CAPÍTULO 58 Lúcia Russo Eu não perdi tempo. Quando aquele homem asqueroso saiu, observei que havia uma parte de ferro exposto da janela que eu poderia utilizar para cortar os fios que prendiam as minhas mãos. Me aproximei ainda de costas, e com movimentos precisos eu forcei aos poucos, descendo e subindo, mas pelo menos agora tenho mais força e não estou tão tonta, quando eu comer ficarei ainda melhor. Eu suei muito, e acredito que passou mais de uma hora, mas consegui cortar, e então soltei os meus pés também. Abri a sacola, e tinha frutas, e umas bolachas. Comi tudo o que tinha, preciso me recuperar, nem sei a quanto tempo já estou aqui... Quando eu estava terminando, me assustei ao ver que a porta abriu. Era outra vez aquele infeliz. — Olha só... bem que falaram que ninguém jamais conseguiu prender a mascarada por muito tempo... — passou a mão na barba. — Se eu fosse você aproveitava bem os seus últimos instantes de vida, porque
CAPÍTULO 59 Lúcia Russo (capítulo com cenas de tortura, pode conter gatilhos) Sinto um cheiro familiar enquanto ainda estou de olhos fechados. Em milésimos de segundos eu me levanto daquela cama feito louca, procurando pela minha arma que não está comigo. “Merda” penso. Numa confusão louca da minha cabeça, tenho dificuldades de fixar os olhos para quem está na minha frente, e decifrar exatamente o que aquilo significa... fico olhando para o infeliz e tentando ao mesmo tempo descobrir se seria ele o culpado de eu estar aqui, ou se talvez com um pouco de sorte do destino ele me encontrou... — Dormiu bem, querida? Te trataram como eu ordenei? Porque o infeliz que não tratou já visitou o diabo! — não tenho mais dúvidas... ele é o meu próximo alvo. — Eu posso saber o que está acontecendo aqui, Anderson? — seguro em um objeto do armário como quem não quer nada, pensando se aquele seria o primeiro golpe que ele levaria. — Acho que não fomos apre
Romeo — Ela apareceu, precisamos correr! — o senhor Russo falou, e fui pegando chave do carro, celular e coisas para comer, pois ela pode estar com fome. — O motorista, vai junto? Já posso usar o celular? — perguntei para o chefe. — Porra, garanto que tem rabo de saia envolvido! Você tem dois minutos, contando já!— fiquei quase louco, por pouco não derrubo o celular. Já tinha deixado carregando, ansioso pra ligar para a minha gata, apenas liguei o aparelho e fiz a ligação. Eu estranhei que chamou até cair e ela não atendeu. Então liguei novamente, e quando estava quase caindo, ela atendeu. — Ainda tem a cara de pau de me ligar? Espero que morra engasgado com a própria saliva, seu filho duma rapariga! — Que isso, que bicho te mordeu? Eu não fiz nada! — me defendi mesmo sem entender qual é a treta agora. — Haaa! Você é muito cínico, Romeo! Nem apareça aqui, ou eu acabo com você! E o bito já foi treinado também! — desligou,
Lúcia Russo — Papá! Eu preciso voltar para o Brasil, e você vai comigo! Quero que conheça tudo por lá! — Você não iria ficar até amanhã, bambina? — Vou precisar torturar uma mulher! — falei de uma vez. — Por lá? É de alguma máfia? — Não, é uma puta folgada, medida a besta, que diz estar grávida do meu cowboy! — coloquei as mãos na cintura e vi quando o Romeo entrou. — Caramba, a vadia conseguiu engravidar? — comentou ele. — ROMEO! VOCÊ NÃO DISSE QUE HAVIA CONSERTADO AS COISAS NAQUELA NOITE? — gritei enfurecida. — Sim, tranquei no galinheiro a noite toda! — Mas, pelo visto demorou, não é? — Olha... naquela noite não rolou nada, ela até tentou... mas não conseguiu! Te aconselho a fazer um teste, sei lá... — Organize tudo, Romeo! Vamos imediatamente pra casa, amanhã cedo estaremos lá. — olhei para o papá. — e, você não ouse negar! Subi para pegar umas coisas que eu precisava, e depois fui
