Eita que Victor quer descontar no sábado todo o tempo em que esperou por ela. HAHA
Ao se despedir de Victor com um beijo longo e quente, Marina entra em casa. Quando está prestes a entrar na sala, a voz de Andressa a chama pelo portão. Surpresa, Marina desce as escadas e abre o portão, encontrando a amiga com um olhar curioso e um sorriso leve no rosto. — Oi, Andressa, tudo bem? — cumprimenta Marina, tentando disfarçar o cansaço na voz. — Estou ótima, mas parece que você está ainda melhor que eu — Andressa brinca, com um sorriso malicioso. — Me desculpa, amiga, mas vi você e o Victor se beijando e... não pude deixar de vir aqui saber o que está acontecendo. Marina solta um suspiro exausto, mas oferece um sorriso e decide ser sincera. — Entra, vou te contar tudo — convida, e as duas sobem até o quarto, onde se sentam na cama uma ao lado da outra. Marina respira fundo antes de falar. — O Victor veio até aqui e pediu permissão aos meus pais para me namorar — revela, observando a expressão de surpresa na amiga. Andressa leva a mão à boca, com os olhos brilhando nu
É sexta-feira à noite e, após um longo banho, Victor caminha pelo corredor em direção à sala de jantar, sentindo uma incomum sensação de calma. Em sua mente, só dá Marina e os planos para um final de semana perfeito. Mal pode esperar para estarem juntos, e esse pensamento aquece seu coração. No entanto, ao passar em frente ao escritório do pai, percebe a porta entreaberta e nota algo errado, mas decide ignorar. Porém, a voz grave e autoritária de Xavier o faz parar. — Victor, por favor, venha até aqui — chama Xavier, em um tom que não admite negativa. Victor respira fundo, contrariado. Relutante, dá meia-volta e entra no escritório, onde os pais o aguardam, ambos com uma expressão rígida. A tensão no ambiente é quase notória, e ele já sabe qual será o assunto. Cansado de toda essa resistência à sua relação, encara ambos com um semblante gelado. — Se for mais uma conversa cheia de baboseiras sobre a minha namorada, saibam que não vou ouvir — declara, tentando cortar o assunto pela ra
Ainda incrédulo, Victor pega novamente as fotos de Marina e as observa, uma por uma, como se estivesse tentando encontrar algum defeito, algum sinal de manipulação digital. Mas, por mais que procure, cada detalhe parece real demais para ser uma montagem.— Não pode ser verdade — murmura para si, enquanto sente a voz embargada.A confusão em seus olhos é evidente, e ele não encontra palavras para expressar o turbilhão de sentimentos que o invade: raiva, dúvida, descrença. Novamente em suas mãos, a escritura com o nome de Marina parece um soco no estômago. Ele se pergunta como o pai teria conseguido informações pessoais tão detalhadas, já que a empresa era notoriamente rígida com a privacidade dos dados dos funcionários.Percebendo o quanto o irmão está perturbado, Rodrigo aproxima-se e pousa uma mão solidária sobre o ombro dele.— Victor, calma. Acho melhor você respirar fundo e pensar com mais clareza. Evite agir por impulso — aconselha em voz baixa, tentando impedir uma reação explosi
Quando chegam ao apartamento, Marina percebe que Andressa parece ligeiramente inquieta, lançando olhares rápidos para o celular, como se aguardasse uma mensagem importante. — Está tudo bem? — pergunta, notando o nervosismo da amiga enquanto ela serve o jantar. — Claro, amiga, tudo ótimo! — Andressa responde com um sorriso forçado, colocando um prato diante de Marina. — E então, o que quer fazer primeiro? Piscina ou filme? — Acho que um filme seria ótimo — responde Marina, sentindo um leve desconforto no ar. — Perfeito! — Andressa responde rapidamente, desviando os olhos para o celular mais uma vez. Marina observa aquilo, percebendo a tensão nos gestos da amiga, mas decide não comentar. Ela permanece em silêncio enquanto prova o macarrão com camarão, reparando nas particularidades do apartamento. O lugar parece… vazio. Não há fotos, itens pessoais ou qualquer sinal de que alguém realmente more ali. — Que tal um filme de terror? Ouvi falar de um excelente — sugere Andressa, com uma
