Perola Campbell Rafael optou por um jantar na sexta, não pretendia levar a Jade, mas ele me garantiu que seria um ambiente seguro, ninguém iria nos distratar por não pertencer a mesma classe social. Escolhi um dos conjuntos que o próprio me deu no dia em que compramos o vestido da festa. De fato, Rafael me deu mais sacolas do que escolhi, ele instruía a funcionária a colocar algumas roupas para eventos aleatórios. Assim que vi a quantidade de presentes, fiquei meio envergonhada, no entanto, considerei que era um uniforme para o “trabalho”. Escolhi um cropped vermelho de manga comprida feito de renda e uma saia cintura alta, curta e do mesmo material que deixa apenas uma faixa de barriga à mostra, além das pernas exportas. Sorrio para o meu reflexo no espelho, lembro dos momentos com Apolo, sair com ele para lugares chiques é bom. Apreciar comidas refinadas em um ambiente sofisticado ao invés de um pastel de feira embaixo do sol escaldante é divertido. Se bem que frequentar esse t
Perola Campbell — O que? — a pergunta me pega desprevenida. Acho que perdi um pouco da linha de raciocínio. Alex fica muito bem na camisa que está vestindo, que é um casual chique, com um corte moderno que demarca todos os seus músculos. — Me culparia se eu virasse o seu perseguidor? — repete a pergunta — Dizer que você está deslumbrante não é o suficiente para determinar como se parece hoje. Seja de roupas sociais para o trabalho, em um vestido de gala ou mais casual, você sempre é encantadora, senhorita Perola. — Esse é o papo de poeta que me alertaram? — Talvez — ele dá de ombros — Pode me culpar por tentar? Tive que dar aula de romance e as vezes me contamino com o tema. — Sei. Falando em romantismo, olho para Jade e Fernando por cima do seu ombro, eles tão em um sofá, entretidos em uma conversa. — O que você tanto olha? — ele percebe que eu encaro a
Perola CampbellApolo fica em silencio, encarando a minha boca e por um segundo pensei que ele me beijaria aqui mesmo. Ou melhor, desejei por isso. No entanto, ele se afasta.— Perola, não deixe que o papel suba para a cabeça.Filho da puta!O mesmo deveria valer para ele, afinal a ceninha que ele fez foi convincente demais, na minha opinião. Não há motivos para fingir um relacionamento para os amigos dele.Apenas Rafael deveria ser enganado, e a Jade, que não pode sonhar que eu aceitei esse tipo de acordo, se não, que exemplo estaria dando.— Claro, senhor! — forço o sorriso mais falso e sarcástico que conheço — Não posso de forma alguma me esquecer que isso é apenas um acordo. Longe de mim fingir que sou uma maluca ciumenta na frente das outras pessoas.Seus olhos se arregalam em surpresa e ele recua um passo.— Perola, não foi isso que...— Apolo, oi, senti sua falta — Jade chama nossa atenção e parando ao meu lado.Apolo muda imediatamente de postura, o semblante suaviza instantan
Perola CampbellO beijo dele me incendeia no primeiro toque dos lábios, não quero mais brigar ou fugir, desejo a boca dele na minha e que ele faça eu me sentir mulher. Minha, ele disse e pelos minutos seguintes, foi isso que me tornei, com seu toque possessivo e os dedos afundando em minha pele com o mesmo grau de necessidade de suas palavras.Ele me agarra pelas coxas e as separa o máximo que consegue, encaixando-se entre elas. A ereção é pressionada contra minha calcina, que logo fica encharcada com as investidas. Apesar das camadas de roupa que nos impedem de nos tocar de verdade, calor se forma em meu ventre ao mesmo tempo que um grunhido baixo escapa de sua garganta. Estou tão presa contra a parede, sem tocar o chão, que pareço que estou grudada nela. Até que suas mãos encontram a minha bunda, não há controle, isso ficou do lado de fora do quarto escuro. Seguro em seus ombros a medida que ele bate o quadril contra o meu, em um movimento de vai e vem que atinge o meu ponto pulsant
