A minha cabeça estava pesada, eu tinha passado muito tempo revisando os documentos, como eu falei a Gabriela que o faria. A cada momento que eu confirmava o que Paola me falou, eu ficava irritado e querendo o sangue do meu próprio tio.. Quem nem merecia ser chamado assim. Ouvi uma batida na porta e logo a mesma se abriu, me deixando surpreso com quem passou por ela. —Acho que nós precisamos conversar —Diogo falou e sentou-se a minha frente, eu apenas balancei a minha cabeça e sabia que a conversa que teríamos era sobre Gabriela e o seu plano... Plano que eu não concordava, mas estava participando não por muito tempo mais. —Você tem razão.. Isso já deveria ter acontecido —falei e ele é levantou a sobrancelha em minha direção, entendi aquilo como um sinal para prosseguir. —Quero que saiba que eu não tenho controle sobre o que Gabriela faz.. Nem sobre o que ela me obriga a fazer —falei esperando vir dele um veredito arrasador.. Mas não foi bem aquilo que acabou acontecendo. —
—Cugino.. Achei que nunca fosse receber uma ligação sua, já que é da parte da Famiglia que não tem problema com a justiça —Salvatore falou ao atender a minha ligação, soltei um suspiro e segurei a vontade de revirar os olhos —Que eu saiba você também não tem problema com a justiça... Você compra todos eles —falei e ele soltou um muxoxo, como se aquilo não fosse nada demais. Eu sabia que Salvatore se colocava acima do bem e do mal e aí de quem se colocasse no caminho dele. —Eu não liguei para falar disso.. Preciso de você primo —falei e ele coçou a garganta, eu não podia vê-lo.. Mas sabia que qualquer resquícios de zombaria havia sumido do seu rosto naquele momento. Se tinha alguma que poderia me ajudar era Salvatore.. Para ter a minha mulher segura eu faria qualquer coisa, eu sabia que Salvatore tinha gente em todos os lugares.. É da Itália ele comandava muitas coisas aqui no Brasil. Nós éramos primos, ninguém leu nada errado.. Só que era uma ligação que era mantida sete chaves
Eu tinha a terrível mania de me envolver em enrascada.. Talvez só naquele momento eu estava me dando conta de que eu não era mais sozinha para agir com uma adolescente irreparável, eu tinha um filho e qualquer coisa que me acontecesse ele poderia ficar só.. Sem a presença de uma mãe, por isso eu não resisti ou tentei nada contra Rodolfo. Ver a insanidade nos olhos dele me fez saber que eu tinha que ir sem protestar, eu sabia que ele era perigoso e quis me colocar nessa situação.. Só torcia para isso ser rápido, seja lá o que fosse.Ele tinha colocado alguma coisa em minha cabeça e eu não conseguia enxergar nada, só conseguia sentir que nos movíamos.. Até percebi que o carro fez várias e várias voltas, eu tinha assistido filmes e sabia para quê aquilo funcionava, Rodolfo não era nenhum pouco burro e sabia que eu poderia dar algumas informações.. Ele tinha a intenção de me deixar falar com Lorenzo pra pressioná-lo ainda mais.—Venha —ele falou assim que o carro parou seu movimento —v
Dizem que quando você está para morrer a sua vida passa diante dos seus olhos, só que aquilo não aconteceu comigo.. Foi um momento muito rápido, em que eu estava sob a mira de Rodolfo e no momento seguinte eu já estava correndo em direção a Lorenzo. Senti o meu corpo atingir o chão e nenhuma dor além da do impacto da queda foi manifestada em meu corpo.. O que era aquilo, será que eu tinha morrido?—Aaaa maldito... A Minha mão — escutei o grito de desespero de Rodolfo e um baque forte, ele continuou a gritar.. Eu mantinha os meus olhos apertados até as vozes ao meu redor se misturar e eu senti que o meu corpo estava sendo levantado. —Você está bem meu amor? Gabriela? —a voz desesperada de Lorenzo me fez abrir os olhos e a primeira coisa que fiz foi beijá-lo com tudo o que havia em mim.. Tudo pareceu sumir a nossa volta até a dor que eu estava sentindo, se fosse para morrer. Aquela iria ser a melhor morte possível, nos braços do homem que eu amo. —Tira ela daqui.. Ela não foi ating
