HandallA mesa de reuniões é pequena, apenas aqueles que realmente tem importância para os meus interesses estão presentes, então não há a necessidade de uma mesa gigantesca.Sentado á mesa de cabeceira, aguardo a chegada do último componente. Tenho ambições, desejos, que anseio colocar em prática. O que mais quero é ampliar meu império de bruxos, e para isso preciso explorar mais os escravos, porém sou apenas um para tanto trabalho. Sozinho levaria dezenas de anos, por isso reuni os meus aliados.— Talvez ele tenha desistido, senhor — fala Lanny que está acomodada ao meu lado, embora ela discorde de algumas coisas, sempre está ao meu lado e me dá bons conselhos, por isso a mantenho comigo. — Acho que deveria começar sem o novo aliado.— A minha proposta é irrecusável, duvido que ele não venha. — Estou confiante, ainda mais sendo quem é.Jamais daria algo a essa gente se não fosse algo de tamanho interesse, porém é necessário, preciso de algo dessa gente e ele está disposto a me dar.
NaiaraApesar da dor, posso dizer que tive uma primeira vez mágica. Enry foi gentil e carinhoso e, quando me acostumei a ele, me proporcionou um prazer que eu não sabia que era capaz de sentir.Fugi de um casamento arranjado, para conhecer o homem de meus sonhos e acabar com uma promessa de casamento. Engraçado como não podemos fugir de algumas coisas quando elas já estão determinadas para acontecer.— Como está se sentindo? — Enry me pergunta enquanto estou deitada em seu peito, seus dedos brincando com meus cachos curtos.— Maravilhosamente bem — respondo com um sentimento de felicidade fluindo de mim.Meus braços finos abraçam seu corpo forte, e ele me envolve nos seus. Me sinto protegida entre seus braços musculosos.— Está preparada para voltar para casa como minha mulher?Não tinha pensado que no momento em que nossos pés tocarem o território da aldeia, todos que nos observarem, que sentirem o nosso cheiro, saberão o que aconteceu. E neste momento eu odeio o instinto dos lobos,
EnryDepois de nossa chegada e um bom banho, tive que conversar com meu pai sobre o nosso casamento e ele decidiu que não haveria motivos para arrastarmos esta data, visto que já havíamos inclusive consumado a nossa união. E eu concordei completamente com ele, não vejo a hora de estar casado com minha esposa e para isso, eu deveria começar a construção de minha casa.A casa do alfa é localizada no centro da aldeia, mas eu não vou continuar vivendo com meus pais depois de desposar Naiara, e meu pai sabe disso.Nesta manhã, alguns dias depois da conversa com meu pai, estou decidido a encontrar um bom local para a nossa casa, onde seja também um lugar de destaque na aldeia. Depois de passar um bom tempo analisando a localidade, meus irmãos e eu encontramos o local perfeito. Há um grande potencial de crescimento da aldeia em torno da minha nova casa e é de fácil acesso para todos.Está na hora do almoço, o Sol está alto no céu, proporcionando um calor extremo que faz o suor escorrer por m
Maximus— Acho que devo me aproximar do alfa dos Fury e pedir desculpas pelo o que fiz e oferecer minha ajuda para o que precisarem como uma forma de provar meu arrependimento — anuncio à alfa Vik. Sei que ela não aceitará com facilidade, mas eu preciso de sua autorização para evitar complicações futuras com os planos de Handall.— Está louco, Maximus! Essa é a melhor maneira de se arrastar aos pés daquele homem — esbraveja e meus pensamentos viajam em busca de solução, preciso fazer com que ela permita a minha aproximação. O sucesso do plano depende disso.— Que outra maneira tenho de me aproximar de Naiara? — Minha única motivação plausível é ela, então eu vou usá-la.A alfa andava de um lado a outro no cômodo reservado a atender seus súditos, como se ela ainda fosse uma rainha. Mas então, ela para e me encara.— Aquele pirralho já deve tê-la deflorado a esta altura, vai querer uma vagabunda?— Eu quero, não me importo com isso.— Está apaixonado, Max? — cantarola ao achar que ente
