Apolo BeaumontJá é sábado pela manhã e posso dizer com completa e total certeza de que nunca houve uma manhã melhor do que essa. Com Perola ao meu lado, deitada toda torta, com a barriga para baixo, o joelho dobrado rente ao corpo e babando no travesseiro. É uma visão espetacular.Tenho que admitir que essa posição de espadachim traz certas vantagens, deixa a boceta mais à mostra.Será que ela está muito dolorida?Provavelmente, sim. Eu deveria ter sido mais delicado e feito apenas uma vez, mas ela se mostrou tão insaciável quanto eu. Ainda não acredito que a nossa primeira vez foi sem camisinha, havia esquecido de como era bom fazer sem sexo. Teria que insistir para que ela use um método contraceptivo para evitar uma gravidez. Esse será uma parte do plano do meu pai que não vai funcionar.Afasto a mecha do seu cabelo para revelar mais do rosto. Mal posso acreditar que tirei a virgindade dela. Mesmo depois das minhas confissões, não tinha a intenção de fazer isso na primeira oportuni
Apolo BeaumontAinda é um pouco cedo para afirmar que amo a Perola, afinal, não quero cometer o mesmo erro de tirar conclusões precipitadas. No entanto, sei que com minha ex não chegava nem perto do que sinto agora.Com Patrícia éramos dois jovens inconsequentes e inexperientes. Com os hormônios em combustão e decisões tomadas com uma paixão exacerbada. Nós éramos “o casal perfeito”. Vinhamos de famílias ricas, influentes, gananciosas e ficávamos bem ao lado do outro.Um casal baseado em acumular riquezas estava fadado ao fracasso. Por mais difícil que fosse admitir, ela era muito parecida comigo e não é esse tipo de relação que faria bem para nenhum de nós dois.O que eu preciso é da suavidade da Perola, do otimismo, da dedicação à família, humor e até do sarcasmo debochado. Meu pai é bem esperto, soube disse antes de mim. Não me importava com a virgindade, apesar da ideia de ser o único a tê-la ser bem apelativa, mas, talvez, tivesse notado algo muito antes que a gente percebesse. A
Perola CampbellO final de semana passou voando. Em plena segunda feira ao voltar para a empresa noto o ambiente diferente, as pessoas me olham com curiosidade conversando entre si. Eu me sinto em daqueles filmes adolescentes americanos, onde a escola inteira sabe a fofoca, menos a protagonista. Chego a pensar que tem um “Transei com o CEO” estampado na minha testa.— Ok, o que aconteceu Mi? — pergunto para a minha única companheira nessa empresa assim que chego em sua mesa.— Você não vai acreditar — ela olha para os lados primeiro, chegando se não tem alguém escutando nossa conversa.— Venha, vamos até a minha mesa.Aproveito que Apolo está na sala de reuniões e a levo para a minha mesa.— O que é tão urgente que não poderia ser dito em sua mesa? — pergunto assim que ficamos completamente sozinha. — As pessoas acham que o chefe está apaixonado — ela dá um sorrisinho de canto de boca.Apaixonado?Será?Começo a sorrir, mas cerro os lábios antes, tentando disfarçar. Desde a noite de
Perola CampbellApós o almoço, Apolo me dispensou para que eu possa ir ao ginecologista. E a médica, ao conferir que a tabelinha que fiz pelo aplicativo estava certa e como só tinha sido feita uma vez sem proteção, prescreveu o anticoncepcional, além de alguns exames de sangue, inclusive o beta-hcg, não entendi muito bem o porquê, mas ela disse que seria para checar a minha saúde.A consulta é mais rápida do que eu esperava. Com bastante tempo livre, decido comprar um sorvete para sobremesa e fazer um jantar caseiro em agradecimento por tudo que Apolo e o senhor Rafael fizeram e tem feito por mim. Apesar daquele velho maluco ter tentando me comprar.— O que você quer comer hoje? — pergunto a minha irmã assim que chegamos em casa.— Qualquer coisa — fala dando de ombros.— É sério? — reviro os olhos.— Pode ser panqueca de frango.Sigo para a cozinha e começo a pensar nos últimos acontecidos, não contei para o senhor Rafael sobre a minha virgindade.— Vou fazer um jantar para Rafael e
