—Bella.. —me sobressaltei ao sentir as mãos de Lorenzo em minhas pernas, eu estava em um sono profundo.. Depois do turbilhão de emoções que eu tive, por culpa minha e eu tinha total compreensão daquilo. Olhei no relógio e era pouco mais de sete da manhã.. Eu nem me dei conta se Gio chorou durante a noite. —Lorenzo? O que está fazendo aqui? —até a pergunta saiu confusa, não estava entendendo o porquê dele estar ali.. Mas me coloquei e sentada rapidamente, verifiquei cada pedaço dele e estava tudo no lugar, não iria me perdoar ser não estivesse. —Está tudo bem? —ele questionou com o cenho franziu e os lábios ligeiramente curvados em sinal de que queria rir.. Mas acontece que eu não estava achando a menor graça. —Eu que te pergunto isso.. Está tudo bem? Ela não arrancou nenhum pedaço seu? – questionei e Lorenzo deu uma longa gargalhada como resposta. Só que eu não tinha intenção alguma de rir e ele parou ao notar que eu falava bem sério. —Não.. Ela não arrancou nenhum pedaço de
Meus nervos estavam a flor da pele, eu via as pessoas andando de uma lado a outro.. Um copo de água com açúcar foi entendido em minha direção, eu o bebi de uma só vez.. Mas acho que nem aquilo foi o suficiente para aplacar o meu sentimento.. Para acalmar os meus nervos. Eu só queria o meu filho ali comigo, os funcionários do hotel estavam empenhados em ajudar no que fosse possível.. Ninguém tinha visto o meu filho.—Eu vou chamar a polícia —Chiara falou e eu concordei, alguém pod... Eu não queria nem pensar naquela possibilidade. Só de fazê-lo eu já me arrepiava por inteiro.—A polícia só vai agir depois de vinte e quatro horas... Eu não vou esperar esse tempo todo para achar o meu filho! —Lorenzo falou e eu me voltei para ele.. Eu sabia que ele estava ali como todos os outros, mas eu me sentia anestesiada e não raciocinava direito.. Só que de uma coisa eu sabia, estava faltando gente ali naquele quarto.—Onde está Dominique? —perguntei e todos se viram pra mim, vi Chiara abrir a
Vi Gabriela passar por mim com o nosso filho sã e salvo em seus braços.. Foi angustiante ver ela sofrendo sem sabe do nosso filho, foi apenas algumas horas, mas ela sofreu como se ele tivesse sumido por semanas. Tudo mundo se dispersou depois de tudo resolvido.. Bem nem todo mundo, segurei o braço de Paola, impedindo que ela fugisse para o seu quarto.. Eu precisava deixar algumas coisas bem clara com ela. —Lorenzo.. —ela falou ao olhar o lugar em que eu segura com força, não para machucar.. Embora fosse a minha vontade. O meu aperto em seu braço só impedia que ela se afastasse sorrateiramente. —Eu já passei pelo meu juro e juiz —ela falou. —Então agora você vai passar pelo seu pior pesadelo —avisei fazendo ela engolir a seco, mas eu não estava nem aí se estava a assustando... Na verdade a minha intenção era realmente aquela. —Tem sorte de ser minha prima.. Ou já teria ido parar na cadeia, eu realmente cheguei a acreditar que você fosse diferente de Dominique —falei e os seus olhos
Lorenzo consegue me convencer de que trabalhar de casa era melhor. Não só para mim, mas também para o nosso pequeno.. Ele pediu que Lorena trouxesse algumas pastas contendo os documentos que eu iria por em ordem. Eu confesso que achei a possibilidade de ficar com o meu filho o dia todo incrível, depois de todo estresse que passei.. Não iria me permitir tirar os meus olhos de cima dele. Ouvi a campainha e sabia ser Lorena, ela já havia sido anunciada no interfone.. Caminhei a passos largos até a porta. Assim que eu abri Lorena estava ali com uma pasta em mãos e um sórdido no rosto.. Um rosto de cansaço, sabia que o trabalho não deveria estar sendo fácil.. Se bem que o cansaço poderia não se pôr aquele motivo, nunca mais tínhamos conversado.. A minha vida estava uma bagunça em todos os âmbitos. Ela me ofereceu um sorriso e eu lhe dei passagem. —Trouxe os documentos —ela falou me estendendo a pasta —Eu também soube do que aconteceu.. Você e o senhor Mancini, sinto muito —ela falou e
