—Pelo visto você está indo muito bem em seus negócios meu caro – as palavras vieram de Dominique e eu apertei os meus olhos em sua direção. Minha mãe conversava com Gabriela, Gio estava bem quieto no colo da Nonna e Paola.. Bem, ela não falou muito apenas me olhava e Gabriela já tinha percebido aquilo. Eu tinha medo que a qualquer momento ela voasse no pescoço de Paola.. Se ela o fizesse, eu nem iria poder impedi-la. —Sim.. Eu sei prosperar sem precisar herdar nada de ninguém —falei, naquele momento os olhos de todos a mesa se voltaram para mim.. Bem, basicamente só a minha mãe Gabriela. Dominique e Paola já o faziam, eu não tinha falado nenhuma mentira e a minha mãe sabia a minha posição sobre o meu querido e adorado tio. —Um pouco de trabalho é sempre edificante —falei e ele deu-me um sorriso amarelo como resposta. —Isso não é um jantar de negócios —Foi minha mãe que falou e eu dei graças a Deus por aquilo. Não queria ter que entrar naquele assunto com ele, nem no momento presen
Assim que eu coloquei os pés no primeiro degrau.. Para entrar no escritório, senti que algo estava muito errado. As pessoas nunca me olharam como estavam fazendo naquele momento, cheguei a achar que tivesse algo errado comigo.. Talvez eu tivesse vindo de toalha, mas ao me olhar eu vi que não era daquilo que se tratava. Passei diretamente para a minha mesa e assim que eu me sentei Lorena chegou. —Está todo mundo sabendo do jantar em família de vocês —ela falou quando eu questionei o que estava acontecendo. —Bem.. Na verdade todos estão impressionados com o filho de vocês —franzi o cenho e ela deu-me um riso sem graça —Você sabe que os garçons são fofoqueiros, eles espalharam como o seu filho era a cara do senhor Mancini —ela falou. —Isso não é nenhuma novidade tendo em vista que Gio é filho dele —falei como se fosse óbvio e ela desviou o olhar —A não ser que não seja apenas isso.. O que está acontecendo de verdade? —questionei achando tudo muito estranho. —Eu.. É.. Bem – ela come
—O.. O que está fazendo aqui? – questionei para o homem a minha frente e ele abriu um sorriso discreto e levantou a sobrancelha em minha direção. Puxei o meu braço do seu agarre discretamente e ele levantou as mãos, o lugar que ele havia tocado estava queimado feito brasa.. Mas não de um jeito bom. —Isso aqui é um restaurante Gabriela.. Eu vim almoçar —Rodolfo falou como se aquilo fosse óbvio e eu segurei os meus impulsos de revirar os olhos. —Mas sabe que foi um grata surpresa encontrá-la aqui.. Eu não a via a um bom tempo, é sempre bom ser agraciado com a sua beleza. —ele falou e eu não gostava nenhum pouco do jeito como ele me olhava. Quase que eu respondi que não poderia dizer o mesmo sobre ele. —Eu não sabia que tinha o costume de frequentar o Tortelline —falei e ele abanou a mão no ar. Fazendo-me olhá-lo com mais atenção e interesse, Rodolfo é um homem esperto.. Pena que ele foi se meter logo comigo. —Eu estava sentindo que precisava vir hoje aqui.. Pare e que eu acertei
Rolei de um lado a outro na cama, eu não conseguia dormir minha cabeça fervilhava ao dar votas e voltas em tudo o que aconteceu mais cedo. Na hora eu tinha certeza que estava fazendo tudo certo.. Agora eu já não a tinha mais, mas eu também não iria voltar atrás não depois de ter as minhas dúvidas colocadas em alta, com Laura e com Rodolfo. Eu tinha quase certeza que Serena era quem estava incentivando os dois.. Ela não aceitará a humilhação que Lorenzo a fez passar e era ruim o suficiente para armar algo grande. Já na percepção de Lorenzo.. Se tinha alguma coisa como desconfiava, quem estava por trás era Rodolfo. A verdade era que tanto Serena quanto o deputado, nenhuma dos dois valia porcaria nenhuma. Levantei da cama, já que eu não estava conseguindo dormir tomar um pouco de ar poderia me fazer bem. Eu achei melhor que Lorenzo não dormisse em minha casa.. Pelo menos por enquanto, a contragosto ele aceitou só não havia entendido.. Mas aquilo era o que menos importava para mim. De
