Bianca AlmeidaOuvindo uma voz sussurrada, lentamente vou abrindo meus olhos. Estranhei o teto branco, onde estou? Fechei meus olhos novamente e tentei sentir o meu redor. Estou deitada, consegui mexer os dedos da minha mão e fiquei aliviada quando também conseguir mexer os dedos dos meus pés. Acho que estou bem.Sinto que poderia estar melhor, tentei mexer meu corpo todo e resmungo de dor. Uma dor em minha barriga faz com que não me mexa mais. — Ei, eu! — Ouvi a voz do Christopher. — Não se mexa Bianca, vou chamar o médico. Automaticamente flashes e mais flashes do Pedro chorando e segurando uma pistola em mãos surge na minha mente.— Pedro… — Sussurrei.Não conseguia mais ouvir a voz do Christopher, mas, no fundo, podia ouvir a voz de alguém e logo mais pessoas apareceram. Alguém Pedir para que eu abrisse os olhos, estou apertando com tanta força e, ao mesmo tempo, senti uma dor. Levei um tiro, a pistola que estava com Pedro era de verdade. Levei um tiro e sobrevivi.— Pedro… — Cha
Bianca Almeida Passei quase dois dias dopada, porque sempre quando acordava insistia para ver Pedro e ficando alterada, os médicos acharam melhor me conter com os remédios. Estava sendo irracional demais e dificultando a minha saída desse lugar. Precisava afastar aquelas crianças da Margot, mas estando no hospital me recuperando de uma recente cirurgia seria difícil. Me comprometi comigo mesmo em ajudá-los e não estou conseguindo cumprir.Aguenta mais um pouco Pedro, era o pedia sempre. Christopher estava comigo, quando acordava ele estava ali pronto para oferecer sua ajuda. Hoje estou completamente livre dos remédios mais fortes, não iria repetir os mesmos erros de antes.— Não quero mais. — Afastei o resto da comida.Christopher olhou para o prato, concordou, havia comido o bastante justamente para que não brigasse comigo. Sra. Molloy veio algumas vezes, na maioria estava desacordada e Christopher me falou da sua visita.— Você falou que tinha outros problemas para resolver… — Come
Christopher Brewer— Christopher, você pode parar um pouco e me ouvir?Peguei a minha carteira em cima da mesa do meu escritório e a coloquei em meu bolso.— Não, tenho problemas para resolver e problema esse que você poderia ter evitado se desejar tanto me ajudar. — Comecei a sair do meu escritório tendo a Margot vindo atrás de mim.— O que você queria que eu fizesse? Kira achou melhor entrar em contato com os pais da Bianca.Parei, me virando para ela.— Você sabia muito bem o meu posicionamento sobre isso. Poderia ter me ligado e avisado, agora Michel está me importunando para ver Bianca.— Ele é o pai dela! — Nem todos se dão bem com a própria família, Margot! — A rebati. — tivemos o privilégio de ter pais que nos apoia e que sempre esteve ao nosso lado, mas infelizmente não são todos assim. Bianca tem os problemas dela e se não quer o pai por perto temos que respeitar.Margot não consegue esconder a raiva cada vez que menciono o nome da Bianca. Provavelmente meus problemas com e
Christopher BrewerMassageie as têmporas, respirando fundo. Uma dor de cabeça chata não me abandonava por nada, troquei com a Sra. Molloy hoje, ela iria passar a noite com a Bianca. Estou focado em evitar as brigas com a Bianca e começar a falar sobre Joseph iria nos afastar novamente. Por mais que eu seja uma pessoa direta e não goste de enrolação, não conseguia ser com a Bianca. Não conseguia falar com ela sem parecer uma sensação de posse, ela não é um objeto, mas meu temperamento não é dos melhores. Principalmente agora. A polícia está atrás do homem que o amigo do Pedro descreveu, segundo o menino, o desconhecido entregou a pistola a ele dizendo fazer parte dos brinquedos e que havia caído. Falou que deveria voltar para a festa e entregar para Pedro, porque essa em especial era um presente para o meu filho que mandei entregar. A criança toda inocente fez o que o homem pediu.O bom é que o amigo do Pedro foi bem específico em cada detalhe desse homem, como se pudesse vê-lo na fre