Eu estava muito nervosa.. Mas eu tentei conter aquilo, o meu nervosismo não iria me ajudar em nada, muito pelo contrário. Eu tinha fé que tudo iria dar certo.. Eu não precisava me preocupar com nada, foi aquilo que eu coloquei na minha cabaça a para tentar conter as minhas mãos que estavam trêmulas. Assim que o táxi que eu havia pedido parou na minha frente, eu entrei nele sem olhar para trás.. Se eu fizesse talvez eu não saísse dali.Enquanto o carro fazia a o seu percurso até o restaurante.. Eu me pensando em como eu deveria conduzir tudo.. Também me peguei pensando no que Lorenzo iria fazer, logo eu balancei a minha cabeça de um lado a outro para expulsar os pensamentos, antes que aquilo me fizesse desistir. Olhei a paisagem através da janela.. Os pensamentos que povoavam a minha cabeça naquele momento era só que tudo deveria dar certo. —Está tudo bem? – olhei para frente e encontrei os olhos do motorista através do espelho, eu dei-lhe um sorriso fraco e balancei a minha ca
A minha cabeça estava pesada, eu tinha passado muito tempo revisando os documentos, como eu falei a Gabriela que o faria. A cada momento que eu confirmava o que Paola me falou, eu ficava irritado e querendo o sangue do meu próprio tio.. Quem nem merecia ser chamado assim. Ouvi uma batida na porta e logo a mesma se abriu, me deixando surpreso com quem passou por ela. —Acho que nós precisamos conversar —Diogo falou e sentou-se a minha frente, eu apenas balancei a minha cabeça e sabia que a conversa que teríamos era sobre Gabriela e o seu plano... Plano que eu não concordava, mas estava participando não por muito tempo mais. —Você tem razão.. Isso já deveria ter acontecido —falei e ele é levantou a sobrancelha em minha direção, entendi aquilo como um sinal para prosseguir. —Quero que saiba que eu não tenho controle sobre o que Gabriela faz.. Nem sobre o que ela me obriga a fazer —falei esperando vir dele um veredito arrasador.. Mas não foi bem aquilo que acabou acontecendo. —
—Cugino.. Achei que nunca fosse receber uma ligação sua, já que é da parte da Famiglia que não tem problema com a justiça —Salvatore falou ao atender a minha ligação, soltei um suspiro e segurei a vontade de revirar os olhos —Que eu saiba você também não tem problema com a justiça... Você compra todos eles —falei e ele soltou um muxoxo, como se aquilo não fosse nada demais. Eu sabia que Salvatore se colocava acima do bem e do mal e aí de quem se colocasse no caminho dele. —Eu não liguei para falar disso.. Preciso de você primo —falei e ele coçou a garganta, eu não podia vê-lo.. Mas sabia que qualquer resquícios de zombaria havia sumido do seu rosto naquele momento. Se tinha alguma que poderia me ajudar era Salvatore.. Para ter a minha mulher segura eu faria qualquer coisa, eu sabia que Salvatore tinha gente em todos os lugares.. É da Itália ele comandava muitas coisas aqui no Brasil. Nós éramos primos, ninguém leu nada errado.. Só que era uma ligação que era mantida sete chaves
Eu tinha a terrível mania de me envolver em enrascada.. Talvez só naquele momento eu estava me dando conta de que eu não era mais sozinha para agir com uma adolescente irreparável, eu tinha um filho e qualquer coisa que me acontecesse ele poderia ficar só.. Sem a presença de uma mãe, por isso eu não resisti ou tentei nada contra Rodolfo. Ver a insanidade nos olhos dele me fez saber que eu tinha que ir sem protestar, eu sabia que ele era perigoso e quis me colocar nessa situação.. Só torcia para isso ser rápido, seja lá o que fosse.Ele tinha colocado alguma coisa em minha cabeça e eu não conseguia enxergar nada, só conseguia sentir que nos movíamos.. Até percebi que o carro fez várias e várias voltas, eu tinha assistido filmes e sabia para quê aquilo funcionava, Rodolfo não era nenhum pouco burro e sabia que eu poderia dar algumas informações.. Ele tinha a intenção de me deixar falar com Lorenzo pra pressioná-lo ainda mais.—Venha —ele falou assim que o carro parou seu movimento —v