—O.. O que? Do quê você está falando Gabriela? – questionei assim que ela passou pela porta fazendo aquela pergunta absurda —Você não está fazendo sentido —falei pois era a mais pura verdade.. Não sabia de onde ela havia tirado aquilo. Primeiro ela vinha com aquilo de se aproximar de Rodolfo, queria que eu fizesse o mesmo com Serena.. Eu não vi problema naquilo se iria fazê-la bem, agora ela vinha com isso do nada. —Com a chácara.. Você vai ter que ficar mais tempo por lá, não tem como você manter uma chácara com vinícola estando aqui – ela falou e eu soltei um suspiro, de onde ela havia tirado aquele absurdo? Balancei a minha cabeça e me levantei dando a volta na mesa e parei na frente dela... Vi ela engolir a seco. —Sim.. Tem como, mas se eu for ficar um tempo por lá eu quero vocês comigo —falei e ela apertou os olhos minha direção. —Gabriela, não tem a mínima chance de eu ficar longe do meu filho e de você —falei e fiz ela soltar um suspirou pela intensidade das minhas palavra
—Qual o seu interesse na chácara Dominique? – a pergunta da minha mãe causou o espanto no irmão.. Ele não estava esperando por aquilo, certamente estava crente que a minha mãe iria colocar panos quentes sobre o assunto.. Como sempre fez, até o presente momento. Na verdade eu já tinha notado as boas mudanças da minha mãe com relação a ele.. Desde a noite no restaurante, dei um pequeno riso com discrição em direção a ele.—Chia.. Era a chácara do papai —ele falou —Lorenzo já tem tantas coisas a resolver, eu investi muito ali e não seria justo abrir mão para ele —ele falou com a voz branda, a mesma voz que ele usava para persuadi-la. Eu sabia que não era somente por aquele motivo, mas ele não iria contar o seu verdadeiro interesse.—Você também tem muitas coisas a resolver Dominique.. Acho que você não está nos contando o seu verdadeiro motivo —minha mãe falou me surpreendendo em não acreditar na lábia do irmão.. Acho que era de fato a primeira vez. —As terras são de Lorenzo.. Se Giuse
—Gabriela —Me assustei ao ouvir o meu nome ser chamado, aquilo estava virando uma hábito.. Ou queriam me fazer ter um infarto. Virei dando de cara com Rodolfo, puxei uma respiração longa e lhe ofereci um sorriso. —Rodolfo.. Eu não estava —levei a mão ao coração fingindo ter me assunto, era uma forma de esconder a minha repulsa por vê-la.. Principalmente depois de um dia tão tumultuado. —Eu estava do outro lado esperando você sair —ele falou e eu engoli a seco.. Eu não o vi, ele estava sozinho sem os seguranças daquela vez e aquilo o deixava mais assustador —eu sinto tê-la assustado.. Só queria saber como ficou depois daquele dia? —Franzi o cenho tentando descobrir do que ele estava falando.. Até me dar contar que se tratava e eu quase estraguei tudo. Lhe ofereci um riso sem graça antes de começar a falar:—Não.. Eu simplesmente não consigo confiar em Lorenzo —falei e ele se aproximou mais, me mantive firme com o pensamento de que aquilo era realmente necessário. —Não depois de tu
—Paola —ele falou tão baixo que eu podia jurar que eu não tinha escutado.. Mas aquele nome era inconfundível e me causava repulsa, só de pensar na cara daquela mulher no dia do jantar.. Dos olhares dela em cima de Lorenzo, apertei as minhas mãos em punho e vi ele acompanhar o movimento. —Gabriela.. Ela me interpelou quando eu estava de saída, mas acontece que eu não me sinto apto a confiar em Paola.—E nem deixar ela se aproximar? – questionei é ele deu-me um sorrisinho de convencimento em seus lábios. Suas mãos me agarraram antes que eu pudesse passar por ele, senti um beijo que ele deixou em meu ombro me fazendo arrepiar. —Lorenzo —protestei ao sentir o costumeiro calor se alastrar pelo meu corpo.—Eu jamais a deixaria se aproximar.. Nem ela e nem qualquer outra —ele falou ao cheirar o meu pescoço. —Acho que eu não te contei exatamente tudo sobre Paola.. Não deveria ter importância, mas depois do que eu ouvi —aquilo despertou a minha atenção e eu me virei para ele rapidamente.. Te