Perola CampbellComeço a suar frio e não é por causa do calor.— Sabia que eu posso ser bem silenciosa quando ando pelo corredor? Ninguém escuta os meus passos à noite — ela se inclina para sussurrar em meu ouvido, como se alguém pudesse nos escutar — Alguém deveria ensinar Apolo a ser assim.Droga! É pior do que eu pensava.— O que mais você ouviu?— Nada! Voltei para o meu quarto e coloquei os fones com abafadores antes que ficasse traumatizada pelo resto da vida — deposita um beijo estalado na minha bochecha — Então, tinha algo a ser ouvido?— Não conte para ninguém!A empurro com meu ombro, ela me empurra de volta.— Você gosta dele? — insiste.Jade já sabe mesmo, não adiante mentir.— Mais do que deveria.Ela balança a cabeça, como se compreendesse a confusão em que me meti, com um total de experiência de um namoradinho.— O que eu aprendi com os doramas que assisto é que não importa as loucuras do destino, se for amor de verdade, não existe nada que possa impedir.Soa mais profu
Perola CampbellPara a minha completa surpresa, o jantar correu super bem e não tive crises de vergonha com o meu namorado e o seu pai doido.O sábado chegou e eu estou super nervosa. Fui ao laboratório para fazer exame de sangue e depois chamei a Jade para ir comigo ao supermercado, já que não gosto de fazer compras sozinha, na volta demos uma organizada na casa. Com o dia corrido só conseguir ir até a casa de Apolo no meio da tarde.Apesar de ser fim de semana, ele recebeu uma ligação importante e está sentado em sua poltrona compenetrado em uma conversa séria sobre a nova parceria com uma empresa. Não entendi muita coisa.Para passar o tempo, escolhi um dos seus livros me sento no divã perto da janela. Uma luz gostosa, de fim de tarde, me aquece. Desabotoo a camisa de Apolo que eu vesti, permitindo que a luz beije a minha pele. Meu vestido está esquecido em algum lugar do chão do quarto dele, o mesmo foi arrancado de mim umas duas horas atrás.Um silêncio estranho chama a minha ate
Apolo BeaumontComo tudo o que a gente tenta evitar acontece, preciso ir até a casa dos meus pais para ajudar a instalar um ar condicionado em um dos quartos. Meu pai, sempre fez as vontades da minha mãe, e em vez de contratar alguém para fazer o serviço, ele fazia tudo por conta própria. E eu, um CEO bem ocupado tenho que fazer papel de eletricista. É o cúmulo do absurdo!Passo em casa depois de sair da empresa, troco de roupa e vou em direção a casa dos meus pais, mentalizo que minha mãe não toque no assunto casamento. Pois, ela acredita que está ficando velha e precisa de netos urgente, exige que eu arrume logo uma esposa, só que ela não entende que meu coração está fechado para o amor.Por mais que eu ache esse sentimento bonito e admire muito o amor dos meus pais, eu não acredito que serei capaz de viver algo dessa magnitude um dia.Na última reunião de família, minha mãe foi tão incisiva com suas cobranças que eu tive um pesadelo a noite. Ela chegou a me acusar de destruir as c
Perola Campbell Acordo com o som estridente e irritante do despertador, abro os olhos e encaro o teto branco. Reflito sobre a segunda feira ser o pior dia da semana, sem sombra de dúvidas. Em pensar quer passei dois longos dias em uma folga maravilhosa e vem esse dia para estragar o tão sonhado descanso. Mas o pior de tudo sem dúvida é a parte em que nos tornamos adultos e não podemos fugir das responsabilidades. No meu caso, essas responsabilidades vieram um pouco antes de alcançar a maior idade. Quando eu tinha apenas quatorze meus pais morreram em um acidente de carro. Minha família sempre foi muito pequena, tanto meus avós maternos quanto meus avós paternos não tiveram mais que um filho. Ou seja, nada de tios ou primos, meu único parente vivo na época era o pai da minha mãe. Que Deus me perdoe, mas o velho ainda está vivo. Pelo visto aquele velho ditado de que vaso ruim não quebra é verídico. O homem é um crápula, quem vê a aparência diz que é um vovozinho muito zeloso, mas a