Bianca AlmeidaBruno me olhava querendo respostas e não parecia me dar opções de enrolar ou querer mudar de assunto. Porém, não iria desconversar. Não gostei das suas palavras, parece que as minhas meninas estão bem. São minhas, ainda sou babá delas, ainda sou babado Pedro e é meu dever cuidar deles.— Como assim estou indo de mal a pior? — Antes que Bruno começasse a falar, me adiantei. — Se você quer respostas, terá que me passar mais informações. Sou eu que estou deitada nessa cama e é você que precisou vir até mim para responder às suas perguntas.O seu olhar muda impressionado com a minha atitude. Não tem nada de anormal, a meu ver.— Você se preocupa bastante com eles. — Comentou.— Sou a babá.— E parece que você leva seu trabalho muito a sério. — Sempre!Bruno balança a cabeça, concordando. Ele me olha atento e me analisando constantemente, não faço questão de fazer o mesmo, sei que Bruno entrou naquele modo de novo de me analisar e ver se sou confiável.— Danielle teve seu c
Bianca AlmeidaQuando Christopher e Pedro voltaram para o quarto, Bruno estava no banheiro. Bruno dum bom ator diferente de mim para que Christopher não percebesse nada. Pedro tinha dois picolés em mãos e veio me entregar um, agradeci. Olhando para Pedro podia ver a grande diferença de quando ele estava na clínica, não quero vê-lo nunca mais naquele lugar.— Ah, chegaram…— Pedro, que tal cobrar aquela coisinha ao seu padrinho? — Christopher sorrir para o seu filho.Ele está é atuando, porque dava para perceber a raiva dele por sair do quarto.— Sim! — Pedro vai até Bruno que havia acabado de sair. — Padrinho, me leva no parque? Por favor! Queria brincar um pouquinho.— Mas o parque mais próximo é longe…— Tive que ir a dois quarteirões para conseguir os picolés, seu cretino. — Sussurrou a parte do xingamento. Pedro fingiu não ter ouvido nada. — Então você vai levar ele, sim, até o bendito parquinho e não volta aqui antes das 3:00 da tarde.Fiquei em silêncio olhando para eles. Bruno
Christopher BrewerA cada respiração profunda sentia uma dor em meu peito. Uma sensação tão estranha e agoniante, me sentei novamente, encostei minha cabeça no encosto do sofá e fechei os meus olhos. Hoje é o dia dos meus exames, não pude dormir com a Bianca no hospital, Joseph preciso de ajuda na empresa e fiquei até tarde no trabalho. Pedro ficou fazendo companhia para ela, assim como a Sra. Molloy. Danielle e Lilia estão sabendo que o irmão está com a Bianca, senti um ciúme vendo das meninas, mas elas não escondem como estavam felizes pelo irmão está bem de novo. Margot, por outro lado, achou que fosse muito irresponsabilidade da minha parte e que estava confiando demais na Bianca.Apenas concordavam com o que dizia e não respondia, o que acabou deixando Margot bem irritada.— Papai? — Ouvir a voz da Lilia. Abre os meus olhos e virei o meu rosto para olhá-la. — Você está bem?A chamei com a mão para que viesse sentar ao meu lado, Lilia correu e ao chegar perto do sofá diminuiu a su
Bianca Almeida Sentei na minha cama, me respirei profundamente. Havia acabado de tomar meu banho e estava me sentindo tão bem por estar aqui. Uma sensação boa e gostosa por está com as crianças novamente, algo que não tenho com meu pai. Hoje foi minha primeira conversa com Michel, Pedro ainda estava dormindo e a conversa não foi das melhores.Michel simplesmente odeia Christopher e quer voltar para Nova York e me levar de volta para o Brasil. Ele falou e falou, sem querer ouvir minha opinião.Dois anos e as coisas continuam as mesma.Olhando para trás vejo que foi a melhor decisão vim no lugar da Claire. Quando sentir Danielle me abraçando com tanta força pela cintura e Lilia abraçando com a mesma intensidade a minha perna, senti uma paz interior tão grande e muito amada por elas. Pedro também participou do abraço e podia sentir aquela sensação de família novamente que anos não sentia.Christopher havia comentado que as meninas haviam ficado enciumadas, e confesso que não acreditei m
