30: Não abra a porta para estranhos

A determinação de Marina deixa Daniela um pouco assustada. Ela sempre soube que a filha, desde pequena, dizia querer ser alguém importante na vida e que sair daquele bairro era um de seus maiores sonhos. No entanto, agora que vê a firmeza nas palavras da filha, a dúvida lhe corrói: a que custo conseguirá alcançar esse sonho?

— Sei que você está fazendo isso pensando em nós, mas lembre-se de uma coisa, querida — diz Daniela com um tom suave, mas preocupado. — Nem eu, nem seu pai, nos perdoaríamos se soubéssemos que você está sacrificando sua felicidade pela carreira.

— Não é só uma carreira, mãe. É um sonho — rebate, com voz firme, mas carregada de emoção. — Quero morar numa casa confortável, num bairro seguro. Quero ver vocês, meus pais, vivendo dias comuns, sem preocupações, presentes. Cresci vendo vocês trabalharem duro, renunciando aos momentos de lazer comigo, apenas para que nada faltasse em casa. Eu não suporto a ideia de vocês terminarem a vida assim.

Mesmo com o peso no coraçã
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