105: Sentimento de posse
Em mais uma manhã de trabalho, Marina espera pelo namorado, que prometeu buscá-la para levá-la à empresa. No entanto, o celular toca e ela vê o nome de Sávio na tela.

— Sinto muito, amor, mas não vou conseguir te levar — diz ele pelo telefone, a voz carrega frustração. — O pneu do carro furou e o estepe também está vazio.

— Tudo bem, Sávio, sem problema. Possivelmente ainda consigo pegar o ônibus — responde, já se despedindo dos pais e saindo da padaria com pressa.

Ela consegue embarcar no ônibus a tempo, mas, no meio do caminho, um engarrafamento inesperado se forma, atrasando a viagem e fazendo-a chegar na empresa mais tarde do que o planejado.

Marina sente um clima tenso no andar onde trabalha. Funcionários andam apressados de um lado para o outro, murmurando entre si, como se tentassem evitar algo ou alguém. Ao passar em frente à sala de Victor, vê Dayse, a secretária dele, que a observa com um olhar apreensivo.

— Bom dia, Dayse — cumprimenta Marina, mantendo a voz gentil, m
Célia Oliveira

Eita! Essa semana, Victor ficará bravinho, até arranjar uma desculpa para ela não ir.

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