EnryAo terminar o almoço, meu pai se levanta e eu acompanho seu movimento. Não vou ficar aqui sem saber o que esse homem quer. Maximus deveria estar morto, ele tentou estuprar a minha mulher e foi por pouco que consegui evitar.— Não precisa vir, Enry — meu pai fala, mas estou decidido.— Quero ouvir da boca desse babaca o que ele quer, porque o que ele tentou fazer foi... — Desvio rapidamente o olhar para a minha irmã que me encara com seus olhos grandes, não sei o quanto ela sabe daquela noite.— Vamos ouvir o que ele tem a dizer — meu pai dá a sua palavra final e saímos de casa para avistá-lo sentado junto ao poço, bebendo água e observando os arredores.Nenhuma conversa deste homem vai me convencer, ele não presta, não é alguém que devemos ter por perto.— Fala de uma vez o que quer e vá embora da nossa aldeia — declaro sem qualquer tolerância com o ser desprezível.Max me analisa, mas volta seu olhar para o meu pai sem me dar resposta.— Eu vim pedir desculpas — processo as pala
Naiara— O que aquele homem queria? — Marry questiona assim que colocamos os pés dentro de casa.— Ele só queria me pedir desculpas, tentou se explicar e já foi embora — relato um pouco abalada com a presença recente do homem que me faz relembrar de todo o medo que senti naquela noite.— Yan, esse homem não veio aqui só para pedir desculpas a Naiara, ele usou isso para ter um motivo para vir, mas ele quer outra coisa — minha futura sogra relata como se soubesse de alguma coisa.— Marry, você sabe de algo? Ouviu alguma coisa... — O alfa se aproxima dela apressadamente, ficando cara a cara com sua esposa.— Não — ela responde. — Mas quando Naiara saiu do quarto, Margot me disse uma coisa que me deixou preocupada.Todos os olhares se voltaram para a adolescente sentada em um dos degraus da escada.— O que aconteceu, Margot? — Yan pergunta a filha, aflito.— Não aconteceu, pai, é só que... ele me olhou... e foi estranho.— Esse homem tem te perseguido? — Enry inquire com um olhar preocupa
HandallDepois de uma manhã cansativa de seleção de escravos, eu não poderia receber uma notícia melhor: o meu novo aliado veio me ver, e isso significa novidades que me interessam muito.Não vejo a hora de poder finalmente reduzir o meu trabalho com relação aos escravos e ampliar ainda mais as tecnologias implantadas em nosso mundo.Caminho rapidamente para a minha sala e quando chego, o homem está sentado à mesa me aguardando.— Tem algo para mim, Maximus? — pronuncio à guisa de cumprimento.O lobo se coloca de pé e se curva brevemente.— Senhor supremo.— Sente-se. — Aponto para a cadeira na qual ele estava sentado e encaminho para a minha cadeira.Me acomodo e o encaro.— A garota tem mesmo os poderes que disse — ele confirma e essas palavras são como músicas para os meus ouvidos.— Perfeito, o que você viu?— Ela brinca com o tempo quando está entediada, e isso facilitou para que eu a visse fazendo breves pausas enquanto as outras pessoas faziam diversas atividades.— Então ela p
VikDecidi sair em uma caçada, apenas meu marido e eu, como uma forma de pensarmos no que fazer. Eu me mantive na forma humana, já que nunca gostei da minha parte lobo, da transformação, e a evito ao máximo, mas meu marido está em sua forma de lobo e corre na frente farejando possíveis trilhas de animais.“Tem uma toca de coelhos por aqui.” — Diz ele em meus pensamentos.— Ótimo, vamos fechar todas as saídas e deixar apenas uma.Liam parte em busca das outras saídas da toca e eu o ajudo a fechá-las usando pedras pesadas.— Você acha que fizemos errado ao tentar obrigar Naiara a se casar com Maximus? — questiono, pois os acontecimentos da última semana não deixam a minha mente. — E a reaproximação de Maximus, acha que foi uma boa ideia permitir que ele se aproxime dela novamente?Liam para o que estava fazendo e me encara com aqueles olhos profundos.“Eu não gosto nem de lembrar que um dia concordei que aquele homem podia ser o marido da minha filha.”Liam rosna ao responder.“Você não