversa. A princípio não notei nada de diferente, mas quando o pedido de ajuda que supostamente seria da Bia foi ouvido, eu comecei a ouvir por várias vezes a mesma coisa e percebi que existia grande chance de não ser a voz dela. Não falei nada mas só pelo olhar o Romeo percebeu a minha inquietação, ele me conhece muito bem... sem contar que ele é muito
CAPÍTULO 55 Lúcia Russo — Matthew? Cadê vocês? — pergunto apressada. — Estamos chegando agora na casa do Douglas e da Andréia, a gente veio... — Caralho, Matthew! Caímos numa emboscada... vocês estão bem, a Bia está com você? — me virei para voltar para o carro, já levantando as mãos ordenando para que todos dessem a volta. — Vamos Romeo, é uma emboscada! Quando falei senti uma pancada na cabeça e o celular caiu da minha mão. Notei um alvoroço estranho, vozes mais parecidas como zumbidos, mas a minha cabeça estava estranha, levei mais segundos do que deveria para voltar em si. Já levantei com a pistola na mão, mas já estávamos rodeados de muitos homens, e o Romeo foi segurado por dois deles, e parou aonde estava. Olhei para o Isaque, e ele travou com alguns na sua frente, mas estava com uma pistola em cada mão, e não conseguiram o segurar, me olhou assustado como que querendo autorização para atirar. Thomas estava caí
CAPÍTULO 56 Lucas Rodrigues — Meu fio, ocê vai tê que assumi! Num quero vê a famía em confusão, tudo manchada, ocê sabe que num gosto! Cunverse cum a Islanne, e veja uma data pra casá cum ela... — meu pai falô e eu num acreditei que tava memo, ouvindo. — Pai, pera aí... dexa que eu vô tê uma conversa séria cum a Islanne, e vô resolvê! Mas, o senhor num esqueça que eu num tô mais cum ela, tô cum a Lúcia, então assumí eu assumo, mas casá... não, casá num caso! — expliquei, e do nada vi a Islanne reclamando de dor, se abaixando no chão. — Aiii amor, eu tô com dores! Não tô me sentindo bem! Você pode me levar no médico? — Credo, mas então tá perdendo! O bom é que daí não precisa mais casar, irmão... — Isa falô e eu pigarreei preocupado. — Arre égua, Isa! Cria tento, muié... desde quando ficô assim? Eu vô colocá uma bota e vô levá a Islanne no médico! — falei, e Isa parecia braba. — Eu não acredito que vai cair na conversa dela! Esse a
CAPÍTULO 57 Isa Rodrigues Já faz um tempo que eu e o Romeu estamos em um relacionamento louco. Evitei ao máximo de ter qualquer tipo de relacionamento com ele, mas vira e mexe estou caindo na conversa dele e ele acaba me agarrando em algum canto por aí. Mas como não sou boba nem nada Eu evito ficar muito íntima dele, e acabar acontecendo o que aconteceu com o Simon aquele segurança e motorista da casa da minha irmã em Nova York, que me envolvi. O safado me avisou por mensagem que estava indo para fora do país com a minha cunhada, e simplesmente esqueceu que eu existo depois que isso aconteceu. Aposto que encontrou alguma quenga por lá e está me enrolando, e eu já estou de saco cheio com isso. Como já passaram três dias, resolvi dar o braço a torcer, e ligar para o filhote de rapariga, pra ver se tá vivo, porque já deu a minha cota de paciência. Ligação onn... — Hum? — Quer dizer que tá vivo e não me ligou? — Aiii, J
CAPÍTULO 58 Lúcia Russo Eu não perdi tempo. Quando aquele homem asqueroso saiu, observei que havia uma parte de ferro exposto da janela que eu poderia utilizar para cortar os fios que prendiam as minhas mãos. Me aproximei ainda de costas, e com movimentos precisos eu forcei aos poucos, descendo e subindo, mas pelo menos agora tenho mais força e não estou tão tonta, quando eu comer ficarei ainda melhor. Eu suei muito, e acredito que passou mais de uma hora, mas consegui cortar, e então soltei os meus pés também. Abri a sacola, e tinha frutas, e umas bolachas. Comi tudo o que tinha, preciso me recuperar, nem sei a quanto tempo já estou aqui... Quando eu estava terminando, me assustei ao ver que a porta abriu. Era outra vez aquele infeliz. — Olha só... bem que falaram que ninguém jamais conseguiu prender a mascarada por muito tempo... — passou a mão na barba. — Se eu fosse você aproveitava bem os seus últimos instantes de vida, porque
CAPÍTULO 59 Lúcia Russo (capítulo com cenas de tortura, pode conter gatilhos) Sinto um cheiro familiar enquanto ainda estou de olhos fechados. Em milésimos de segundos eu me levanto daquela cama feito louca, procurando pela minha arma que não está comigo. “Merda” penso. Numa confusão louca da minha cabeça, tenho dificuldades de fixar os olhos para quem está na minha frente, e decifrar exatamente o que aquilo significa... fico olhando para o infeliz e tentando ao mesmo tempo descobrir se seria ele o culpado de eu estar aqui, ou se talvez com um pouco de sorte do destino ele me encontrou... — Dormiu bem, querida? Te trataram como eu ordenei? Porque o infeliz que não tratou já visitou o diabo! — não tenho mais dúvidas... ele é o meu próximo alvo. — Eu posso saber o que está acontecendo aqui, Anderson? — seguro em um objeto do armário como quem não quer nada, pensando se aquele seria o primeiro golpe que ele levaria. — Acho que não fomos apre
Romeo — Ela apareceu, precisamos correr! — o senhor Russo falou, e fui pegando chave do carro, celular e coisas para comer, pois ela pode estar com fome. — O motorista, vai junto? Já posso usar o celular? — perguntei para o chefe. — Porra, garanto que tem rabo de saia envolvido! Você tem dois minutos, contando já!— fiquei quase louco, por pouco não derrubo o celular. Já tinha deixado carregando, ansioso pra ligar para a minha gata, apenas liguei o aparelho e fiz a ligação. Eu estranhei que chamou até cair e ela não atendeu. Então liguei novamente, e quando estava quase caindo, ela atendeu. — Ainda tem a cara de pau de me ligar? Espero que morra engasgado com a própria saliva, seu filho duma rapariga! — Que isso, que bicho te mordeu? Eu não fiz nada! — me defendi mesmo sem entender qual é a treta agora. — Haaa! Você é muito cínico, Romeo! Nem apareça aqui, ou eu acabo com você! E o bito já foi treinado também! — desligou,
Lúcia Russo — Papá! Eu preciso voltar para o Brasil, e você vai comigo! Quero que conheça tudo por lá! — Você não iria ficar até amanhã, bambina? — Vou precisar torturar uma mulher! — falei de uma vez. — Por lá? É de alguma máfia? — Não, é uma puta folgada, medida a besta, que diz estar grávida do meu cowboy! — coloquei as mãos na cintura e vi quando o Romeo entrou. — Caramba, a vadia conseguiu engravidar? — comentou ele. — ROMEO! VOCÊ NÃO DISSE QUE HAVIA CONSERTADO AS COISAS NAQUELA NOITE? — gritei enfurecida. — Sim, tranquei no galinheiro a noite toda! — Mas, pelo visto demorou, não é? — Olha... naquela noite não rolou nada, ela até tentou... mas não conseguiu! Te aconselho a fazer um teste, sei lá... — Organize tudo, Romeo! Vamos imediatamente pra casa, amanhã cedo estaremos lá. — olhei para o papá. — e, você não ouse negar! Subi para pegar umas coisas que eu precisava, e depois fui