Bianca AlmeidaNão conseguia ficar parada e depois da minha conversa com Margot menos ainda. Precisava fazer alguma coisa para me distrair, as crianças não estão dentro da sua rotina de antes. Talvez eu conseguisse passar um tempo a mais como eles. Sai do quarto a procura das crianças, não sei por onde a megera da Margot estaria e Christopher tinha me falado que precisaria ir até a empresa. Não falo com Joseph há dois dias, não sei como ele reagiria se soubesse que estou com seu irmão. A nossa conversa depois da volta de Milão, Joseph falou que Christopher não poderia saber que gosto dele.O jeito dele de falar sobre o irmão foi estranho, mas diferente do Christopher que falava sempre com agressividade.E vendo agora não tem como acreditar em Joseph, Christopher foi atrás para que ficássemos juntos. Não dá para imaginar uma versão dele do qual se aproveita dos meus sentimentos. Christopher é muito certo em tudo que diz, suas atitudes o acompanha. Não queria que a minha amizade com Jos
Christopher Brewer O rosto de Margot estava avermelhado, o estalo do som do tapa fez com que a minha mãe desce um pulo e um grito assustada. Segurava Bianca firme em meus braços, impedindo que fosse para cima da Margot. Que bagunça é essa?! Lilia é o alvo? Havia uma troca de olhares entre Bianca e Bruno, não estou gostando disso. Está acontecendo alguma coisa debaixo do meu teto e não estou sabendo. E saber que um dos meus filhos estão envolvidos faz com que as coisas piorem.— Bruno, você tem alguma coisa para dizer? — ele estava ao lado de Margot, a cabeça levemente baixa e o olhar perdido.Queria saber como está envolvido nessa história. No fundo, sentia que ter Bianca e Margot embaixo do mesmo teto não seria nada bom, mas justo no primeiro dia?— Nada! — Margot grita com os olhos marejados. — Fui agredida dentro da sua casa por essa funcionária de merda e agora me tornei a vilã, Christopher?! — Margot… — Repreendi pelo jeito que chamou Bianca.— Não, Christopher! Eu não fiz nada
Christopher BrewerNão me impediram quando entrei no condomínio que Margot mora, fazia um tempo que não vinha aqui. No prédio onde ficava seu apartamento era um dos primeiros, o porteiro me cumprimentou gentilmente, passei direto não querendo perder meu tempo. Gentileza educação é algo que não estou querendo fazer, há coisas que requer minha atenção. Ansiava para o elevador chegar no décimo primeiro andar logo, minha conversa com Margot não será das melhores durante esses anos que convivemos e parece que terá um fim. Não conseguia sentir remorso com essa possibilidade, pouco me imaginava sentir sua falta. A mantinha por perto pela frequência que tinha na minha vida e na vida das crianças quando Amanda estava viva, com sua morte acredita que seria importante para as crianças mantê-la por perto.Não consegui ver Lilia, porque sabia que se visse com os meus próprios olhos, o que iria fazer na casa de Margot poderia ser pior. A reação de Bruno entregou muito, o jeito da Bianca reagir e
Bianca Almeida— Cadê meu pai? — penteei o cabelo de Pedro para trás, ao mesmo tempo que prendia ele entre as minhas pernas porque ele não parava quieto.Gostaria de responder essa pergunta com certeza, mas nem eu saberia ao certo.— Está no hospital com a sua avó. — Pelo menos era o que o Bruno me falou, quando saiu da mansão dizendo que iria se encontrar com Christopher no hospital.Danielle está no quarto conosco, bem quieta e apenas nos ouvindo, Lilia havia dormido e muitos depois que Bruno saiu. Olhei para mais velha que passava o dedo pela coxa aleatoriamente, seus pensamentos estão distantes e gostaria de saber o que a atormentava. Seu rosto tristonho não me agradava, Margot não está mais aqui. Bruno e Margot conversaram, não sei que conversa foi essa, mas um tempo depois Margot estava indo embora com as suas coisas sem fazer questão nenhuma de falar com as crianças. Para mim tudo bem. Só mostra o quão errada ela está.— Vovó ficará bem, não é? — Pedro volta a se mexer e cruzei