O olhar de Victor parece percorrer o rosto dela, cada detalhe tenta decifrar as emoções que passam por seus olhos. Há raiva, dor e uma sombra de dúvida, algo que Marina nunca viu nele antes. — Deveria ser eu a perguntar o que você está fazendo aqui — responde ele, num tom frio, quase sombrio, embora a dor transpareça em cada palavra. Marina sente o estômago revirar, incapaz de compreender o que está acontecendo. Ela percebe que ele não está ali por uma coincidência; há algo mais profundo e sombrio em sua expressão, como se algo tivesse sido quebrado. — Não estou entendendo… — murmura Marina, sua voz sai trêmula. Mas antes que possa continuar, Joana Ferraz aparece no vão da porta, seu olhar fixo e repleto de desprezo interrompe-a. — Vai mesmo se fazer de coitada agora? — A voz de Joana é cortante, carregada de rancor. Seus olhos faíscam com uma frieza ameaçadora. — Você nunca me enganou, sua vadia — declara, avançando em direção à Marina como se quisesse atacá-la. Porém, Victor se c
Joana está no carro, impaciente, sentindo o coração bater forte enquanto espera pelo filho. Cada minuto de silêncio parece interminável, e o medo começa a crescer dentro dela — medo de que Marina, com palavras persuasivas, tente fazer Victor mudar de ideia. Contudo, quando se lembra do olhar frio que o filho lançou para Marina, uma faísca de esperança a faz acreditar que, depois de tudo, ele não perdoaria algo tão grave. Após alguns minutos, Victor aparece no estacionamento do prédio. Ele caminha até o carro com a expressão abatida, como se cada passo pesasse uma tonelada. Quando abre a porta e entra, a mãe o observa atentamente, seus olhos ávidos procuram por qualquer sinal do que ele possa estar sentindo. — O que você fez, Victor? — pergunta, sem conseguir esconder a curiosidade misturada com alívio. — O que acha que eu faria? — ele responde com a voz tensa e estridente. — Queria que eu a agredisse, como você estava disposta a fazer? — pergunta, jogando-se contra o encosto do banc
Lentamente, Marina caminha em direção a Victor, mas o peso dos últimos acontecimentos a faz hesitar. Ela se senta no outro sofá, mantendo uma distância considerável. Victor observa seu gesto, o quanto parece retraída e vulnerável. Ele fecha os olhos por alguns segundos, respirando fundo, tentando organizar os pensamentos e controlar a confusão que o preenche. Sabe que precisa ouvir o que ela tem a dizer, mesmo que as respostas possam parecer confusas. Após um instante, ele se levanta e vai até o sofá dela, sentando-se ao seu lado, mas mantendo uma distância respeitosa.— Olhe para mim — diz ele, com voz firme, mas com uma suavidade que revela sua compreensão. — Quero que você me diga tudo, olhando nos meus olhos.Marina ergue lentamente o olhar. Seus olhos azuis, agora vermelhos e inchados, encontram os intensos e profundos olhos de Victor. A dor, o desapontamento e um pedido silencioso de compreensão pairam no ar entre eles.— Eu nem sei por onde começar — ela murmura, com a voz quase
A voz de Victor soa baixa e profunda, carregada de uma intensidade que faz o coração de Marina acelerar. Ela sente a proximidade de seus lábios, quase encostando nos dela, e cada fibra do seu corpo reage a esse contato que ele ainda guarda, como uma promessa prestes a ser cumprida. Ele a puxa suavemente para seu colo, e seus braços se entrelaçam ao redor dela com firmeza, como se quisesse mantê-la ali para sempre. Seus olhos encontram os dela com um brilho disposto e intenso.— Você não tem ideia do quanto bagunçou a minha cabeça, loirinha. — Sua voz é um sussurro rouco. — Penso em você o tempo todo… tem noção do efeito que está causando em mim?Marina sente o rosto corar e um sorriso suave surge enquanto tenta lidar com a intensidade das palavras dele.— Não fale desse jeito… — ela pede, quase num sussurro.Victor esboça um sorriso enigmático, seu olhar não se desvia um segundo do dela.— Preciso dizer, porque é isso que sinto. Quero você, loirinha, quero você para mim, só para mim.