74- Feitiço

Naiara

O erro me atinge assim que ouço passos a minha volta. Viro-me bruscamente, mas não há nada em meio a floresta escura. Os homens saíram para a caçada, talvez eles não estejam tão distantes e eu os ouça com minha audição aguçada.

Afasto a preocupação tola e continuo a correr e a ouvir o chamado da lua em meu sangue. Acabo no mesmo lugar onde me encontrei com Enry pela manhã. A luz pálida do luar que infiltra pelas folhas da floresta densa atingem a água do riacho que corre tranquilamente.

O som calmo das águas aquieta o meu sangue e finalmente relaxo. Deito-me sobre a pedra e fecho os olhos, concentrando-me nos sons da floresta noturna: as corujas, o vento, as folhas, as águas... Tudo ao meu redor me tornando parte desta natureza complexa. Como meu pai sempre disse a mim, somos animais. Me sinto assim agora, como um animal parte da floresta.

Me lembro vagamente do que Enry havia me dito quando saiu para a caçada. Quando o chamado lunar me hipnotizou não me lembrei de nada, só pen
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