CAPÍTULO 56 Lucas Rodrigues — Meu fio, ocê vai tê que assumi! Num quero vê a famía em confusão, tudo manchada, ocê sabe que num gosto! Cunverse cum a Islanne, e veja uma data pra casá cum ela... — meu pai falô e eu num acreditei que tava memo, ouvindo. — Pai, pera aí... dexa que eu vô tê uma conversa séria cum a Islanne, e vô resolvê! Mas, o senhor num esqueça que eu num tô mais cum ela, tô cum a Lúcia, então assumí eu assumo, mas casá... não, casá num caso! — expliquei, e do nada vi a Islanne reclamando de dor, se abaixando no chão. — Aiii amor, eu tô com dores! Não tô me sentindo bem! Você pode me levar no médico? — Credo, mas então tá perdendo! O bom é que daí não precisa mais casar, irmão... — Isa falô e eu pigarreei preocupado. — Arre égua, Isa! Cria tento, muié... desde quando ficô assim? Eu vô colocá uma bota e vô levá a Islanne no médico! — falei, e Isa parecia braba. — Eu não acredito que vai cair na conversa dela! Esse a
CAPÍTULO 57 Isa Rodrigues Já faz um tempo que eu e o Romeu estamos em um relacionamento louco. Evitei ao máximo de ter qualquer tipo de relacionamento com ele, mas vira e mexe estou caindo na conversa dele e ele acaba me agarrando em algum canto por aí. Mas como não sou boba nem nada Eu evito ficar muito íntima dele, e acabar acontecendo o que aconteceu com o Simon aquele segurança e motorista da casa da minha irmã em Nova York, que me envolvi. O safado me avisou por mensagem que estava indo para fora do país com a minha cunhada, e simplesmente esqueceu que eu existo depois que isso aconteceu. Aposto que encontrou alguma quenga por lá e está me enrolando, e eu já estou de saco cheio com isso. Como já passaram três dias, resolvi dar o braço a torcer, e ligar para o filhote de rapariga, pra ver se tá vivo, porque já deu a minha cota de paciência. Ligação onn... — Hum? — Quer dizer que tá vivo e não me ligou? — Aiii, J
CAPÍTULO 58 Lúcia Russo Eu não perdi tempo. Quando aquele homem asqueroso saiu, observei que havia uma parte de ferro exposto da janela que eu poderia utilizar para cortar os fios que prendiam as minhas mãos. Me aproximei ainda de costas, e com movimentos precisos eu forcei aos poucos, descendo e subindo, mas pelo menos agora tenho mais força e não estou tão tonta, quando eu comer ficarei ainda melhor. Eu suei muito, e acredito que passou mais de uma hora, mas consegui cortar, e então soltei os meus pés também. Abri a sacola, e tinha frutas, e umas bolachas. Comi tudo o que tinha, preciso me recuperar, nem sei a quanto tempo já estou aqui... Quando eu estava terminando, me assustei ao ver que a porta abriu. Era outra vez aquele infeliz. — Olha só... bem que falaram que ninguém jamais conseguiu prender a mascarada por muito tempo... — passou a mão na barba. — Se eu fosse você aproveitava bem os seus últimos instantes de vida, porque
CAPÍTULO 59 Lúcia Russo (capítulo com cenas de tortura, pode conter gatilhos) Sinto um cheiro familiar enquanto ainda estou de olhos fechados. Em milésimos de segundos eu me levanto daquela cama feito louca, procurando pela minha arma que não está comigo. “Merda” penso. Numa confusão louca da minha cabeça, tenho dificuldades de fixar os olhos para quem está na minha frente, e decifrar exatamente o que aquilo significa... fico olhando para o infeliz e tentando ao mesmo tempo descobrir se seria ele o culpado de eu estar aqui, ou se talvez com um pouco de sorte do destino ele me encontrou... — Dormiu bem, querida? Te trataram como eu ordenei? Porque o infeliz que não tratou já visitou o diabo! — não tenho mais dúvidas... ele é o meu próximo alvo. — Eu posso saber o que está acontecendo aqui, Anderson? — seguro em um objeto do armário como quem não quer nada, pensando se aquele seria o primeiro golpe que ele levaria. — Acho que não fomos apre