Bianca Almeida Sra. Molloy entrou no quarto com uma bolsa de lado e me cumprimentou indo até o sofá mais próximo para deixar a sua bolsa. Continuei olhando para a porta e nada de mais alguém acompanhá-la. Parece que veio sozinho, não que eu estivesse esperando que alguém viesse com ela.— Ele não vem. — Sra. Molloy me olha. — Ele quem? — Me fiz de desentendida.Sra. Molloy negou com a cabeça e abriu um dos bolsos da sua bolsa pegando o meu celular. Ela veio até mim.— Sr. Brewer, pediu para que ficasse com você essa noite. Está tudo bem entre vocês?Liguei o aparelho. Estava totalmente carregado, mas foi mantido desligado.— Por que não estaria? — olhei as notificações que recebi no meu celular, evitando ao máximo de olhar para ela.Sra. Molloy não insiste uma conversa sobre o Christopher.— Sr. Brewer pediu para te avisar que deu tudo certo sobre o seu pai. — Olhei para ela rapidamente. — Ele voltou hoje para o Brasil. Olha, não quero me envolver nos seus assuntos, mas acho que log
Bianca AlmeidaForam quase duas horas de viagem, Christopher se limitou a falar comigo o máximo que podia e procurei não insistir. A sensação de ansiedade aumentava a cada segundo e me sentia mais viva com essa sensação, os últimos dias tem sido tedioso naquele quarto. Alimentação está sendo regrada, passa a maioria do tempo no meu quarto e quando não estou no quarto estou em uma sala fazendo a fisioterapia. Nunca fui fã de hospitais e estava torcendo para poder sair logo.Subimos uma colina afastada da cidade, era parte mais fria de Nova York, o carro parou em frente a um grande casarão. Estreitei meus olhos, é uma clínica. Christopher é o primeiro a sair do carro e não me deixa sair até que vestisse um casaco, não era preciso dizer muito, apenas olhar para sua cara de poucos amigos. Vestir a peça que ficou perfeitamente bem, era do meu tamanho o sobretudo. A levantou a minha autoestima 10 vezes a mais, o que não sentia dias.— Acho que eu não vou mais te devolver. — Christopher me o
Bianca Almeida Estou deitada com Pedro em seu quarto na clínica, passava a mão pelo seu cabelo enquanto a gente conversava. Seus olhos estavam quase se fechando e ele fazia um grande esforço para se manter acordado. Faltava pouco para o horário do almoço e acho que Pedro está cansado demais para isso, o que me faz pensar que não tem dormido direito. — Tia Margot me falou que você iria morrer e a culpa seria minha. — Pedro olhava para suas mãos e mordeu o canto da boca. — Eu não… queria te machucar, queria brincar com você… Desculpa. Enrolei uma mecha de seu cabelo entre meus dedos. Christopher não está no quarto conosco, deve estar conversando com o médico de Pedro. Não sei como que funciona as coisas por aqui. — Não pense mais nisso, Pedro. — Pedi. — Olha, eu estou aqui com você agora. Pedro ergueu o rosto para mim olhar. — Minhas irmãs falaram que a Tia Margot está ficando lá em casa. — O biquinho que se formava em sua boca me dava vontade de apertar suas bochechas. Esse garoto
Bianca Almeida Assim que Pedro acordou, ele comeu e foi para o banho. Almoçamos todos juntos e a cada segundo parecia que Pedro estava melhor. Ainda acho que devolvemos ter a opinião de um segundo médico, mas sei o motivo do Pedro ter desgrenhado e tido uma piora muito grande repentinamente. Ao mesmo tempo que estou louca para ver Margot, queria que esse momento demorasse para chegar. Precisarei de muito autocontrole. — Imagino que Pedro tenha te contado o motivo de não querer voltar para casa. — Christopher estava com as mãos no bolso da frente da sua casa, olhando para a porta onde seu filho estava. — É pelo que aconteceu? Não consegue voltar para casa… Pelo que aconteceu? Não, ele não quer voltar para casa porque tem uma louca debaixo do seu teto. Uma mulher sem noção que só pensa nela mesmo e no que ganhará, ela quer ser a Sra. Brewer e me pergunto se ela ama alguém dessa família. — Não. — Sou sincera. Em partes… — O motivo é outro. Christopher me olhou. — Qual? Abaixei a c