Perola Campbell Esse homem é uma máquina? Não sente nada? Caralho! Meu coração ainda está acelerado e eu posso sentir que está quase saindo pela boca. Já ele, se mostra completamente tranquilo. — Claro que foi planejado, ouvi os passos no corredor e sabia que era ele — dá de ombros, mostrando que não é nada demais. Estou no chão, sem acreditar em sua frieza. — Perfeito! Vamos voltar antes que as pessoas pensem que você enlouqueceu e começou a se interessar por virgens — quando ia passando ao seu lado, quando ele me segura. — Espera, você achou que era real? Eu queria socar o rosto dele! — A menos que você tenha um pepino dentro da calça, pareceu bem real para mim. — É uma reação física natural do corpo diante da situação que a gente estava, isso não muda nada — ele solta um suspiro cansado — Se eu esfregar o meu pau contra a minha mão, ele vai ficar duro. Isso não quer dizer que eu esteja louco para bater punheta. Recado dado e intendido. Devo me recolher a minha insignific
Perola CampbellDormir se mostrou ser uma tarefa quase impossível. Entre fazer a mala rápido e vim para a casa de Apolo, a madrugada chegou, o sono veio e se foi. Isso tudo porque meu corpo tem consciência de que ele está dormindo no quarto ao lado, tão perto de mim. A Jade ficou em um quarto de hospede no andar inferior, ela preferiu assim, para não evitar subir as escadas.O que significa que o piso superior é todo nosso. Pensamento mais idiota esse meu, nada disso aqui é meu, nem a cama, nem a casa nem o homem que nela habita. Queria abrir a porta e xingá-lo por ter sido um idiota a noite toda. Por me beijar daquele jeito e me afastar em seguida, esse zero a zero não vai dar certo.Minha...Ele disse com a voz rouca que ecoou em minha mente, Apolo me mandava sinais bem contraditórios que me deixam cada vez mais confusa e o pior é que isso me instiga a descobrir o que ele quer de verdade e até onde iria com seu controle.Tomei um banho, porém, ainda posso sentir o toque mesmo que fa
Perola CampbellJá perto do almoço decido procurar por Apolo para esclarecer alguns pontos, o encontro em seu escritório com o notebook aberto.— Não posso aceitar morar com você! — falo exasperada assim que entro, Jade me contou que ele resolveu tudo e que ficarias seguras.— Não seria tecnicamente comigo, mas em uma das minhas casas — responde dando de ombros.— Muito melhor! — reviro os olhos.— Foi uma filial das empresas Beaumont que construiu esse condomínio, o lugar é meu e tem uma casa livre do outro lado da praça.— É um favor muito grande para eu aceitar morar de graça em uma casa sua.— Você pode pagar o mesmo aluguel que pagava na casa que morava, já que é tão importante para você.Gargalho sem um pingo de humor, porque isso é o mesmo que de graça, sei que ele deu essa ideia só para fingir que não é um caso de caridade.— O valor não paga nem a taxa no condomínio.Quantos favores eu teria que dever aos Beaumont? Tanto pai quanto filho?Tenho um certo receio do que eles pod
Apolo BeaumontTesto a maçaneta, não está trancada, abro uma pequena fresta e não há ninguém, chamo o sue nome e ainda sem um retorno, abro um pouco mais. O quarto está vazio e o som vem da pequena varanda, vejo a sua figura na cadeira, os braços caídos ao lado do corpo.Ela está passando mal?Meu lado racional diz que ela adormeceu ouvindo a música, já o meu outro lado, aquele comandado pelo meu pau que gosta de se torturar com o que não pode ter, manda eu checar.Meu passo é interrompido em um sobressalto quando noto o que ela está vestida, não é uma roupa de praia. É uma lingerie minúscula rosa que só cobre o essencial, o sol a cobre e ela terminaria se queimando demais desse jeito.Já vi dezenas de mulheres sem roupa, mas Perola nesse conjunto de renda ficará marcada como ferro quente em minha mente pelo resto da minha vida. Ele é literalmente o fruto proibido, uma deusa a ser admirada e que eu quero cultuar com a minha língua. Me afundar em seu corpo, me perder nas curvas macias,