Romeo — Ela apareceu, precisamos correr! — o senhor Russo falou, e fui pegando chave do carro, celular e coisas para comer, pois ela pode estar com fome. — O motorista, vai junto? Já posso usar o celular? — perguntei para o chefe. — Porra, garanto que tem rabo de saia envolvido! Você tem dois minutos, contando já!— fiquei quase louco, por pouco não derrubo o celular. Já tinha deixado carregando, ansioso pra ligar para a minha gata, apenas liguei o aparelho e fiz a ligação. Eu estranhei que chamou até cair e ela não atendeu. Então liguei novamente, e quando estava quase caindo, ela atendeu. — Ainda tem a cara de pau de me ligar? Espero que morra engasgado com a própria saliva, seu filho duma rapariga! — Que isso, que bicho te mordeu? Eu não fiz nada! — me defendi mesmo sem entender qual é a treta agora. — Haaa! Você é muito cínico, Romeo! Nem apareça aqui, ou eu acabo com você! E o bito já foi treinado também! — desligou,
Lúcia Russo — Papá! Eu preciso voltar para o Brasil, e você vai comigo! Quero que conheça tudo por lá! — Você não iria ficar até amanhã, bambina? — Vou precisar torturar uma mulher! — falei de uma vez. — Por lá? É de alguma máfia? — Não, é uma puta folgada, medida a besta, que diz estar grávida do meu cowboy! — coloquei as mãos na cintura e vi quando o Romeo entrou. — Caramba, a vadia conseguiu engravidar? — comentou ele. — ROMEO! VOCÊ NÃO DISSE QUE HAVIA CONSERTADO AS COISAS NAQUELA NOITE? — gritei enfurecida. — Sim, tranquei no galinheiro a noite toda! — Mas, pelo visto demorou, não é? — Olha... naquela noite não rolou nada, ela até tentou... mas não conseguiu! Te aconselho a fazer um teste, sei lá... — Organize tudo, Romeo! Vamos imediatamente pra casa, amanhã cedo estaremos lá. — olhei para o papá. — e, você não ouse negar! Subi para pegar umas coisas que eu precisava, e depois fui
CAPÍTULO 62 Isa Rodrigues Não acreditei quando avistei o carro daquele safado entrando na fazenda. Eu deixei bem claro que ele não seria bem-vindo aqui, e ainda vou acabar quebrando aquele nariz de palhaço que ele tem. Coloquei as mãos na cintura e encostei na madeira da varanda só para olhar bem para a cara dele, e ver com que cara ele iria olhar para mim agora. Quando o carro chegou mais perto, eu quase infartei quando vi que tinha uma mulher junto com ele. Assim que ele desceu e me olhou, a moça também desceu quase se encostando do lado dele, e eu precisei engolir um caminhão de paciência para não meter o martelo que tava do meu lado esquerdo na cabeça dos dois. Até cheguei a olhar algumas vezes para o martelo e acabei desistindo porque depois não quero ser acusada de tentativa de assassinato. — Isa, a gente pode conversar? Eu não entendi nada do que aconteceu, porque está tão brava? — olhei para a moça, e vi que é bem novinha e bonita. Tá explic
CAPÍTULO 63 Lúcia Russo — Arre égua, ocê disse que casa? — me perguntou novamente. — Caso cowboy! Eu não quero mais ficar longe de você, senti muita falta... sabe, acho que cansei da minha vida agitada, gosto da sua... — Ocê sabe que eu num tenho muito a oferecê, mais amor tem de monte, e... orquídea roxa... tem uma coisa me encomodando, na verdade duas... — me ajeitei no seu colo, enquanto ele puxava os meus cabelos, alinhando cada fio. — Pode falar, Lucas! Quero que seja sincero, porque eu também serei. — Ocê num vai pará cum as coisa da máfia? — Eu ainda não decidi sobre isso, mas tenho a intenção de parar, posso decidir sobre isso depois? — perguntei, e ele confirmou. E, ainda bem, porquê ainda hoje, acabo com a raça da Islanne. — E, a otra coisa... eu num sei muito sobre a tua vida sexual de antes, mais eu num sô de fazê malabarismo, ocê já deve tê notado... — O que quer dizer, Lucas? — Ocê sente farta de a