CAPÍTULO 62 Isa Rodrigues Não acreditei quando avistei o carro daquele safado entrando na fazenda. Eu deixei bem claro que ele não seria bem-vindo aqui, e ainda vou acabar quebrando aquele nariz de palhaço que ele tem. Coloquei as mãos na cintura e encostei na madeira da varanda só para olhar bem para a cara dele, e ver com que cara ele iria olhar para mim agora. Quando o carro chegou mais perto, eu quase infartei quando vi que tinha uma mulher junto com ele. Assim que ele desceu e me olhou, a moça também desceu quase se encostando do lado dele, e eu precisei engolir um caminhão de paciência para não meter o martelo que tava do meu lado esquerdo na cabeça dos dois. Até cheguei a olhar algumas vezes para o martelo e acabei desistindo porque depois não quero ser acusada de tentativa de assassinato. — Isa, a gente pode conversar? Eu não entendi nada do que aconteceu, porque está tão brava? — olhei para a moça, e vi que é bem novinha e bonita. Tá explic
CAPÍTULO 63 Lúcia Russo — Arre égua, ocê disse que casa? — me perguntou novamente. — Caso cowboy! Eu não quero mais ficar longe de você, senti muita falta... sabe, acho que cansei da minha vida agitada, gosto da sua... — Ocê sabe que eu num tenho muito a oferecê, mais amor tem de monte, e... orquídea roxa... tem uma coisa me encomodando, na verdade duas... — me ajeitei no seu colo, enquanto ele puxava os meus cabelos, alinhando cada fio. — Pode falar, Lucas! Quero que seja sincero, porque eu também serei. — Ocê num vai pará cum as coisa da máfia? — Eu ainda não decidi sobre isso, mas tenho a intenção de parar, posso decidir sobre isso depois? — perguntei, e ele confirmou. E, ainda bem, porquê ainda hoje, acabo com a raça da Islanne. — E, a otra coisa... eu num sei muito sobre a tua vida sexual de antes, mais eu num sô de fazê malabarismo, ocê já deve tê notado... — O que quer dizer, Lucas? — Ocê sente farta de a
CAPÍTULO 64 Islanne Um cara muito gato e todo engravatado apareceu na minha porta. “Aí papai... é hoje que tiro o atraso!“ Penso ao olhar pra ele, que está dizendo que quer sair comigo aqui na minha casa. Não pensei duas vezes quando vi uma Range Rover encostada na frente do meu portão, até levantei a cabeça pra andar. O problema é que tinha mais gente no carro, e quando vi a gringa metida lá dentro, tentei descer, mas era tarde demais, e a mão da mulher parece de homem, que um soco dela me desmaiou. Quando acordei estava amarrada em uma cadeira... aquela mulher, um velho e vários homens me olhavam estranho. — Oque está acontecendo? Porque estou amarrada? — a mulher me encarava séria, parecia estar desvendando um crime. Parou na minha frente, com as pernas entreabertas, e falou. — Olha bem pra minha mão... — eu olhei, e num instante ela estalou a palma na minha cara, fazendo um barulho alto, e ardeu pra caramba. — AIII... —
CAPÍTULO 65 Isa Rodrigues Romeo precisou parar três vezes para nos beijarmos naquele carro. Quando chegamos, eu nem olhei para os lados, ele já tinha me deixado excitada demais. — Tem alguém que possa vir atrás de você? — perguntou quando empurrou a porta da sala e ficando de frente pra mim. — Então, não... — eu nem consigo terminar de falar e ele me toma em um beijo de tirar o folego. Os seus lábios me dominam e quase choro por sentir suas mãos se enredarem no meu cabelo. Ele me beija até eu ficar tonta. — Caramba! Demorei demais, não é? — Vou descontar tudo, agora! O meu corpo inteiro chama por ele, por querer senti-lo dentro de mim. Dou um gemido em sua boca e quando faço isso, ele me ergue em seus braços e me leva para o quarto sem desconectar as nossas bocas. Nem mesmo percebo o caminho que ele faz, só me dou conta quando ele me coloca no chão ao lado da cama. Nesse momento, eu nem mesmo sei mais o meu nome