—Aqui está tudo o que é preciso para acabar com o Figlio di puttana.. Cortesia do Salvatore —Olhei o homem que acabará de entrar na sala sendo seguido por meu irmão. Não que eu estivesse com medo depois de saber que ele era da máfia.. Eu só estava desconfortável por aquela ligação de Lorenzo com eles, eu realmente não sabia muitas coisa sobre o pai do meu filho.. Pois eu sempre era capaz de descobrir mais. —Eu serei grato a ele.. Eternamente —Lorenzo falou e eu engoli a seco. Tudo aquilo era por minha causa se eu não tivesse me metido com Rodolfo.. Serena e o tio de Lorenzo, nada disse teria acontecido. Ter a percepção daquilo me fez murchar cada vez mais. —Mio fratello saberá cobrar na hora certa, Cugino —arregalei os olhos ao ouvir aquilo —Signorina sinto muito por não me apresentar direito —ele falou ao se voltar pra mim, e eu não consegui me livrar da visão hipnotizante dos seus olhos —Romeo Bianchini.. Consigliere da máfia e também salvador da pátria nos momentos vagos —fa
Em torno desses dois anos eu não podia dizer que não imaginei exatamente isso.. Perdia hora acordado pensando em como seria revê-lo e ter uma vida com ele e nosso filho, agora tudo parecia tão certo e depois de tudo e do que ele estava demonstrando era quase uma possibilidade indiscutível. Senti as lágrimas escorrer pelo meu rosto, eu ainda estava na mesma posição.. O choque do momento tornava impossível que eu me movesse e sinceramente eu não queria aquilo. —Você.. O que? Como? —as palavras saíram desconexas da minha boca, senti ele percorrer o caminho que as lágrimas tinham feito no meu rosto. Lorenzo as limpou suavemente, enquanto eu ainda continuava embasbacada com a sua pergunta.. O seu pedido, eu havia ficado daquele jeito pois de todas as possibilidades que eu cogitei nada pareceu tão certo e encaixado como naquele momento depois de todas as palavras que ele me disse. —Casa comigo Bella? —ele falou segurando o meu rosto entre as mãos. Eu juro que se eu estivesse em pé na
—Eu não acredito.. Era pra você ter me mandado uma mensagem no exato momento em que —Julia estava falando ao olhar abismada, Para o anel em minha mão. Ela não era a única que estava com aquela expressão no rosto e eu podia até dizer que aquilo me divertia, Helen e Chiara olhavam a tudo com algo a mais no olhar e eu sabia que cada uma tinha os seus motivos diferente para aquilo.. Helen me considerava um filha e Chiara era a mãe de Lorenzo e deveria ter esperando muito tempo por aquilo bem mais do que o próprio, me atrevia a dizer. —Eu teria feito isso... Mas ver sua cara assim foi a melhor decisão deixar para contar só agora —ela bufou e Diogo a puxou para sente-se junto a ele novamente. Apesar daquele drama de Julia o sorriso na saia da minha boca e eu olhei em volta.. Lorenzo estava com o nosso filho no colo, Átila estava conversando com ele e o mesmo estava acompanhando de uma bela morena. Quim e Lorena estavam presentes também e aquilo me deixava feliz, principalmente por esta
—O.. O que significa isso? —perguntei vendo aquele tanto de gente com roupas.. Não eram roupas normais. Os meus olhos na direção de Lorenzo pedia uma explicação para tudo aquilo e o seu significado, era o mínimo já que eu não estava entendendo nada. Ele abriu um sorriso em minha direção e passou pelas pessoas desconhecidas que está segurando araras de roupas que estavam muito bem protegidas. —eu não estou entendendo, onde está Gio? —questionei ao procurá-lo no lugar onde o havia deixado brincando.—Ele está bem.. Esta com a Helen e a minha mãe —falou me fazendo apertar os olhos ainda mais em sua direção. Puxei Lorenzo um pouco mais afastado de todas as pessoas que estavam ali esperando o que tínhamos que resolver.—Agora você vai me explicar o que significa isso? —questionei sentindo o meu coração totalmente acelerado até porque eu já tinha uma vaga ideia, mas eu queria ter a certeza que não estava delirando e aquilo realmente estava acontecendo. —Lorenzo —falei o seu nome em súpl